gruppo di giovani, TanzaniaA alegria de ser amados por Deus não pode ser escondida. É a descoberta do fio de ouro que liga todos os fatos da existência, é a peça que completa o mosaico da humanidade no qual cada homem está inserido. É a alegria verdadeira. É evidente no rosto, nos olhos, nos gestos. Enraíza-se no mais profundo do ser humano e livra energias enterradas, que não podem deixar de agir. Alegria que contagia e liberta, a ajuda a ler os fatos da vida.

Graziella De Luca

Esta experiência foi a única característica dos primeiros tempos do Movimento e é a trilha que orienta os passos de quem se aproxima dele. Como aconteceu a Graziella de Luca, na Sala Massaia, em Trento, onde a primeira comunidade se reunia, nos primeiros anos da aventura da unidade. Ela contou: «Enquanto Chiara falava, com os olhos da alma vi uma grandíssima luz e entendi que aquela luz era Deus, o amor infinito. A compreensão vinha junto com essa luz interior. Dizer “entendi” já era uma passagem longa demais, tratava-se de uma sensação imediata. Era Deus, amor infinito que saciava completamente a minha alma, e não deixava mais nenhum vazio. Era o que havia buscado desde sempre».

Sentir-se amado por Deus e responder com amor, é o que constitui a trama da história narrada em toda parte, nos ambientes e lugares onde o Movimento atua, seja nos pequenos grupos que nos encontros públicos. E é o impulso à fraternidade universal que começa no lugar onde a pessoa está, e que é vivida no momento presente: família, escola, trabalho, até num leito de hospital. É esta irradiação natural, pessoal e comunitária, que leva a realizar, por exemplo, uma profunda inculturação do Evangelho e do carisma da unidade na África, como, aliás, em qualquer país e continente.

Sublinhando que esta é uma época chamada a viver a unidade, Chiara Lubich escreveu: «(…) Se for vivida os reflexos na sociedade logo serão evidentes. E um deles deverá ser uma estima recíproca entre os Estados e os povos. E isto é algo inusitado. De fato, estamos habituados a ver acentuadas as fronteiras entre povo e povo; a temer a potência dos outros. No máximo se fazem alianças, em benefício próprio. Mas dificilmente se pensa em agir unicamente por amor a outro povo – já que a moral popular jamais atingiu este ponto. Mas quando os indivíduos amarem efetivamente os seus próximos, brancos ou negros, vermelhos ou amarelos, como a si mesmos, será fácil transplantar esta lei entre Estado e Estado. (…) E os povos aprenderão um do outro o que tem de melhor, e as virtudes circularão para o enriquecimento de todos. Então haverá  realmente unidade e variedade, e florescerá no mundo um povo que poderá chamar-se “povo de Deus”».