O último encontro de CeD, dia 19 de janeiro passado, envolveu um grupo diferenciado de operadores do direito: estudantes, juízes, entre os quais um juiz da Suprema Corte de Justiça, um reitor da universidade, alguns advogados da secretaria de defesa pública e profissionais liberais.
Após o Congresso internacional de 2005, em Castelgandolfo (Roma), a rede de Comunhão e Direito desenvolveu-se em Santo Domingo, percebendo, cada vez mais, a urgência de incidir no tecido social e político desta pequena, mas exuberante República, com uma nova cultura jurídica.
O ponto central da programação foi o discurso da Prof.ª Amy Uelmen, da Fordham University, de Nova Iorque, sobre os “Valores cristãos e a prática jurídica”. A professora evidenciou como cada pessoa pode “colocar em correlação”, na vida pessoal e profissional, os próprios valores e princípios, e encontrar soluções para os problemas cotidianos, até os mais difíceis.
O advogado Angel Cano, na sua palestra, penetrou na realidade concreta da atuação profissional. A sua reflexão relevou como, em certos casos, as profissões liberais agem segundo uma mentalidade de tipo comercial, na qual o cliente é concebido, mais que tudo, como alguém a ser desfrutado para o máximo rendimento, ao invés de ser considerado como uma pessoa cujos direitos e interesses devem ser defendidos. Comunhão e Direito surgiu como um caminho para curar esta chaga.
Por meio de perguntas e ponderações os participantes exprimiram a necessidade de dar espaço a estas reflexões e o compromisso ético de trabalhar pela justiça. Na conclusão, um alto magistrado comentou: “Palavras do coração falam ao coração”.
Muitos afirmaram terem encontrado “os instrumentos necessários para levar adiante esta visão”.
No dia sucessivo, ainda um compromisso importante. O grupo de operadores de Comunhão e Direito, reuniu-se com Lino Vásquez Samuel, responsável pela Comissão para a Reforma e a Modernização da Justiça, na sua sede. Ele manifestou grande interesse pelos projetos concretos de CeD, dizendo-se disponível a colaborar. No diálogo salientou-se como os valores promovidos por Comunhão e Direito podem reforçar a integridade do sistema jurídico.