Um tapete colorido, feito com pétalas de flores segundo a antiga tradição religiosa, acolheu Maria Voce e Giancarlo Faletti, em um clima de festa, no Centro Mariápolis “Maria dos Focolarinos”, na capital guatemalteca.

Esta é a primeira etapa de uma longa viagem que estão fazendo à América Latina. Vieram aqui para encontrar – como tinham prometido – a “família de Chiara” que povoa também esta parte do planeta. Uma viagem intensa, com encontros com as autoridades civis e eclesiais e representantes das organizações leigas locais. Membros e amigos do Movimento dos Focolares. O fruto de uma história de relacionamentos e de vida, semeados nestes anos e alimentados pelo carisma da unidade. Para a ocasião estiveram presentes, além de toda a Guatemala, pessoas de Honduras, El Salvador, Nicarágua e Belize. Através deles puderam ser revividas as culturas milenárias que atravessam estas regiões: maias, garifunas, xincas e mestiços.

As crianças e adolescentes que frequentam o Centro Educativo Fiore, da Cidade da Guatemala, apresentaram uma coletânea de danças. O Centro traz o nome de Fiore Ungaro, a primeira focolarina enviada por Chiara para trazer a Espiritualidade da unidade até aqui. Atualmente conta 210 alunos e 28 entre professores e funcionários. Aqui, como em todos os países centro-americanos, a educação constitui um fator determinante, capaz de sanar as chagas da sociedade, e esta atividade quer ser uma concreta resposta de amor a esta necessidade.

No encontro com os representantes de cerca de dez movimentos, que fazem parte da “Comissão dos Movimentos Leigos e Novas Comunidades”, órgão da Conferência Episcopal Guatemalteca, esteve presente o bispo de Escuintla, D. Victor Hugo Palma Paúl. Foi ele que recebeu Maria Voce e Giancarlo Faletti: «Os Focolares são uma das escolas mais vivas», ele disse, «vocês têm um carisma que acende, acolhe e aquece a vida cristã, acentuando a unidade».

São cerca de 40 as focolarinas e os focolarinos que vivem nessas nações, com nacionalidades argentina, equatoriana, mexicana, colombiana, italiana. São o “coração” do Movimento dos Focolares e, como este, possuem particularidades diversas: etnias, profissões, sensibilidade política, social e econômica. Após escutá-los Maria Voce lançou uma ideia: a unidade deve passar através de uma “cultura da confiança”. «Trata-se – explicou – de ter confiança total no outro, no irmão. O outro quer aquilo que eu quero, ou seja, a unidade. O que cada um realiza não o faz para ser admirado, para afirmar-se ou sobressair. O faz pela unidade. Cada um trabalha de modo diferente, mas também ele trabalha pela unidade. Confiar em Deus e no outro é, portanto, imperativo. Significa acreditar que Deus está trabalhando: não lhe servem pessoas perfeitas, mas aquelas pessoas de quem ele precisa».

Danças folclóricas, trajes com cores exuberantes, músicas ritmadas e envolventes. O auditório do Centro Mariápolis recebeu mais de 600 pessoas, todas membros das comunidades dos Focolares nos vários países. A história do Movimento na América Central teve início em 1954 e tem traços extraordinários, pelas condições adversas impostas pela guerra, pelas dificuldades econômicas e as distâncias. Mas é também uma história que exprime um senso de gratidão a Deus. «Parece-me que os povos de vocês – disse Maria Voce, no final – têm um destino: mostrar como seria a humanidade se levasse em consideração as riquezas de cada pessoa. Cada experiência é necessária aos outros, para constituir um mosaico de beleza incomparável».

Imediata foi a relação profunda que se criou com os 200 jovens, entre 15 e 25 anos, e juntamente com a alegria de estar juntos emergiu também o esforço de uma conduta contracorrente: «Vocês não estão sozinhos – disse-lhes Maria Voce – todas as vezes que tiverem que fazer uma escolha pensem que não estão sós, todos os jovens que optaram pelo mundo unido estão com vocês».

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