Manila, capital das Filipinas, megalópole com mais de 11.0000.000 de habitantes, cidade com imensos contrastes sociais onde, há muitos anos, se luta por uma democracia igualitária e solidária, depois de decênios de forte ditadura que gerou a sempre crescente separação entre ricos e pobres.

Naquela cidade é normal que nas paróquias se concentrem inúmeras iniciativas sociais em favor dos mais indigentes. Sente-se também a necessidade de trabalhar na formação das pessoas para uma maior participação cívica e democrática visando à reconstrução do país.

O Movimento Paroquial também está presente de modo ativo no país – pessoas animadas pela espiritualidade dos Focolares que trabalham para servir a paróquia – e há muito tempo contempla nas suas atividades, programas de formação à necessidade de um empenho concreto no âmbito social, através da promoção de iniciativas que visam aspectos tais como: a solidariedade, o problema da moradia, a educação cívica e política aberta a todos.

Por ocasião das eleições para o prefeito e vice-prefeito de Manila, a paróquia de S. Roque, naquela mesma cidade, decidiu organizar um Fórum de educação e formação da cidadania à política e à participação democrática.

O Fórum, realizado no dia 20 de abril passado, foi planejado junto ao Vicariato envolvendo tanto as 48 paróquias da Diocese di Manila quanto o Ministério do Interior. O trabalho de preparação em equipe com os vários organismos interessados teve início em fevereiro passado, com a preparação do programa, dos convites e dos temas a serem abordados. O Fórum contou a com participação de 2000 pessoas, das quais 1400 eram de diversas paróquias, além de membros de ONGs, como a Associação dos Transportes, a Federação dos Vendedores, além de alguns deputados e líderes de grupos ecumênicos, grupos de professores e diretores de empresas.

Os candidatos a prefeito, vice-prefeito e a vereadores apresentaram os seus programas para o próximo triênio na administração de Manila; depois houve um momento de debate em uma atmosfera de respeito e confiança. O estilo de ataque ao adversário como estratégia eleitoral, típico desta época, deixou espaço a uma experiência de fraternidade, na qual todos – pertencentes a várias correntes políticas – ficaram satisfeitos com o resultado final.

“Eu tinha medo – declara um dos organizadores – que o evento fosse algo superior às nossas forças; ao invés, foi um sucesso”. E, entre as declarações finais: “Eu entendi qual é o programa dos candidatos e em que valores se fundamentam. Obrigado pelo trabalho de vocês”.

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