«O segredo do verdadeiro amor, do amor do qual falamos, emerge do Evangelho. O Evangelho é a Boa Nova que Cristo trouxe à terra. Portanto, é um amor que tem a sua origem em Deus, não é de origem humana. É um amor vivido pelas Pessoas da Santíssima Trindade. O Pai, por exemplo, ama a todos e manda sol e chuva sobre bons e maus. Ama a todos. Esse amor nos dispõe a amar todos os irmãos, não apenas os parentes, os amigos ou aqueles de quem gostamos, mas a amar a todos. Durante o dia o nosso amor deve se orientar a todas as pessoas que encontramos.

ìUma segunda exigência desse amor, que não é de origem humana porque vem do Céu, é que ama primeiro, não espera ser amado. Geralmente amamos porque somos amados. Ao invés, é preciso amar primeiro e Jesus, a segunda Pessoa divina que se fez homem, nos demonstrou isso. Ele morreu por nós quando ainda éramos pecadores, o que significa que não amávamos.

É um amor concreto como o de Jesus, que deu a própria vida. Não é um amor sentimental, platônico; é um amor concreto, que se faz um com todos, com aqueles que sofrem e que se alegram; que participa da alegria e do sofrimento dos outros, aliviando-o.

 Este amor, quando praticado, […] geralmente é retribuído porque as pessoas se sentem amadas, estão bem conosco, e nos perguntam: “Por quê?” E nós explicamos o motivo pelo qual as amamos. Desta maneira, abre-se um diálogo entre nós e as pessoas, que nem sempre são cristãs, católicas. Muitas vezes são de outras religiões ou não creem. Todavia, também aquelas que não creem possuem uma lei de amor impressa no coração, a força de amar porque foram criadas por Deus, que é amor.  O amor é isso.”

Chiara Lubich

Transcrição de uma entrevista de Erik de Hendriks para a televisão belga, de maio de 2004.

www.centrochiaralubich.org

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