Providência

Meu marido é proprietário de uma empresa de construção civil e uma vez que os bancos bloquearam todos os financiamentos, ele ficou dois anos sem trabalhar. Entre dificuldades econômicas sempre crescentes e momentos de desencorajamento, acreditávamos na Providência Divina. No início do ano letivo as crianças precisavam de livros e nós não sabíamos como poderíamos comprá-los. Um dia recebemos a visita de uma nossa amiga e ela nos disse que havia recebido uma soma que não esperava e que talvez aquele valor pudesse ajudar-nos. Sabendo do momento que atravessávamos, ela nos disse: “Vocês podem restituir quando lhes for possível”.

Há cerca um mês os bancos desbloquearam os empréstimos, mas não conseguíamos pagar regularmente os funcionários por causa da difícil situação econômica. Sem que soubéssemos um nosso amigo conversou com os funcionários, expôs o problema e perguntou se eles estavam dispostos a trabalhar sem receber o salário e todos concordaram. Ao aproximar-se a festa do Natal recebemos um pagamento que não esperávamos mais e, com grande alegria, dividimos o valor entre todos os funcionários. E ainda, por meio de um parente, a Providência não nos abandonou.

(E. M. – Itália)

O lampadário

Eu sempre tinha procurado estabelecer um bom relacionamento com a minha sogra, uma pessoa muito difícil. Meu marido sempre me falava sobre isso e, se a relação com o filho era difícil, podia-se imaginar como seria com a nora. Eu pensei em ignorá-la. Porém, não me sentia em paz: o Evangelho nos ensina a “amar a todos” e, na palavra “todos” também a minha sogra estava incluída. E assim, eu telefonava para saber notícias dela, convidava para um passeio de carro e, também, para almoçar conosco uma vez por semana.

Com o passar do tempo as barreiras caíram e tornei-me a sua confidente e acompanhante nas consultas médicas, ambiente no qual ela me apresentava como o seu anjo de guarda. Com a idade de quase oitenta anos ela começou a interessar-se pela sua vizinha que morava só e sentia a necessidade de companhia. Começou também a fazer, regularmente, bolos para as pessoas da sua paróquia. Ela me dizia: “Com você eu compreendi o quanto faz bem ser lembrados!”.

Certa vez ela me confidenciou: “Eu gosto muito deste lampadário porque é um presente recebido do meu avô. É uma das poucas recordações da minha família e eu ficarei feliz de deixá-lo para você quando eu morrer…”.

Hoje o lampadário está na nossa casa e nos lembra que somente o amor permanece.

(I. B. – Suíça).

Fonte: O Evangelho do dia (Il Vangelo del giorno), dezembro de 2013, Città Nuova Editrice.

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