Como os seus 98 milhões de habitantes, a Etiópia é o segundo país mais povoado do continente africano, depois da Nigéria. Há quase duas décadas conquistou a paz depois de uma terrível guerra  que durou mais de 17 anos, com a vizinha Eritréia e que colocou de joelhos os dois povos. Hoje é considerada o centro da África: é sede da União africana e ali estão em jogo os interesses de inteiros povos. Estão situadas ali todas as embaixadas do continente e existem representantes de 115 nações, não africanas.

A viagem foi descrita pela jornalista Liliane Mugombozi, diretora da New City Africa – que foi convidada – juntamente com dois focolarinos – pelo bispo da diocese de Meki, no norte do país,  do dia 10 ao dia 23 de agosto próximo passado.

“Estou retornando da Etiópia onde com Charles e Legesse fomos convidados pelo bispo Abram”. Agora para  mim esta região da África não representa mais somente o terrorismo na Somália ou a ditadura na Eritréia; nem a Etiópia somente o Aeroporto de Addis Abeba onde faço escala nos meus voos para Roma

20141003-01Agora Addis è para mim o sorriso daquele rapaz que me ajudou a carregar a mala, é aquele olhar acolhedor da irmã que me recebeu no centro em que pude repousar antes de retomar a viagem no dia seguinte. Encontrei-a palpitante e viva naquele sacerdote que com cuidado introduziu-me na realidade deste povo, naquela mulher leprosa estigma da sociedade, naquele jovem que queria me conhecer. E ainda naquela dor pelos muros sutis que ainda dividem a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.

O encontro com os 4 bispos, entre os quais o arcebispo de Addis Abeba, Bernhaneyeus Souraphiel teve sobre nós um forte impacto. A esperança deles na contribuição que os focolares podem dar é muito grande. Nestes dias, estando inseridos, pudemos partilhara vida da pequena comunidade católica: verdadeiramente uma experiência edificante! O testemunho evangélico deste pequeno grupo de católicos alcança não só os cristãos da Igreja Ortodoxa antiga e diversas Igrejas pentecostais que crescem por toda parte, mas também  outras presenças religiosas no país, especialmente a mulçumana.

Encontramos  uma Igreja viva e empenhada que soube fazer-se caridade encarnada nas estruturas da sociedade em todos os níveis: na instrução, na saúde, na agricultura… em uma sociedade que muda e evolui em um ritmo vertiginoso. Caminhando pelas estradas, passando entre as pessoas, percebe-se um país que “vibra” em todas as frentes: política, social, nas comunicações, com enormes possibilidades de desenvolvimento.

Os bispos  almejam que “se procure a chave de acesso para entrar neste mundo com os valores do Evangelho. A política não basta, é preciso fazer a nossa parte. Há muito sentimos que a Igreja necessita de leigos formados. E vocês estão entre estes…O Movimento dos Focolares deve ser envolvido na formação dos leigos…” Recordei as palavras que João Paulo II dirigiu a Chiara Lubich, alguns anos atrás, convidando-a a contribuir para “ dar uma alma à Europa”.  As palavras dos bispos na Etiópia  também me soavam assim, como se dissessem “ também aqui é preciso dar uma alma a este país”.

1 Comment

  • Carissima eliana e tutti,
    grazie per questo aggiornamento così ricco di belle notizie e promettente di tanti frutti per la Chiesa in Etiopia! Qui alla Segreteria dei Vescovi avevamo conosciuto alcuni vescovi dell’Etiopia ed avevamo colto il loro desiderio di diffondere la spiritualità dell’unità nel lor paese. Ora la preghiera è stata esaudita… e siamo certi che Maria custodirà farà fruttare il seme che avete gettato…
    Pina Peduzzi

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