ChiaraLubich_b“Mulher de fé intrépida, mansa mensageira de esperança e de paz”, assim o papa Bento XVI descreveu Chiara Lubich na mensagem enviada para seu funeral há oito anos. E o papa Francisco, na abertura da causa de beatificação em janeiro de 2015, exortava a “fazer com que o povo de Deus conheça a vida e obra daquela que, acolhendo o convite do Senhor, acendeu uma nova luz para a Igreja no caminho da unidade”. Centenas de eventos no mundo para dizer que a paz não é uma utopia

São mais de 200 os eventos promovidos pelas comunidades dos Focolares na Europa. Em Minsk, Bielorrússia, haverá uma jornada com o título Vivemos pela unidade. Na Suécia, haverá encontros de famílias nas seis cidades onde estão presentes comunidades do Movimento. Em Mônaco, Alemanha, haverá o primeiro “Chiaratag”. Em Lisboa, Portugal, haverá uma mesa redonda sobre Chiara e a paz com jornalistas e membros da Comissão Nacional Justiça e Paz. Em Sevilha, Espanha, o foco será sobre Chiara Lubich, educadora da paz, com a contribuição do Iman AllalBaschar da Mesquita do Rei Abdul Aziz al Saud de Marbella e do padre Manuel Palma Ramírez, vice-diretor do Centro de Estudos Teológicos de Sevilha.

Em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina, a comunidade dos Focolares, composta por católicos, ortodoxos, muçulmanos e pessoas de convicções não-religiosas, recolherá no encontro A mensagem de diálogo e de paz o resultado de anos de trabalho conjunto. Será aberto à cidade, com a participação do arcebispo cardeal Vinko Puljić. Uma convicção que atravessa o diálogo constante também nos outros países balcânicos e que passa do reconhecimento recíproco de tradições e nacionalidades.
Uma amostra disso é o programa educativo Perle de Skopje, na Macedônia: uma escola infantil, ligada à universidade, que acolhe crianças de várias etnias, envolve as famílias e tem como base do projeto educativo os ideais de fraternidade de Lubich. Uma iniciativa do professor Aziz Shehu, muçulmano, ex-catedrático e decano da faculdade de pedagogia.
Testemunharam que é um processo irreversível os 110 jovens croatas, sérvios, rutenos, húngaros, albaneses e macedônios, com outros da Bulgária e Romênia, que se reuniram pela primeira vez no início de março, com o lema Bálcãs: somos um.

Acontecem nas Américas inúmeros encontros, simpósios, conferências e concertos, de dimensão espiritual e oração, inter-religiosa ou ambiental, de Nova York a São Francisco, nos EUA, em Santiago, Chile, passando a Havana, em Cuba, Neza, no estado mexicano de Nezahualcóyotl, Caracas, na Venezuela, Rio de Janeiro, no Brasil, Mendoza, na Argentina.
Em Medellín, Colômbia, não há nenhuma família que não tenha perdido, nestes 50 anos de conflito, pelo menos um de seus membros. Também é assim entre os membros da comunidade dos Focolares: três gerações com histórias como aquela de Rosa, que após o assassinato do filho pelas mãos de um amigo, não se rende à vingança, mas empunha com todas as forças a coragem do perdão, trabalhando no centro social do bairro  para difundir reconciliação, cuidado, cultura. Projetos de formação em diversas cidades da Colômbia,  Equador, Venezuela e México testemunham a alternância de gerações de crianças que, tornando-se profissionais e professores, assumem a função de formar novos cidadãos com a cultura da fraternidade e paz.

No Pacífico, são significativos os encontros em Honolulu, capital das ilhas do Havaí, e em Noumea, na Nova Caledônia.

Na Austrália, o foco é sobre a paz e a acolhida, com encontros em Camberra, Melbourne, Sydney e Perth, este último foi preparado pelos jovens e será ao ar livre na Northbridge Piazza.
Na Nova Zelândia, haverá encontros em Wellington e Christchurch com o tema Politics for Unity: Making a World of Difference.

Na Coreia do Sul, há encontros animados por 31 comunidades nas diversas regiões para aprofundar os laços entre Chiara Lubich e a paz. Nas Filipinas, na universidade De La Salle, em Manila, o simpósio Carisma da unidade, uma herança sem tempo abordará os percursos feitos nos 50 anos de vida do Movimento dos Focolares no continente asiático. No Vietnã, em Vung Tau, 300 pessoas provenientes do país inteiro se encontrarão por alguns dias para viver juntos a espiritualidade da unidade. No Paquistão, estão previstos encontros de espiritualidade e missas pela paz em sete cidades.

Também haverá aprofundamento em Burkina Faso, Costa do Marfim, Camarões, Nigéria, Quênia, Uganda, para citar apenas alguns. No Burundi, na atual situação de tensão social, se encontrarão com o tema Misericordiosos como o Pai Celeste, somos construtores de paz. Na República Democrática do Congo, uma conferência telefônica unirá as grandes cidades do país: Lubumbashi, Goma, Kikwit e Kinshasa. Nesta, 1500 pessoas, com a presença de embaixadores, membros da UNESCO, expoentes de diversas confissões cristãs, autoridades muçulmanas, refletirão sobre como vivem A paz na família.

Na Itália, a presença difundida das comunidades dos Focolares suscita localmente muitas iniciativas.
Em Roma, 280 jovens se encontram no Parlamento com a presidente da Câmara Laura Boldrini, o ministro de Relações Exteriores Gentiloni e outros parlamentares. Pasquale Ferrara, diplomata, Michele Zanzucchi, diretor da editora Città Nuova, Shahrzad Houshmand, teóloga muçulmana, serão os interlocutores para discutir o conteúdo de um manifesto com propostas concretas sobre a paz, o desarmamento e a  modernização industrial. Na Universidade de Pisa, uma aula de Antonio M. Baggio no curso de Jurisprudência: O amor dos amores. Inspiração religiosa e laicidade da política em Chiara Lubich. No Palazzo Ducale di Genova, haverá um aprofundamento do Laudato sì’ durante o evento As religiões dialogam pela paz e pelo ambiente, com Husein Salah, presidente da comunidade islâmica, Giuseppe Momigliano, chefe rabino, Gnanathilaka Mahauswewe, monge budista, Andrea Ponta, engenheiro ambiental, Roberto Catalano, do centro de diálogo inter-religioso do Movimento dos Focolares. Eu através de você é o título de um evento itinerante em Milão, um tipo de “abraço” na cidade e de interação entre grupos diversos. E mais diálogo, integração, perdão para o ciclo de encontros O meu mundo é como o seu? …passos para se re-conhecer.
No auditório do Centro Mariápolis de Castelgandolfo, Roma, se encontrarão membros do corpo diplomático, creditados junto à Itália e à Santa Sé, e expoentes do mundo da cultura, acolhidos pela presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, para recordar Chiara Lubich sob o perfil A cultura do diálogo como fator de Paz.

No Oriente Médio, enquanto os conflitos armados continuam a semear destruição e a matar a esperança, as comunidades do Movimento dos Focolares da Síria afirmam que “também nós somos responsáveis pela paz. Se acreditamos que Deus, Senhor da História, pode vencer o Mal e nos escuta, pecamos por omissão se não rezamos incessantemente a Ele, para quem são possíveis as coisas impossíveis e pode nos sustentar para alcançarmos o objetivo grandioso de fazer de toda a humanidade uma só família. Portanto, rezar enquanto mudamos nossos corações e fazemos os bens circularem”.

O sentido deste 14 de março de 2016 está realmente nisto: convergir o empenho e as orações de muitos, de tantos pontos da Terra, para tornar o mundo mais unido.

Paralelamente, a Causa de Beatificação de Chiara Lubich, iniciada em 27 de janeiro de 2015, segue o procedimento previsto pela legislação vigente. Muitas pessoas puderam oferecer seu testemunho, de diversas Igrejas e de convicções não-religiosas. Um mosaico que evidencia o exemplo de sua vida, com o empenho com todos que Deus colocava em seu caminho em “tornarem-se santos juntos”.

Comunicado de imprensa

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