Mar 4, 2020 | Sem categoria
Fomos à Grã-Bretanha a poucos dias de Brexit, quando o Reino Unido saiu da União Europeia. Encontramos muitas pessoas, também da comunidade dos Focolares, para entender o que aconteceu e quais são as suas esperanças. https://vimeo.com/389746917
Mar 2, 2020 | Sem categoria
O economista Luigino Bruni, diretor científico do evento: “Chegaremos mais preparados. Os jovens do mundo estão respondendo com grande senso de responsabilidade e o desejo de se empenhar ainda mais. De uma ferida poderá nascer uma bênção”. De acordo com o Santo Padre, passa para o dia 21 de novembro próximo “The Economy of Francesco”, mas não se detém o trabalho dos membros da comissão científica e dos jovens envolvidos na organização. Aliás, continua com grande empenho e entusiasmo como se lê na nota à imprensa do dia 1º de março. A decisão foi tomada – se lê – “vistas as dificuldades nos deslocamentos para os cerca de dois mil jovens provenientes de 115 países” de que se prevê a participação e também por causa do corona vírus.
O encontro marcado, todavia, é só adiado e o Papa Francisco estará em Assis em novembro para se encontrar com os jovens que, já alguns dias antes, participarão de laboratórios, diálogos e aprofundamentos sobre vários temas econômicos. O foco temático está contido na carta que no dia 1º de maio de 2019 o Papa Francisco endereçou aos “jovens economistas, empresários e empresárias do mundo inteiro”, convidando-os a re-animar a economia – no sentido literal de lhe restituir uma alma – a estar entre aqueles que respondem ao grito dos pobres da terra e não se voltam para o outro lado. “É por isso que desejo encontrar-me com vocês em Assis – escreve o Santo Padre –: para promover juntos, através de um “pacto” comum, um processo de mudança global que veja em comunhão de intenções não apenas quantos têm o dom da fé, mas todos os homens de boa vontade, para além das diferenças de credo e de nacionalidade, unidos por um ideal de fraternidade atento acima de tudo aos pobres e aos excluídos”. O prof. Luigino Bruni, diretor científico do evento, em um post no Facebook agradece ao papa pela nova data. “Chegaremos mais preparados” – acrescenta. “Os jovens do mundo estão respondendo com grande senso de responsabilidade e o desejo de se empenhar ainda mais. De uma ferida poderá nascer uma bênção. Devemos ser sonhadores realistas e, portanto, viver os anseios e as crises do nosso tempo e depois fazer de tudo para que ‘no one less’ – não um a menos dos 2000 já selecionados e que já tinham se inscrito, muitos dos quais já compraram as passagens aéreas. Impressionou-me não ler nestes, nenhum lamento dos jovens pelo adiamento, mas somente vontade de continuar a corrida. Já realizamos 230 eventos Towards Assis, faremos outros trezentos nestes oito meses a mais”.
Stefania Tanesini
Mar 2, 2020 | Sem categoria
Após 12 anos de presidência, o prof. Piero Coda, que dirigiu o Instituto Universitário Sophia desde a sua fundação, passa o bastão ao prof. Giuseppe Argiolas, docente de Administração no mesmo instituto. É a primeira mudança de comando para o Instituto Universitário Sophia (I.U.S.), que coincide com a atribuição, por parte da Congregação para a Educação Católica, do título de “reitor” para aquele que, anteriormente, era o decano do Instituto. O prof. Giuseppe Argiolas é, portanto, o novo reitor de Sophia. Sucede ao prof. Piero Coda que dirigiu o Instituto desde a sua fundação, com sabedoria e espírito de profecia. A eleição, realizada pelo Conselho Acadêmico do Instituto, aconteceu no dia 9 de janeiro passado. No dia 20 de fevereiro, com uma carta, a Congregação para a Educação Católica nomeou o prof. Giuseppe Argiolas Reitor do Instituto Universitário Sophia, para um mandato de quatro anos. Na mesma manhã, na Aula Magna do Instituto Universitário Sophia realizou-se a cerimônia de posse do novo reitor.
Argiolas nasceu em Cagliari em 1969. É professor estável do I.U.S. desde 2016, quando deixou sua função na Universidade de Cagliari para dedicar-se ao projeto de desenvolvimento do curso de mestrado em Administração e dirigir a Escola de Doutorado do Instituto. A sua atividade de pesquisa concentra-se principalmente nos temas da Responsabilidade Social das Empresas e das Organizações e da Administração de Empresas “Mission-Driven” (veja biografia). “Antes de tudo quero exprimir profunda admiração pelo prof. Piero Coda e um grande agradecimento pelo que ele realizou até hoje – comentou o prof. Argiolas – da minha parte, procurarei dar o melhor de mim ao exercer a missão que me foi confiada, interpretando esta responsabilidade como um serviço de unidade”. E continua: “Termina a fase de fundação e começa a de consolidação e desenvolvimento, com a passagem de geração. Mas o que não deverá faltar é a dimensão carismática. Sophia continuará a cumprir, com fidelidade criativa, a missão para a qual foi fundada por Chiara Lubich, percorrendo junto a tantos companheiros de viagem – como nos disse o Papa Francisco – com ‘alegria, visão e decisão’ sempre novas ‘o caminho recém iniciado”. Acrescenta o prof. Piero Coda, que nos deixa depois de 12 anos de direção: “Estou feliz pela nova etapa no caminho de Sophia que inicia sob a direção especializada e inspirada de Giuseppe Argiolas, fruto de um amadurecimento constante e consolidado em todos os níveis. A nomeação não mais a decano, e sim a Reitor, por parte da Congregação para a Educação Católica chega inesperadamente e é bem-vinda, como garantia e maior impulso. A ocasião é propícia para renovar com entusiasmo e alegria, com o reitor e com toda a comunidade acadêmica, aquele pacto de unidade que qualifica o espírito que nos anima, e que hoje é mais uma vez lançado, com vigor pelo Pacto Educativo Global, do Papa Francisco”. Maria Voce, vice Grã Chanceler do Instituto e presidente do Movimento dos Focolares, transmitiu seus votos: “Tenho a alegria de renovar os meus parabéns ao prof. Giuseppe Argiolas, novo Reitor do Instituto Universitário Sophia. A sua eleição assinala, sem dúvidas, uma passagem de geração e de âmbito acadêmico, em relação à presidência que se conclui. Estou certa de que o prof. Argiolas lhes presenteará com as suas características pessoais, permanecendo fiel à origem carismática da cultura da unidade e atualizando-a, para responder no melhor modo possível às exigências do tempo atual”. Fonte: Ufficio Stampa Istituto Universitario Sophia
Mar 2, 2020 | Sem categoria
Em Aachen, o Movimento dos Focolares na Alemanha entregou o Prêmio Klaus Hemmerle ao Arcebispo Anastásios de Tirana, Albânia.
Não é um rosto conhecido nas primeiras páginas dos jornais, o do manso de noventa anos com a barba branca que sexta-feira, 14 de fevereiro, recebeu em Aachen (Alemanha) o “Prêmio Klaus Hemmerle” conferido pelo Movimento dos Focolares na Alemanha. Mas Anastásios Yannoulatos, Arcebispo greco-ortodoxo de Tirana (Albânia) é uma personalidade bem conhecida e estimada seja em nível eclesial internacional seja em nível político, sobretudo na Europa oriental. No seu discurso de agradecimento manifestou os votos de uma “coexistência pacífica em um mundo multirreligioso”. Declarou-se fascinado por uma frase de Albert Einstein sobre a força do amor: “Cada um traz em si um gerador de amor, pequeno, mas eficiente, cuja energia espera somente ser liberada, porque o amor é a quintessência da vida”. E recordou que foi este mesmo amor que encorajou o bispo Klaus Hemmerle (1929 – 1994) a se empenhar incansavelmente pela paz e a reconciliação no mundo. Um empenho que caracteriza também a vida e o agir do Metropolita Anastásios.
D. Helmut Dieser, como atual bispo de Aachen e um dos sucessores de Klaus Hemmerle, deu as boas-vindas aos 300 hóspedes reunidos na Catedral Imperial da cidade de Carlos Magno, apresentando o premiado como “pioneiro da fé e do ecumenismo”. Isto foi confirmado pelo Metropolita Augoustinos Lambardakis, presidente da conferência episcopal ortodoxa na Alemanha, evidenciando a estima de que goza o Metropolita Anastásios no mundo ortodoxo, onde a sua palavra encontra escuta apesar das tensões entre as diversas Igrejas autocéfalas. Maria Voce, Presidente dos Focolares, em uma mensagem, destacou também o incansável empenho do Metropolita Anastásios pelo diálogo entre cristãos e muçulmanos, agradecendo-lhe pela sua capacidade de suscitar comunhão, fraternidade e partilha. Na laudatio, o card. Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, redesenhou o percurso do Metropolita Anastásios, que o levou da Grécia através da África até a Albânia, onde demonstrou como “o diálogo inter-religioso e o empenho missionário não devem estar em contraste”. Além disso, salientou como a partir de 1992 tenha se empenhado, com prudência, para reconstruir e revigorar a Igreja Ortodoxa na Albânia, contribuindo na diminuição das fortes tensões nos Balcãs. Com o “Prêmio Klaus Hemmerle” o Movimento dos Focolares na Alemanha quer honrar, a cada dois anos, uma personalidade relevante no campo do diálogo entre as Igrejas, as religiões e as convicções ideológicas. Entre os premiados, o ex-presidente da Federação Luterana Mundial, o bispo emérito Christian Krause (2006); o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I (2008); a doutora muçulmana Noorjehan Abdul Majid de Moçambique (2016) e o Rabino alemão Henry Brandt de Augsburg na Alemanha (2018).
Andrea Fleming
Fev 29, 2020 | Sem categoria
A exposição “Chiara Lubich Cidade Mundo” foi inaugurada na Cidade Santa, a primeira etapa das etapas internacionais, com uma seção dedicada à viagem de Chiara Lubich em 1956. “Eu não acreditava que Jerusalém e os lugares sagrados pudessem marcar minha alma dessa maneira. (…) Cada pedra dizia uma palavra, muito mais que uma palavra, de modo que, no final, toda a alma foi inundada, plenificada pela presença de Jesus”. Chiara Lubich expressa em uma intensa página de diário a experiência da única viagem que fez a Jerusalém e à Terra Santa em 1956. Para recordar, estão expostas várias fotografias em preto e branco, um vídeo documentário, mas o testemunho maior é a presença atuante da comunidade dos Focolares nesta cidade que, hoje, 29 de fevereiro de 2020, inaugura na Cúria da Custódia da Terra Santa a exposição “Chiara Lubich Cidade Mundo”, que ficará aberta até 14 de março próximo. A exposição é uma réplica da que está atualmente aberta ao público nas Galerias Piedicastello em Trento (Itália), com curadoria do Centro Chiara Lubich, em colaboração com a Fundação do Museu Histórico do Trentino Esta é a primeira das seções internacionais que, no ano dedicado ao centenário de Chiara Lubich, também será repetida na Cidade do México, Sidney, Mumbai, São Paulo, Argel e Nairóbi. Um primado simbólico, este de Jerusalém, cidade berço das três grandes religiões monoteístas, casa para muitos povos. A comunidade dos Focolares está presente ali desde 1977 com o mandato de ajudar a promover a unidade que, precisamente naquela terra, Jesus havia pedido ao Pai.
Também em Jerusalém, o itinerário da exposição, reproposto em um formato reduzido e reajustado, narra os momentos significativos da vida da fundadora dos Focolares, o seu pensamento e a sua obra, através de documentos, escritos autógrafos e material fotográfico. Mas esta edição tem uma especificidade própria, oferecida apenas a quem a visita: uma seção dedicada ao relacionamento entre a fundadora do Movimento dos Focolares e Jerusalém, como explica Claudio Maina, corresponsável do Movimento dos Focolares na Terra Santa. “Quisemos trazer esta exposição a Jerusalém para que se conheça melhor a vida, a espiritualidade e a obra de Chiara, mas também para testemunhar a sua ligação com esta cidade. Na realidade, Chiara esteve em Jerusalém apenas uma vez e por poucos dias. Mas, a partir dessa jornada, começou uma história que continua até hoje: exatamente na Terra Santa, de fato, hoje existem pessoas que acolheram a espiritualidade de Chiara e a vivem”. Uma parte da exposição também é dedicada ao grande sonho de Chiara para esta cidade, profundamente marcada por divisões e feridas históricas: que nascesse um centro de espiritualidade, estudo, diálogo e formação à unidade. “Um sonho, uma intuição que gradualmente se tornou mais clara – diz Terese Soudah – no projeto do Centro para a Unidade e Paz: um projeto em que trabalhamos há anos e que, apesar de muitas dificuldades, vai em frente e em breve esperamos poder concretizar”. Entre as autoridades presentes, o Núncio e o Delegado Apostólico em Jerusalém, Mons. Leopoldo Girelli, representante do Patriarcado Latino, padre Stéphane Milovitch, diretor do Escritório do Patrimônio Cultural da Custódia da Terra Santa, além dos amigos cristãos, judeus e muçulmanos que compõem a família dos Focolares na Terra Santa. Devido à emergência do Coronavírus, a delegação italiana não pôde participar, mas se fez presente através de contribuições em vídeo. Assim, o presidente da Província Autônoma de Trento Maurizio Fugatti, desejou que o sucesso da exposição pudesse levar a mensagem que Chiara Lubich deu à região de Trento e à Itália. O Custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton, expressou o desejo de que, através desta exposição, a espiritualidade de Chiara lembre a esta terra conturbada o valor da unidade, fruto da oração de Jesus, ainda tão atual. Em uma mensagem de vídeo, Anna Maria Rossi e Giuliano Ruzzier, curadores da exposição em Trento com Maurizio Gentilini, introduziram o itinerário da exposição: “Pensamos em um projeto que não se limitasse apenas à cidade de Trento, mas como foi na vida de Chiara, se expandisse até os últimos confins da terra, incluindo os cinco continentes”. No corte da fita, o Núncio, Dom Girelli, lembrou a extrema atualidade da mensagem de Chiara: “Aqui em Jerusalém, poderíamos inverter as palavras do título da exposição e chamá-la: Chiara Lubich, mundo cidade, porque do mundo essa exposição chegou à cidade por excelência, a cidade santa, a cidade da unidade, da fraternidade, do diálogo entre religiões, entre os povos”.
Stefania Tanesini
Fev 29, 2020 | Sem categoria
No dia 5 de fevereiro de 2020, o focolarino colombiano Juan Carlos Duque faleceu em um acidente no Centro “Fiore” em Lima, Peru, onde vivia no focolare. Poucos dias antes, preparando-se para o sacerdócio, fora ordenado diácono acompanhado pela comunidade que estava em festa. Trazemos aqui uma carta de despedida escrita por Gustavo Clariá, que morava com ele no focolare. Caríssimo Juan Carlos, Como eu já tinha feito tantas vezes, havia pedido que você me ajudasse, desta vez para entrar na minha conta de email para responder algumas mensagens. Eu tinha a senha, mas não conseguiria responder tudo sozinho. Como sempre, e apesar de já terem nos chamado para almoçar, você cuidou do meu problema e o resolveu com a sua habitual velocidade. O almoço foi como todos os dias: assuntos sérios misturados com piadas engraçadas, sua risada inconfundível, felizes por estarmos todos juntos.
Você foi o primeiro a se levantar para levar os pratos para a pia. Depois, saiu correndo para o “seu” Centro Fiore, para tentar religar a grande cisterna de água, que não era usada há muito tempo. Já eu fui descansar. Depois de alguns minutos, meu celular tocou. Era Pacho: “Juan Carlos sofreu um acidente grave… pisou em falso no teto e caiu lá de cima… morreu na hora…”. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo, eu negava o que meus ouvidos escutavam. Só consegui dizer “Meu Deus”, “Meu Deus”, “Meu Deus”… não sei quantas vezes repeti isso e continuei a fazê-lo em silêncio, enquanto corri com Mario diretamente ao Centro Fiore. Incrédulos, constatamos com nossos próprios olhos o que havia acontecido… Aquele dia, 05 de fevereiro, às 15h15, mudou nossa vida. Nada mais era como antes e precisávamos aceitar a realidade. Sabe, eu fui à capela três vezes, confuso, pedindo alguma explicação: “Como é possível?”, “Doamos nossa vida para segui-lo e Você, onde está?…”. Silêncio. Na terceira vez, me respondeu: “Você ainda tem tantas coisas a perder”. Saí quase humilhado, porque entendi que estava muito longe de onde você, Juan Carlos, por outro lado, já havia chegado. Achávamos que você estava se preparando para o sacerdócio… na verdade, estava se preparando para o encontro mais importante da vida. Com o passar das horas e a força de pedir “aumente a nossa fé”, aquela trágica queda que havíamos conferido com nossos pobres olhos, se transformou pouco a pouco, com os olhos da fé, em um “voo” magistral em direção ao Alto. Sim, amigo e irmão, não foi uma queda, mas um VOO. Você já tinha nos anunciado no dia 25 de janeiro, na sua ordenação diaconal. Havia recordado São Filipe Néri, aquele santo toscano genial que, quando foi nomeado monsenhor, jogou o chapéu para cima exclamando “Paraíso, Paraíso”. Ele não se interessava pelos títulos, só pelo encontro com Deus, lá onde você está agora, junto a todos que o precederam. Adeus (= A Deus), caro Juan Carlos! Até que Deus queira que nos reencontremos, todos juntos, para nunca mais nos separar. Sentiremos saudades da sua alegria, suas risadas altas, as arepas e o pollo al sale… a sua disponibilidade e atenção para com cada um de nós, a sua capacidade de resolver problemas e de “dar sabor à vida”, a sua transparência e radicalismo de simples focolarino, amigo de Jesus. Você continua na nossa vida como um farol de luz que nos acompanha e nos guia.
Gustavo E. Clariá