Jan 24, 2020 | Sem categoria
A direção é confiada a Giacomo Campiotti. As filmagens começarão em breve e acontecerão em Roma e em Trento, cidade natal da Lubich. “A força de uma figura como a de Chiara hoje é fazer-nos olhar para o outro como uma possibilidade, um presente, alguém que traz uma semente da verdade a ser valorizada e amada, por mais distante que possa ser. A fraternidade universal como pressuposto de diálogo e de paz”. Diz no comunicado de imprensa no qual Luca Barbareschi, produtor de Eliseo Fiction, e Rai Fiction dizem estar “orgulhosos” por anunciar que será realizado um filme sobre Chiara Lubich pela televisão italiana. A direção foi confiada a Giacomo Campiotti. As filmagens começarão em breve e serão realizadas em Roma e em Trento, a cidade natal da Lubich. A nota continua explicando que “Chiara era muito jovem quando, nos anos da Segunda Guerra Mundial, sentiu-se chamada a construir um mundo melhor, um mundo mais unido. Desde então, ela assumiu como objetivo a construção de pontes entre os homens, de qualquer raça, nação ou crença religiosa. (…) A mensagem de Chiara não pertence apenas ao mundo católico e a sua figura contribuiu para valorização da mulher e do seu papel também e principalmente fora da instituição eclesiástica”.
Pela redazione de focolare.org
Jan 24, 2020 | Sem categoria
No dia 7 de dezembro de 2019 foi inaugurada a Exposição internacional dedicada à pessoa e ao carisma de Chiara Lubich. Trata-se da primeira exposição multimidiática realizada sobre ela. Giuseppe Ferrandi, diretor do Museu histórico do Trentino e Anna Maria Rossi, um dos curadores, falam das primeiras ideias, do percurso e das novidades. https://vimeo.com/378589977
Jan 21, 2020 | Sem categoria
Há 100 anos nascia, em Trento, a fundadora do Movimento dos Focolares. A palavra da Presidente Maria Voce. Num mundo em que “continuamente emergem correntes de particularismos e de divisões e surgem novos muros e novas fronteiras” a mensagem de unidade de Chiara Lubich é “de extrema atualidade”. É este o pensamento central de um vídeo-mensagem com o qual Maria Voce, Presidente do Movimento dos Focolares, recorda hoje, 22 de janeiro de 2020, os 100 anos do nascimento da fundadora dos Focolares. https://vimeo.com/385947820 texto da mensagem
Jan 20, 2020 | Sem categoria
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é comemorada todos os anos, no hemisfério norte, de 18 a 25 de janeiro, no hemisfério sul, entre a festa da Ascensão e a de Pentecostes. Para 2020, o lema escolhido é um versículo dos Atos dos Apóstolos, proposto por cristãos de várias Igrejas da ilha de Malta: “Mostraram extraordinária gentileza para conosco” (At 28,2). Para esta ocasião, propomos um trecho do discurso que Chiara Lubich fez em 27 de outubro de 2002 na Catedral protestante de São Pedro, em Genebra (Suíça). O amor! Quanto o mundo precisa de amor! E muito mais nós, cristãos! Todos juntos, das várias Igrejas, somos mais de um bilhão. Somos muitos e deveríamos ser bem visíveis. Mas infelizmente estamos tão divididos que muitos não nos veem, nem veem Jesus por meio da nossa vida. Ele disse que o mundo nos teria reconhecido como seus discípulos e, em nós, o teria reconhecido, pelo amor recíproco, pela unidade: «Nisso conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35). O amor recíproco, a unidade deveria ser o nosso distintivo e o distintivo da Igreja de Cristo. Mas não mantivemos a plena comunhão visível e ela ainda não existe. Por isso, temos a convicção de que também as Igrejas devem se amar com este amor, e nos esforçamos para trabalhar nessa direção. Quantas vezes as Igrejas parecem ter esquecido o Testamento de Jesus e escandalizaram, com as suas divisões, o mundo, que deviam conquistar para ele! De fato, se olharmos para a nossa história de 2000 anos e sobretudo aquela do segundo milênio, não podemos deixar de constatar que foi muitas vezes uma sucessão de incompreensões, de brigas, de lutas que rasgaram em várias partes a túnica sem costuras de Cristo, que é a sua Igreja. A culpa é das circunstâncias históricas, culturais, políticas, geográficas, sociais, mas também do desaparecimento entre os cristãos do elemento unificante, tipicamente nosso: o amor. É por isso que agora, na tentativa de sanar hoje todo o mal que se fez e para ter novas forças para recomeçar, é necessário depositar toda a nossa confiança neste amor evangélico. Se difundirmos o amor e o amorrecíproco entre as Igrejas, esse amor, mesmo na diversidade, fará com que cada Igreja seja um dom para a outra. Caríssimos irmãos e irmãs. Já compreendemos: o tempo presente exige de cada um de nós o amor, a unidade, a comunhão, a solidariedade. Mas convida as Igrejas a recompor a unidade rompida há séculos. É esta a Reforma das reformas que o Céu pede a nós. É o primeiro e necessário passo rumo à fraternidade universal, com toda a humanidade. O mundo, de fato, acreditará se nós estivermos unidos. Jesus disse: «Que todos sejam um (…) para que o mundo creia» (Cf. Jo 17,21). É isso que Deus quer! Acreditem no que digo! E o repete e grita com as circunstâncias presentes que Ele permite. Que Ele nos dê a graça de preparar essa realidade, ainda que não a vejamos realizada.
Chiara Lubich
Tirado de: Il dialogo è vita (Città Nuova 2007, pag. 16-33)
Jan 17, 2020 | Sem categoria
O Movimento dos Focolares ao lado dos muitos que sofreram perdas e danos: “A pessoa com a sua vivência e as suas exigências está no centro dos nossos esforços. Ouvir, acolher, compartilhar é o que nos empenha nestas horas. Mas um grande esforço será necessário para planejar a reconstrução”. Não se interrompe a solidariedade para com as vítimas do terremoto que atingiu a Albânia no dia 26 de novembro de 2019, causando 52 mortos, mais de 2 mil feridos e danos enormes às estruturas. A cerca de dois meses do abalo sísmico, iniciativas de arrecadação de fundos, eventos comemorativos e intervenções de ajuda no território envolvem instituições, realidades eclesiais e assistenciais. Passada a emergência, todas as energias estão endereçadas a promover a coordenação das forças em campo, para planejar e encaminhar a reconstrução. Na incerteza do presente, grande conforto vem do se sentir parte de uma família, uma rede alargada de pessoas que garante apoio e proximidade. Está aqui o coração do empenho que vê na linha de frente o Movimento dos Focolares. Ouvimos Fabio Fiorelli, focolarino que vive e trabalha em um dos centros de Tirana.
Desde a noite do terremoto, quais iniciativas pôde realizar o Movimento em apoio às pessoas atingidas? “Alguns de nós se puseram em conexão com a Caritas nacional e diocesana colaborando em preparar vestuário e cobertas a serem entregues a quem estava fora de casa, e indo às estruturas provisórias de acolhida para dar atenção às pessoas e brincar com as crianças. Por proposta das famílias participantes do Movimento, no dia 21 de dezembro passado preparamos uma tarde de festa de Natal para as crianças menores – e não só – com cantos, brincadeiras, o presépio ‘vivo’ e os presentes de Papai Noel: uma pausa de serenidade e de comunhão para ir em frente. Além disso, em Durrës, uma psicóloga do Movimento, ela mesma com a casa avariada, colabora com uma equipe que vai até aldeias da periferia muito atingidas pelo terremoto, onde as pessoas vivem em barracas e faltam bens primários. Em nível muito prático, foram recenseadas as famílias do Movimento que sofreram graves danos nas suas casas, nossos engenheiros fizeram inspeções e foram feitas análises dos custos para reconstruir as habitações”. Que outras atividades vocês têm em programa? “Foi elaborado um “projeto” com objetivos e estratégias a serem empreendidos em sinergia com a Associação Mundo Unido (AMU), vinculada ao Movimento, e estamos à espera de poder iniciar a sua concretização”. Desde as primeiras horas depois do terremoto, em plena fase de emergência, Marcella Ioele, responsável de um dos centros dos Focolares de Tirana, junto com outros, chegou a Durrës e às áreas limítrofes para dar início às primeiras ajudas em coordenação com a Caritas e a Igreja local e para dar apoio às vítimas. Perguntamos a ela quais experiências a impressionaram nas conversas com as pessoas desalojadas: “Uma jovem me contou que no início dos abalos, o seu irmão, que estava em casa com a família, instintivamente fugiu para sair do edifício, mas voltou atrás imediatamente para cuidar deles. Este gesto a ajudou a entender que nestes momentos não deve pensar só em si mesma, mas naqueles que estão ao seu lado. Uma outra adolescente gostaria de agir para ajudar quem está em dificuldade, mas tendo que cuidar da mãe idosa não podia se afastar. Porém – nos disse – podia dar atenção e consolação aos muitos que passavam por lá, e estava feliz porque sentia que assim dava a sua contribuição”. Quais são, hoje, os sentimentos predominantes entre a população? “Por um lado, se reconhece como diante dos desmoronamentos existam responsabilidades de quem autorizou a construção de edifícios não seguros e se observa o despreparo na gestão da emergência. Por outro, a solidariedade manifestada na fase inicial pelos outros países suscita o desejo de que daqui possa recomeçar uma Albânia melhor. Ver povos, que até ontem estavam separados por antigos ódios, trabalhar juntos foi um sinal de esperança. Há grande gratidão sobretudo para com os kosovares que se tornaram presentes de modo muito forte, como que querendo retribuir aquele amor que tinham recebido quando estiveram aqui durante a emergência Kosovo. Alguns deles vieram pegar famílias para levá-las às suas casas. “O terremoto – me disse um jovem – aproximou-nos uns dos outros como nunca havia acontecido antes”. Outros nos disseram colher a presença de Deus também nesta realidade de dor”.
Claudia Di Lorenzi
Jan 15, 2020 | Sem categoria
“Jesus demonstrou-nos que amar significa acolher o outro como ele é, do mesmo modo que ele acolheu cada um de nos. Acolher o outro, com os seus gostos, as suas ideias, os seus defeitos, as suas diferenças. (…) Dar-lhe espaço dentro de nós, purificando o nosso coração de todas as prevenções, julgamentos e instinto de rejeição”. (Chiara Lubich) A “Aldeia da miséria” Os habitantes desta favela, que se estende às margens pantanosas de um rio, se arranjam com pequenos trabalhos e, tendo que ficar fora de casa o dia inteiro, são constrangidos a deixar seus filhos sozinhos. Algum tempo atrás, o rio transbordou por causa de uma chuva torrencial, levando de um barraco uma criança de poucos meses. Moramos num bairro residencial que fica próximo dali. Chocados com este acontecimento, tentamos enfrentar essa terrível chaga envolvendo parentes e amigos. Alugamos alguns locais e começamos uma creche onde os pais podem deixar seus filhos com segurança durante o dia. Em locais adjacentes, começamos ainda uma escola materna para tirar da rua também os maiorzinhos. Esta iniciativa está trazendo frutos: relações novas entre o pessoal que trabalha e as famílias e comunhão de bens, de tempo e de prestações. Pouco a pouco, está se realizando um outro sonho: tirar o maior número de famílias da “Aldeia da miséria”. Com um sistema de autogestão construímos e inauguramos este ano as primeiras casas novas. (S.J.B. – Argentina) Convincções políticas Era inevitável falar de política no escritório. inevitável experimentar a distância que existia entre os respectivos pontos de vista. Cansada dessa tensão que crescia dia após dia, pricipalmente quando alguém proclamava “verdades” não compartilháveis, cheguei à conclusão que mais do que trocar de escritório, deveria mudar a mim mesma. Assim, esforcei-me para entender melhor o que fazia cada uma dos meus colegas defender uma certa posição. Este meu modo de agir provocou uma certa curiosidade, principalmente naqueles que tinham sempre me atacado chamando-me de católica-conservadora-carola. Claro que a oração ajudou-me muito, mas também a minha comunidade paroquial que me encorajava a ter sempre uma caridade maior. Um dia, o meu “inimigo” mais acerrado disse-me: “Não sei mais de que modo te atacar… e vejo que és feliz. A tua liberdade desorienta-me”. Sem muitas explicações estabeleceu-se uma amizade construtiva que agora ajuda também os outros a terem um comportamento mais compreensivo entre nós, mesmo permanecendo nas nossas convicções. (F.H. – Hungria) Com olhar de mãe Nosso filho casou-se com L. na onda da contestação, trocando a crença política comum por amor. Eu a amava como a uma filha e apreciava as suas qualidades de sensibilidade e atenção para com os últimos da sociedade. Quando, após apenas um ano de casamento, ambos vieram comunicar-me as dificuldades de continuarem uma vida juntos, eu já estava preparada para receber esta notícia. Quem perdeu mais foi nosso filho que tinha se entregado totalmente na construção de um relacionamento conjugal verdadeiro. Quanto a L., mais do que condená-la, procurei continuar vendo o quanto de bonito e positivo tinha percebido nela antes, procurando olhar a situação com um olhar de mãe. Seus pais, constatando que da nossa boca nunca tinha saído, nem com eles nem com outras pessoas, sequer uma palavra de julgamento em relação à filha, exprimiram o próprio apreço por este comportamento e continuaram a manter conosco um relacionamento fraterno. Desde então, passaram-se muitos anos. L. considera-nos um ponto firme da sua vida. (F.B. – França) Ladrões em casa Abri a porta para eles, porque tinham parecido jovens honestos. Ao invés, perguntaram-me imediatamente onde estava o dinheiro e começaram a abrir as gavetas e os armários. Um deles continuou a segurar-me firme pelos braços atrás das costas. Pelo medo, não tive nem força para gritar… Quando foram embora, encontrei-me por terra, um pouco atordoada. Talvez tenham tido piedade pela minha idade. Depois, fui para a sacada e comecei a gritar pedindo socorro, mas os ladrões já tinham fugido. Alguns vizinhos correram, mas não podiam fazer nada além de me ajudarem a por ordem na casa, enquanto eu dava-me conta daquilo que tinha desaparecido. O que fazer? Aquele dia, a tragédia da solidão e da velhice apresentou-se com toda a crueldade. À noite não consegui dormir: diante dos meus olhos aquela cena voltava. E, no entanto, pareciam jovens direitos, poderiam ser meus netos. Por que agiam daquele modo? Encontrei um pouco de paz quando comecei a rezar por eles e por suas mães. Agradeci a Deus por estar viva. (Z.G. – ltália) Não negar a vida Há muitos anos, não revia minha vizinha de casa, e precisamente desde quando tínhamos mudado de casa. Agora reencontrava uma mulher mais velha do que a sua idade real, como uma outra pessoa. Parecia que ela estava esperando a ocasião para abrir seu coração, porque sem demorar começou e expor-me suas penas: “Tudo tinha começado no dia em que, decidindo-me pelo aborto, tinha esperado resolver os problemas entre mim e meu marido… Pelo contrário, depois dele ter jogado sobre mim a culpa do filho que eu não lhe tinha dado, foi embora com outra mulher, deixando-me num mar de problemas com duas filhas adolescentes. Mais tarde, uma delas confessou-me estar grávida; o seu namorado a tinha colocado contra a parede: ou o aborto ou a deixaria. Confessei-lhe aquilo que sempre tinha calado e a aconselhei a não negar a vida, como eu tinha feito. Naquele momento, foi ela que me consolou, vendo-me chorar. Depois acrescentou que, vendo o meu sofrimento, tinha decidido ficar com a criança. Foi o que fez. Seu namorado não a deixou. Agora vivem felizes com o filho que também é o meu consolo”. (S.d.G. – Malta)
por Stefania Tanesini (extraido de Il Vangelo del Giorno, Città Nuova, ano VI, n.1, janeiro-fevereiro 2020)