Numa atmosfera de alegria, paz e fraternidade, concluiu-se, há alguns dias, a 11ª Assembleia geral do Conselho Ecumênico mundial de Igrejas, em Karlsruhe, na Alemanha. O relato da equipe do Centro “Uno”, secretaria internacional para o ecumenismo do Movimento dos Focolares, que participou do evento.

 “O amor de Cristo move o mundo à reconciliação e à unidade”. Foi este o tema cristológico que direcionou a 11ª Assembleia geral do Conselho Ecumênico de Igrejas (CEC), realizado em Karlsruhe (Alemanha), de 31 de agosto a 8 de setembro de 2022. Participaram os representantes de cerca de 350 Igrejas, delegados e lideranças do CEC, líderes de outras comunidades de fé que colaboram com o Conselho pela unidade da humanidade, além de delegações seja da Igreja ucraniana seja da Igreja russa. Um forte sinal e testemunho concreto de como este Conselho é verdadeiramente uma plataforma perenemente aberta ao diálogo.

Os participantes, provenientes de todos os continentes, trouxeram consigo a imagem viva da humanidade na sua diversidade, sofrimento e riqueza. Contaram suas histórias, seu grande amor por Cristo, as lutas pela paz e o desejo de buscar realmente a unidade.

Um projeto que, para ser realizado, não precisa de um amor qualquer, mas do Amor que brota do coração da Trindade, que se encontra apenas no contato com Deus. E isso foi expresso na importância e cuidado especial dado à oração. Cada dia começava e se concluía rezando, no interior de uma tenda espaçosa e iluminada, montada precisamente em memória ao lugar do “pacto”, onde o povo hebreu reunia-se com Moisés. A diversidade das liturgias, das línguas, da música, dos cantos e dos indumentos, alimentou a alegria e a surpresa diante da riqueza da única fé comum, expressa em uma infinidade de modos.

Os membros das delegações chegaram a Karlsruhe como peregrinos que desejam acompanhar-se e apoiar-se uns aos outros, traçar novas metas e testemunhar juntos o amor de Deus.

O cardeal Kurt Koch dirigia a delegação da Igreja Católica e, na abertura do evento, transmitiu algumas palavras do Papa Francisco escritas para a ocasião, encorajando os participantes a crescerem na comunhão fraterna em nome de Cristo, para serem críveis enquanto Igreja em saída, e para confortar o mundo numa época de divisões e guerras.

A contribuição do Movimento dos Focolares esteve inserida como uma peça neste grande mosaico, com uma presença de mais de 30 pessoas, católicos e de várias Igrejas, entre bispos amigos dos Focolares, focolarinas e focolarinos, gen (os jovens do Movimento), Voluntários de Deus e um amigo muçulmano.

Estar presentes, com tantas pessoas de várias Igrejas, foi uma experiência única para cada um de nós, e uma ocasião preciosa para sentir-nos uma só coisa no amor de Cristo.

Em conclusão, a Assembleia deliberou um relatório – aceito por uma maioria que exprimiu o seu consenso – que se refere a três desafios significativos do nosso tempo: justiça climática, justiça racial, igualdade entre homem e mulher; salientando de que maneira as Igrejas podem enfrentá-los.

Elementos que não apenas nos colocam em caminho, mas, como se lê em algumas linhas do documento final, revelam a semelhança com os objetivos e com o espírito que guia o Movimento dos Focolares: “Pode-se definir a busca da unidade que é inspirada pelo amor e enraizada em uma profunda relação mútua, como ‘um ecumenismo do coração’. É o amor cristão que nos impulsiona a caminhar ao lado um do outro honestamente e com todo o coração, para buscar ver o mundo por meio dos olhos dos outros e para sentir compaixão uns pelos outros”.

Centro Uno

 

 

 

 

2 Comments

  • Ho letto con gioia il resoconto del convegno ecumenico di Karlsruhe. Ho partecipato personalmente all’incontro ecumenico di Graz dal 23 al 29 giugno 1997, sul tema “Riconciliazione, dono di Dio e sorgente di vita nuova” Fu il secondo convegno europeo dopo quello di Basilea del 1987, a cui parteciparono personaggi illustri oggi in cielo, come Chiara Lubich, il Cardinale Martini, Mons Aldo Giordano e altri. Il cammino fatto in questi 40 anni è stato significativo e forse maggiore di quanto non si sia fatto in 2000 anni di cristianesimo. Ma quello ancora da fare è più difficile per l’attuale scristianizzazione dell’Europa che coinvolge soprattutto le giovani generazioni. Occorre ripartire insieme dal Vangelo e dal suo lieto annuncio di salvezza. Bisogna ritornare ad annunciare Cristo e il suo potere salvifico alle nuove generazioni attraverso un amore più solidale tra le chiese tra cui deve prevalere più il desiderio d’unità che l’autoreferenzialità! Il cammino è ancora lungo !

  • l’immagine che mi si è presentata leggendo queste righe è stata quella di Gesù in croce, salvezza dell’umanità.
    Si perché, ora come allora, l’odio, l’invidia, la superbia, in una parola la mancanza d’amore, sono state come riassorbite tutte il Lui, nel Suo Amore infinito.
    Ecco, oggi che viviamo “la terza guerra mondiale a pezzi” (come dice il Papa) e siamo immersi in un clima di mancanza di valori veri, la vostra esperienza ci indica la strada della salvezza ancora una volta e sempre in Gesù.
    Un grazie infinito a voi e a Dio

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