lê o pensamento do dia

Como o Pai me enviou…

Entre as palavras divinas que disse [Jesus], uma em especial dá-nos vertigens, se pensarmos que foi pronunciada por Deus e que nos permite compreender a excelência de uma eleição. É uma comparação paradoxal, mas verdadeira e cheia de mistério. Cristo dirige essa palavra àqueles que ao longo dos séculos viriam a ser seus sacerdotes: “Como o Pai me enviou, eu vos envio”. Quem é o sacerdote, portanto? É aquele que Cristo elegeu para continuá-lo no tempo.

Infelizmente, às vezes o sacerdote não é assim. No entanto, se o sacerdote não é Cristo, é bem pouca coisa. Suas homilias são vazias e as igrejas ficam desertas. Afinal, a palavra que Cristo ofertava era ele mesmo.

Se o sacerdote vive, em primeiro lugar, aquilo que prega e depois fala, sua palavra será Cristo e ele também será outro Cristo. Seus discursos arrebatarão as multidões e as igrejas ficarão repletas. Pois não é tanto a ciência que faz o sacerdote, mas o carisma vivificado pelo amor.

Chiara Lubich, Cidade Nova, O celibato sacerdotal

Revista Cidade Nova, Ano XII, n. 5, 1970, p. 6

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