A espiritualidade da unidade articula-se em doze pontos fundamentais, encadeados um ao outro:

  1. Deus Amor
  2. A Vontade de Deus
  3. A Palavra
  4. O irmão
  5. O amor recíproco
  6. Jesus Eucaristia
  7. A Unidade
  8. Jesus abandonado
  9. Maria
  10. A Igreja
  11. O Espírito Santo
  12. Jesus no meio

Para Chiara Lubich, cada ponto da espiritualidade da unidade não é nunca a simples formulação de um projeto amadurecido em sua mente, uma reflexão ou um princípio de teologia espiritual.  É, mais que isso, uma espiritualidade que exige uma adesão imediata, decidida e concreta, algo que suscita a vida.

No esplendor da história da Igreja, de seus indivíduos, de seus santos e comunidades, uma característica foi sempre constante: é a pessoa, individualmente, que se dirige a Deus. Isto resta verdadeiro também na espiritualidade da unidade, no sentido que a experiência que o indivíduo faz com Deus e em Deus é única e não se pode repetir. Todavia, a espiritualidade trazida pelo carisma da unidade, confiado pelo Espírito Santo a Chiara, acentua, ao lado desta indispensável experiência espiritual pessoal, a dimensão comunitária da vida cristã.

Não é uma novidade em absoluto. O Evangelho é eminentemente comunitário. No passado houve experiências que sublinharam o aspecto coletivo da peregrinação para Deus, especialmente as espiritualidades nascidas daqueles que colocavam o amor como base da vida espiritual. É suficiente citar o exemplo de São Basilio e suas comunidades.

Chiara traz a “sua” espiritualidade, um modo original, comunitário, de ir a Deus: ser uma só coisa em Cristo, segundo as palavras do Evangelho de João: “Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, estejam também eles em nós” (Jo 17,21). Em Chiara este torna-se um estilo de vida.

Uma “espiritualidade comunitária” havia sido preconizada por teólogos contemporâneos e é mencionada pelo Concílio Vaticano II. Karl Rahner, por exemplo, falando da espiritualidade da Igreja do futuro, a via «comunhão fraterna na qual seja possível fazer a mesma basilar experiência do Espírito». O Vaticano II ao orientar a sua atenção sobre a Igreja como corpo de Cristo e povo reunido no vínculo do amor da Trindade.

Se Santa Teresa d’Ávila, doutora da Igreja, falava de um «castelo interior», a espiritualidade da unidade contribui para edificar um «castelo exterior», onde Cristo esteja presente e ilumine todas as suas partes.

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