A Áustria, um pequeno país (84.000 km²), no coração da Europa, tem uma história muito rica. Os seus 8,6 milhões de habitantes falam, em grande parte, o alemão, mas existem outros seis grupos linguísticos reconhecidos.

A Áustria sempre teve uma função de ponte entre leste e oeste, especialmente em períodos históricos difíceis, como no tempo da “cortina de ferro”. Possui uma grande variedade topográfica: superfícies planas no leste, altas regiões de montanhas alpinas no oeste, bosques, colinas, lagos e rios. A sua grande riqueza cultural é conhecida, especialmente na música e no teatro, mas não só.

A sua é uma história longa e valiosa: o primeiro documento no qual a Áustria é citada é de 996. A nação atravessou muitas vicissitudes: da desagregação do Império Austro-Húngaro, no século IXX (que compreendia não apenas a Áustria e a Hungria, mas também as atuais República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina e parte da Itália, Sérvia, Montenegro, Romênia, Polônia e Ucrânia), passa-se à queda da monarquia e à inclusão, no período nazista, à área alemã do Ostmark. Tendo se tornado um dos países mais pobres da Europa, depois da Segunda Guerra Mundial, nos anos sucessivos teve um grande desenvolvimento, o que o tornou um dos países mais ricos do mundo. A partir de 1995 aderiu à União Europeia.

As origens do Movimento dos Focolares na Áustria encontram-se ainda em 1952, com a permanência temporária de alguns dos primeiros focolarinos em Innsbruck. A fundação do primeiro focolare em Viena aconteceu em 1962. Justamente nestes dias comemoram-se os 50 anos de vida do Movimento dos Focolares no país, e para a ocasião estará presente a presidente, Maria Voce, em visita à Áustria por uma semana.

A espiritualidade difundiu-se rapidamente entre sacerdotes, jovens e famílias e, em 1963, foi realizada em Wattens (Tirol), a primeira Mariápolis para os países de língua alemã. Desde então esta manifestação típica dos Focolares tornou-se um ponto fixo para muitas pessoas (de quinhentas a mil pessoas é o número médio de participantes). A Mariápolis é uma expressão relevante do Movimento na Áustria, com uma programação para todas as idades. A espiritualidade coletiva fez nascer, em muitos lugares, as chamadas comunidades locais, nas quais crianças e jovens, pessoas de todas as profissões e de diversas pertenças religiosas, sentem-se em casa, e dão, dessa maneira, a própria contribuição à fraternidade universal, no lugar onde estão. Os Focolares na Áustria atuam há dezenas de anos no diálogo ecumênico, mantendo contatos intensos com membros de várias igrejas, especialmente com o Metropolita Grego-ortodoxo, M. Staikos. Entre os membros do Movimento há também cristãos evangélicos. No projeto “Juntos pela Europa” convergem movimentos católicos, cristãos evangélicos e membros de igrejas livres. Desenvolveu-se um relacionamento muito bom também com grupos de muçulmanos, inicialmente com membros da Mesquita de Linz. Um projeto-piloto exemplar, com continuidade, é o chamado “Café da manhã das mulheres”, em Hall. Em 2010 foi realizado um encontro de estudos cristão-muçulmano, em cooperação com a Universidade de Innsbruck e prevê-se uma continuidade nesse trabalho. O diálogo foi instaurado também com pessoas que não possuem convicções religiosas. Entre estas, os dirigentes do partido comunista austríaco, desde o final da década de 1990, e nasceu ainda uma cooperação no âmbito do Fórum Social Mundial e Europeu.

A nascente Mariápolis permanente do Movimento na Áustria, a “Mariápolis Giosi” está situada ao sul de Viena. Nela já habitam famílias, uma comunidade de sacerdotes, focolares e jovens. O Centro Mariápolis “Am Spielgeln” é um lugar de encontro seja para os membros do Movimento seja para iniciativas sociais e seminários sobre economia local. Com uma atenção especial para com as novas gerações nasceu a ARGE-Pedagogia, que organiza, entre outras coisas, projetos sobre pedagogia em nível europeu. Para o esporte foi desenvolvido o dado Sport4peace, com as regras do fairplay, usado por escolas e associações em diversos países. Com os adolescentes e jovens nasceram muitas atividades e encontros: Social-day, Run4unity, Peace-worker, acampamentos de verão, shows musicais e a festa anual do fim de ano.

Chiara Lubich visitou a Áustria duas vezes: em 1997 pronunciou um dos principais discursos sobre a espiritualidade da reconciliação, durante a segunda Assembleia Ecumênica Europeia, em Graz; e em 2001, convidada pelo então prefeito de Innsbruck, Van Staa, falou da fraternidade na política, no Congresso “1000 cidades pela Europa”. Pouco antes ela havia encontrado 6000 jovens, na catedral de Viena, juntamente com o cardeal Schönborn, durante o evento “Rufzeichen”.

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