“Há muitos anos me tornei insensível, fechado, triste; hoje Chiara Luce me abriu as portas”, assim se expressa um prisioneiro a Maria Teresa – mãe da beata Chiara Luce Badano – enquanto a abraça segurando a sua mão.

Uma tarde certamente peculiar aquela do dia 20 de setembro, no teatro do cárcere romano de Rebibbia: duzentos e cinquenta presos, usando as melhores roupas, acolhem Ruggero e Maria Teresa Badano, pais da beata Chiara Luce. Na abertura do evento, Anna Del Villano, diretora de um dos departamentos do presídio, afirma: “Será uma tarde especial”.

Mas, por que esse evento? Alfonso Di Nicola, membro do Movimento dos Focolares que há muitos anos trabalha voluntariamente no presídio: “Fiquei sabendo que os pais de Chiara Luce foram encontrar os presos do presídio de Viterbo, em 2011 – ele nos conta – e pensei que poderia ser organizada uma visita deles também em Rebibbia”.

Enquanto os prisioneiros tomavam os lugares, causava impressão como se cumprimentavam com expressão de alegria e muitos abraços. Estão em diferentes setores da prisão. “Segundo o crime que cometeram”, nos explicam.

No palco, quatro cadeiras: para o casal Badano, Chicca Coriasco – grande amiga de Chiara Luce – e Franz, seu irmão. Maria Teresa quebra o gelo, lembrando o quanto sua filha amava os doentes e as pessoas que sofrem, e convida todos a transcorrerem um momento “em família”. Ruggero não esconde a sua emoção.

Qual a mensagem de Chiara Luce? Uma jovem normal, esportiva e vivaz, que ama Sassello, a sua cidade natal, especialmente quando está coberta de neve. Junto com Chicca conhece a espiritualidade do Focolare, ambas muito jovens. Assumem o convite de Chiara Lubich de viver o Evangelho com todo o ardor juvenil, nas diversas circunstâncias cotidianas, alegres ou dolorosas, e depois partilham as próprias experiências para encorajaram-se reciprocamente.

“Como fazem os irmãos mais velhos – diz Franz – eu ficava afastado delas”. Portanto, uma menina normal. E justamente essa normalidade o atraiu fortemente, sobretudo quando o tumor tornou-se uma sentença sem possibilidade de apelo. “Chiara Luce – continua Franz – se apaixonara por Jesus crucificado e abandonado assim como Chiara Lubich o apresentou: abandonado, “falido”, aquele Deus “derrotado” que se assemelha a cada um de nós… e que, a certo ponto, na cruz, gritou”.

Amá-lo será o segredo que a ajudará a viver a grave doença – osteossarcoma, o mais grave dos tumores – transformando toda dor em amor, com uma serenidade e alegria contagiosas. Ruggero diz: “Eu ia dar uma olhada pelo buraco da fechadura para certificar-me se ela sorria sempre ou se o fazia só para nós. E confirmei que ela sorria sempre”.

No Teatro, uma atenção fora do comum. A história de Chiara Luce prende a atenção de todos e essa jovem entra no coração dos presentes. Enquanto algumas fotos dela são projetadas no grande telão, um coral internacional do Focolare canta “Deus me ama”, música composta para a cerimônia da sua beatificação, no dia 20 de setembro de 2010. “Chiara Luce será santa em breve”, exclama um prisioneiro. Maria Teresa responde: “E vocês não estarão mais aqui… todos nós passamos por períodos difíceis”. As suas palavras têm efeito de um bálsamo e são acolhidas com um caloroso aplauso!

Site da postulação: www.chiaralucebadano.it

www.chiaraluce.org

1 Comment

  • The life of chiara luce has inspired many and happy to note that the parents are visiting prison and the inmates are changing their life
    May blessed chiara luce intercede for us and specially the youth that this united world will be a happy place and shortly we will be addressing her as St Chaira Luce will make the parents and all of us happy

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