“Como muitos de vocês sabem, aqui, de modo especial em Jerusalém, nós vivemos separados. Os árabes não têm oportunidades de encontrar os israelenses e vice-versa. Não existe uma efetiva partilha na nossa vida cotidiana”. É a declaração de Lara, uma jovem cristã que mora em Jerusalém e estuda na universidade hebraica. As suas palavras evidenciam a importância do evento realizado na Sinagoga Kehillat Yedidya, no dia 30 de abril passado. “Descobrindo a humanidade do outro”, foi o título do simpósio do qual participaram jovens pertencentes às três religiões monoteístas. Um número significativo eram os Jovens por um Mundo Unido, reunidos para encerrar o ano do Genfest, com o evento: ‘Sejamos Pontes’ e, os outros, coetâneos, eram jovens que moram na Terra Santa. Lara continua a sua narrativa, falando acerca de “uma idéia concebida por duas jovens, ambiciosas, que queriam melhorar a própria vida e oferecer aos jovens uma chance de encontrar-se, rompendo com os estereótipos”. Um desafio que começou há seis anos e que continua ainda hoje. Todos os anos o grupo conta com a participação de vinte jovens, dos 14 aos 16 anos, pertencentes às três religiões: hebreus, muçulmanos e cristãos.
Lara participou do primeiro projeto, e “jovem, cheia de entusiasmo, que olha o aspecto positivo da situação e o sonho de um mundo unido que se aproxima”. Os encontros se realizavam duas vezes por mês: “e servia para conhecermo-nos reciprocamente, compreender o que era semelhante entre nós e, também, as diferenças”. Nos encontros tratávamos os mais variados assuntos que ajudavam o conhecimento recíproco: a família, os valores e a educação nas diferentes religiões, e assim por diante…
Um projeto importante, mas, permanece uma interrogação: quando terminam essas reuniões, nos veremos ainda outra vez? As reuniões continuam sendo realizadas e o projeto ajudou a compreender também o ponto de vista do outro. Lara continua: “Nos tempos de conflitos e dificuldades, partilhávamos o sofrimento e rezávamos. Parece um sonho distante da realidade, mas, é verdade que vivemos juntos!”. O testemunho de Lara, juntos a outros três, sempre de jovens, ofereceram aos presentes, também sonhos e esperanças: com ela estavam Hani, muçulmano palestino, estudante de Direito; Huda, hebreu, que nasceu em Nova York e desde pequeno vive em Israel e Nalik, cristã, de Portugal.
O Núncio, Dom Lazzarotto, dirigindo-se aos jovens os convidou a “ser profetas” para “fazer desta terra, ainda outra vez, uma terra de sonhadores”. Um apelo que, na interpretação do Prof. Alberto Lo Presti, traduz o princípio da fraternidade em “princípio social”, que encerra em si “o poder de transformar a nossa história”. Em resposta à sua intervenção, o Rabino Raymond Apple (ICCI), evidenciando a necessidade de aprender a ter confiança uns nos outros, disse: “O caminho da fraternidade é poder afirmar: ‘eu confio em você!’”. O Rabino Kronish, moderador do evento – diretor do Interreligious Coordinating Council em Israel (ICCI)– na conclusão, encorajou os jovens presentes a continuar sendo portadores desta mensagem de esperança e levá-la a todos.
Jerusalém: recomeça a caminhada partindo daquela cidade, com o desejo de mirar no alto e crescer na confiança recíproca!
Para mudar a história!
Dear Friends of the Focolare,
It would be worth mentioning that the project that was described by Laura was initiated, coordinated and sponsored since 2008 by Jerusalem Center for Jewish Christian Relations (JCJCR)
Hana
Let us start thinking positively and kinldy towards others on a global scale and stop hurting each other!
Merci à vous tous, vous êtes un “petit peuple” qui construit l’avenir. Rose-Line
Grazie di questo bell’articolo che mi ha riportato alla realtà così forte vissuta a Gerusalemme.
Davvero ripartiamo da Gerusalemme per cambiare la storia, con grande speranza!
Elena