(Italiano)

«Pediram-me para recordar hoje, 7 de dezembro de 1973, o dia 7 de dezembro de 1943, que sempre consideramos a data oficial do início do Movimento. Nesse dia eu me consagrei a Deus. Creio que tanto os mais jovens como os novos gostariam de ouvir a descrição daquele simples dia. Vou procurar fazê-lo, focalizando o fato em si, obra do Senhor, e não a minha pessoa.

Imaginem uma jovem apaixonada, invadida por aquele amor que é o primeiro, o mais puro, que ainda não foi declarado, mas que começa a arder no peito, com uma única diferença: uma jovem enamorada assim nesta terra tem diante dos olhos a imagem do seu amado. Esta, porém, não vê o seu amado, não o ouve, não o toca, não sente o seu perfume com os sentidos do corpo, mas com os da alma, através dos quais o Amor, com A maiúsculo, penetrou e a invadiu totalmente. Por isso sente uma alegria característica, que dificilmente se repete na vida: alegria secreta, serena, exultante.

Alguns dias antes do dia 7 de dezembro tinham me dito para fazer uma vigília  diante de um crucifixo, para me preparar melhor para as minhas núpcias com Deus; núpcias que devia ocorrer no modo mais secreto. Estávamos ao corrente somente Deus, eu e o confessor.

À noite, tentei fazer essa vigília, ajoelhada ao lado da cama, diante de um crucifixo de metal que agora está com minha mãe. Acho que rezei por umas duas horas, mas sendo jovem e pouco convencida em relação a certas práticas que mais tarde se manifestaram não conformes à minha vocação, adormeci, após ter notado que o crucifixo tinha ficado todo molhado pelo meu hálito durante a oração. Este fato me pareceu um símbolo: o crucifixo que eu deveria seguir não seria sobretudo o das chagas físicas, que muitas espiritualidades puseram em relevo, mas o dos sofrimentos espirituais (eu ainda não conhecia o Abandonado), sofrimentos que Jesus experimentou». [ler tudo]

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