201411MostraHungMacao2“Sinfonia Caminho da seda”, “Terra Prometida”, “Irmão Sol, Irmã Lua”, “Matteo Ricci”… são algumas das originais esculturas apresentadas na Amostra de Macau ( 26 de setembro-9 de novembro). São fruto das experiências pessoais de Lau Kwok-Hung, ou apenas Hung. Nascido em 1953 em Hong Kong, o artista reside desde 2000 no centro internacional de Loppiano, onde trabalha no seu atelier buscando inspiração na espiritualidade da unidade. Em vez do tradicional cinzel, Hung usa uma chama de oxiacetileno a 3000ºC. Gota a gota: é assim que Hung realiza as suas esculturas, que parecem simular pinceladas de caligrafia chinesa, mas um olhar mais atento revela um emaranhado de pedacinhos de ferro que formam figuras humanas em movimento. Cada uma das obras expostas em Macau está inserida na qualidade de “andante”, de onde provém o título da Amostra. Um termo que nos mergulha no panorama musical, com métrica e ritmo, mas também indica um movimento de saída, à descoberta do outro. Encontramos Hung no seu retorno da Ásia.

Como nasceu esta extraordinária experiência da sua primeira exposição individual na China?
“No mês de fevereiro deste ano eu me encontrava em Macau e fui convidado a ir à sede do governo pela Sra. Madam Florinda Chan (secretária para a Administração e Justiça) a fim de encontrar-me com diversos responsáveis do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. No final da apresentação sobre o meu “caminho” artístico, os responsáveis foram unânimes na decisão de realizar dentro de um ano, uma Amostra das minhas esculturas.
201411MostraHungMacao1 Propuseram como local da exposição o prestigioso Casas-Museu da Taipa. Além disso, decidiram financiar a viagem e a publicação de um catálogo trilíngue  (chinês, português, inglês), a preparação da  Amostra e a expedição via aérea das minhas esculturas”.

É a primeira individual que você realiza na China?
“No passado fiz amostras coletivas, mas esta é a minha primeira individual na Ásia. Atrás dos bastidores muitos colaboraram para o êxito do projeto. Quero recordar particularmente Nico Casella, que guiou o percurso burocrático para as expedições e Julián Andrés Grajales, meu colaborador direto no Atelier, mas deveria enumerar muitas pessoas… A vernissage, no dia 25 de setembro, assinalou a abertura do evento que iria durar um mês e meio. Para esta oportunidade a Sra.Florinda Chan convidou-me a conduzir um tour monitorado, apresentando brevemente as minhas esculturas aos hóspedes”.

201411MostraHungMacao3Quanto tempo você ficou em Macau?
“Dez dias, durante os quais pude encontrar muitas pessoas e dialogar com elas, seja nas conferências seja nas visitas monitoradas por mim. Foi muito interativo o encontro com 700 estudantes do Colégio Matteo Ricci, que demonstravam expressões genuínas de surpresa e gratidão, mas também se interessavam pela técnica, pelas inspirações, pelo estilo”.

Existiram surpresas?
Sim. Uma das tantas foi que a Direção do Colégio Matteo Ricci, para antecipar as celebrações do 60º aniversário do Instituto, decidiu adquirir uma obra minha: o medalhão dedicado justamente a Matteo Ricci, homem do diálogo”.

O que ficou desta experiência asiática?
Uma grande gratidão no coração, pelos relacionamentos construídos com tantas pessoas… a unidade foi a protagonista”.

No comment

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *