«Vivemos num cemitério, exigimos justiça», proclama um dos slogans do protesto que levou às ruas milhares de estudantes. Desde o dia cinco de novembro começou no México uma greve transversal a todas as escolas. Uma manifestação estudantil de três dias pede ao governo um maior compromisso na busca dos 43 estudantes desaparecidos no estado de Guerrero no dia 26 de setembro.
O prefeito de Iguala (município onde o fato ocorreu) José Luis Abarca e sua esposa, Maria de los Ángeles Pineda, foram presos, acusados de serem os mandantes do sequestro. Enquanto aguardam-se os interrogatórios que poderão trazer maiores informações sobre o desaparecimento misterioso, o Movimento dos Focolares no México une-se à reivindicação de que os fatos sejam esclarecidos.
«A violência e a injustiça cometidas contra os 43 jovens desaparecidos e contra milhares de pessoas desaparecidas nos últimos anos em nosso país, são fatos diante dos quais afirmamos o nosso forte repúdio e indignação e exigimos que nunca mais aconteçam episódios semelhantes; estes nos comovem profundamente e nos interpelam como indivíduos e como sociedade», escrevem num comunicado.
Além disso, convidam a um compromisso ainda mais decidido pela construção de um país pacificado: «A paz não se constrói com a violência. Regenerarmo-nos como sociedade mais humana significa responder com a caridade e o perdão. Não como gestos de indiferença e tolerância, mas como empenho em trabalhar concretamente pelo bem comum». O apelo focaliza antes de tudo a transformação do coração, especialmente de quem governa: «Não basta o estado de direito, é necessário transformar o coração de quem faz as instituições».
A mensagem é dirigida «a todos aqueles que professam uma fé, não importa qual esta seja, e a todas a pessoas de boa vontade, a fim de que, todos unidos, possamos manter vivo e renovado o compromisso em ser construtores de paz lá onde vivemos e trabalhamos».
Enfim, propõem ao povo mexicano o “Time out pela paz”, para chamar a atenção à trágica situação que se vive no México e em todos os países onde impera a violência: «Um minuto de silêncio e oração pela paz, todos os dias às 12 horas, como um sinal visível e concreto de fraternidade e solidariedade para com qualquer pessoa sofredora».
O Movimento dos Focolares do mundo inteiro adere ao “minuto pela paz” em apoio ao povo mexicano, com o desejo que o respeito pela vida, a busca da verdade e da justiça, tenham a supremacia sobre qualquer forma de abuso.
Me uno plenamente al pueblo mexicano, sobre todo al dolor de lo que ello significa.
Estoy con uds. en el Time out, pidiendo que se encuentren a los jóvenes y retorne la paz.
Condivido con tutto il cuore e soprattutto appoggio questa coraggiosa presa di posizione da parte del movimento dei focolari in Messico . Nel time out ricorderò in modo particolare questo paese! Ester