“O que você acha?”, “o que você faria se estivesse no meu lugar?”. Quantas vezes alguém nos pede uma ajuda ou entendemos que precisaria dela, ou ainda temos a certeza de que para ajudar aquele amigo, irmão, aquela pessoa, se deveria realmente “fazer assim”.
Em poucas linhas, tiradas de “Meditações”, o livro que reúne os seus primeiríssimos escritos espirituais, Chiara Lubich nos convida a mudar de perspectiva e a nos colocarmos do lado de Deus para ter não o nosso, mas o Seu amor para com quem quer que seja.
Há quem faça as coisas “por amor”. Há quem faça as coisas procurando “ser o Amor ”. Quem faz as coisas “por amor” pode fazê-las bem; mas pensando, por exemplo, em prestar um grande serviço a um irmão, digamos doente, pode aborrecê-lo com seu falatório, com seus conselhos, com suas ajudas, com uma caridade pouco sensata e pesada.
Ele terá um mérito, mas o outro, um peso.
Tudo isso porque é preciso “ser o Amor”.
O nosso destino é como o dos astros: se giram, existem, se não giram, inexistem.
Nós existimos – entendendo-se que vive em nós não a nossa vida, mas a de Deus –
se não cessamos um instante de amar.
O amor nos faz residir em Deus, e Deus é o Amor.
Mas o Amor, que é Deus, é luz, e com a luz vemos se o modo como nos aproximamos e servimos o irmão está em conformidade com o Coração de Deus, está como o irmão gostaria, como ele sonharia se estivesse a seu lado não nós, mas Jesus.
Chiara Lubich
Chiara Lubich, in Ideal e Luz, Ed Cidade, São Paulo, 2003, pág. 113.
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