Movimento dos Focolares
Reportage

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7 Novembro 2011
Com os jovens católicos holandeses, as comunidades dos Focolares dos países nórdicos e os habitantes da Mariápolis Marienkroon. O terceiro dia de Maria Voce e Giancarlo Faletti na Holanda. Alegria entre irmãos.
Feliz aniversário, Holanda! 7 Novembro 2011 A festa dos 50 anos do Movimento dos Focolares nos Países Baixos.   
6 noviembre 2011
La Presidente de los Focolares se reúne con las comunidades del Movimiento de Noruega, Suecia, Finlandia, Dinamarca, Islandia y Holanda. Diálogo con algunos obispos católicos. Encuentro cara a cara con los jóvenes.

4 noviembre 2011
Los responsables del Movimiento de los Focolares de visita a las comunidades de Holanda. Se empieza por Marienkroon, antiguo centro de espiritualidad cistercense, actualmente ciudadela de los Focolares.

   

4 Novembro 2011
Os responsáveis do Movimento dos Focolares visitam a Holanda, começando por Marienkroon, um ex-centro de espiritualidade cisterciense, agora Mariápolis permanente.
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Ser fogo: a jornada dos jovens holandeses

Maria Voce viu-se cercada de jovens no Congresso anual dos jovens católicos holandeses, organizado pela Conferência Episcopal juntamente com vários movimentos, no dia 6 de novembro. Os participantes eram milhares. O estilo foi o de um concerto rock: ritmo acelerado, música a todo volume, simpatia, mas também reflexão. A identidade católica, minoritária na Holanda, foi fortemente salientada. Entre uma canção com tema religioso e outra houve a entrevista com um sacerdote e depois chegou a vez de Maria Voce. Ela subiu ao palco acompanhada por um grupo de gen, que lhe dirigiram algumas perguntas. Suas respostas sublinharam mais a unidade do que a diversidade. «Antes de pertencer a uma igreja ou a outra, crentes ou não, somos todos filhos de Deus, portanto, irmãos». E recordou que quando conheceu o Movimento ficou tocada por uma afirmação: «Esta não é uma organização, é uma vida, se você vive o Evangelho faz parte desse grupo». Prosseguiu-se com outras canções, a entrevista com o bispo que há 12 anos acompanha os jovens e que agora passa este encargo ao seu bispo auxiliar, que também foi entrevistado. Um vídeo sobre a JMJ e 15 minutos com a Rádio Maria, que iniciou suas transmissões na Holanda. Depois a Santa Missa, workshops, estandes. Muitas emoções, mas para muitos também um compromisso sério em viver e testemunhar aquele “fogo” do qual falava o título da jornada, e que hoje foi aceso ou reaceso. A apresentadora repetia: «Vamos nos reacender!». À tarde, na Mariápolis Marienkroon, Maria Voce reuniu-se com os membros do Movimento vindos da Dinamarca, Noruega, Suécia, Islândia e Finlândia. «Sempre sonhamos que Chiara Lubich pudesse visitar os nossos países, mas não foi possível. Este é um momento histórico para nós». Acolheram a presidente com familiaridade, confidência e muito calor (e dizem que os povos do norte são frios!), contando suas vitórias e dificuldades, principalmente no campo do ecumenismo. Maria Voce agradeceu-lhes pela sua fidelidade e os encorajou: «Devemos chegar à família universal. Lembremos, porém, que nós não fazemos o diálogo entre as religiões, mas entre as pessoas. Por exemplo, no recente grande encontro entre as religiões, em Assis, tive uma grande alegria, porque quase todos os que vieram, de várias religiões, conheciam o Movimento e me expressavam o seu reconhecimento. É verdade que às vezes encontramos diferenças que jamais conseguiremos superar, mas podemos aceitar-nos profundamente, amando-nos assim como somos. E devo testemunhar que este ano tive a surpresa de encontrar pessoas de outras religiões que não estão apenas em diálogo conosco, como do lado de fora, mas estamos todos juntos, diante do mundo para testemunhar o ideal da unidade». O encontro concluiu-se com canções, fotos, saudações e a promessa de rever-se em breve, quem sabe em um desses países nórdicos! O último compromisso do dia foi o encontro com os moradores da Mariápolis, especialmente os pioneiros, que com suas vidas e a disponibilidade de deixar tudo, fizeram nascer e crescer Marienkroon. Pessoas que talvez nunca tiveram um microfone nas mãos em ocasiões públicas, mas que agora, diante da presidente, tomam coragem e com simplicidade contam os momentos mais íntimos de suas vidas. «Eu trabalho na Mariápolis para que as pessoas possam dizer: “como é lindo aqui!”. E possam encontrar Deus, porque Deus é belo!». Marienkroon, uma Mariápolis única, uma Mariápolis feita de corações. Do enviado: Giulio Meazzini

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Feliz aniversário, Holanda!

O auditório pré-fabricado, montado no gramado da Mariápolis Marienkroon, está lotado. A visão é notável: 800 pessoas, adultos e crianças, dinamarqueses e holandeses, finlandeses e islandeses, suecos e noruegueses, que vieram até de lugares muito distantes, para festejar, juntamente com Maria Voce e Giancarlo Falatti, o aniversário da chegada do Movimento dos Focolares na Holanda.

Surge uma pergunta espontânea: por que funciona sempre? O que existe por trás dessa alegria palpável, que torna irmãos pessoas de idades, raças e convicções tão diferentes? As canções dos jovens no palco são em holandês, mas envolvem também quem não fala essa língua, porque mais do que as palavras contam os sorrisos. Talvez o segredo seja que se parte da vida, do amor concreto, e somente depois que nos tornamos amigos chega-se ao confronto cultural. Ou talvez dependa do fato que Chiara Lubich sempre ensinou a não deter-se nos problemas e incompreensões, mas ir além, recomeçar sempre, vendo-nos novos cada manhã.

Três trompetes, um violino, duas flautas, uma bateria e um piano compõem a orquestra. São relembradas as etapas salientes de uma aventura que continua: a chegada dos focolarinos na Holanda, em 1961; o Genfest em 1976, com quatro mil jovens; a visita de Chiara em 1982; a abertura dos focolares em Copenhagen, Estocolmo e Oslo na década de 1980; as primeiras visitas à Islândia em 1989 e a família focolare que chegou da Polônia, em 2010; a inauguração do novo Centro Mariápolis na Mariápolis permanente.

Cada país se apresenta com criatividade e fantasia. A Suécia, onde quase sem se aperceber vive-se o ecumenismo do povo, porque em todos os encontros há pessoas de igrejas diferentes; a Noruega, com o comovente momento de silêncio para recordar a tragédia do dia 22 de julho de 2011; a Finlândia, um imenso território e uma série de canções; a Islândia multiétnica e enfim a Holanda, país hóspede, com sua viva comunidade. Momentos de grande unidade, como foi a celebração ecumênica, quando o Pai Nosso foi recitado em sete línguas, simultaneamente.

Dom Jan van Burgsteden, responsável pelo ecumenismo, na Conferência episcopal,  testemunhou que «há 50 anos o Movimento ajuda as pessoas a viverem as palavras do Evangelho, na Holanda. E disso nasceu, embora numa era de secularização, um novo empenho na Igreja, que a ajudou a superar a polarização. Vi também que o Movimento conseguiu criar um “ecumenismo do coração”. Estou convencido que um dia veremos a Igreja brilhar como uma estrela da manhã, porque a Palavra tornou-se vida, em todas as suas realidades».

Maria Voce respondeu a várias perguntas. Uma delas: “o que você recorda de especial em 2011?”. «Na Terra Santa, quando estava no Santo Sepulcro, sentia-me esmagada pelo mal do mundo, que havia esmagado também Jesus. Mais tarde, porém, diante do túmulo vazio, tive a improvisa certeza que Jesus ressuscitou, que podemos levá-lo ao mundo, vivo entre nós, e temos a sorte de poder fazer isso. Outra viagem, aos Estados Unidos. Nesses espaços sem tamanho e com tanta gente por todo lado, pensei que existem apenas poucos focolarinos. O que eles podem fazer sozinhos? Vieram para a festa umas duas mil pessoas, uma gota no oceano. E mesmo assim, interiormente tinha uma certeza: não coloquemos na cabeça a preocupação com os números, não são importantes, o que conta é fazer crescer a presença de Jesus entre nós, o restante virá».

«Um dia cheio de momento oficiais – concluiu Giancarlo Faletti – mas principalmente um dia em família, que dá muita esperança. Levo no meu coração esta presença de vocês, multiétnica e multicultural, este florescimento de vida. E cada flor necessita de amor, tenacidade e inventiva, que são as características de vocês. No fundo, a flor é o símbolo da Holanda».

Do enviado: Giulio Meazzini

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Na Holanda com as comunidades do norte da Europa

Quatro de novembro. O primeiro dia de Maria Voce e Giancarlo Faletti na Mariápolis de Marienkroon inicia encontrando alguns bispos católicos da Holanda e da Islândia. Um intercâmbio franco de ideias e perspectivas, sobre como testemunhar a fé católica na sociedade secularizada de hoje. Na Holanda, nos anos após o Concílio Vaticano II, entrou em ato a chamada “polarização”, com a crescente incompreensão entre católicos “conservadores” e “progressistas”. Somente no final dos anos 1990 a situação melhorou, inclusive por mérito da colaboração entre jovens de diversos movimentos e animadores juvenis das dioceses. No que se refere ao ecumenismo a situação hoje melhorou decisivamente, em relação aos anos 1960, quando católicos e protestantes quase não tinham contato. Atualmente existe um processo de reaproximação que, espera-se, possa levar em breve a um dia nacional de reconciliação. O projeto “Juntos pela Europa” é parceiro neste processo. Mas apesar disso, também devido aos escândalos sobre os abusos sexuais, a apatia e a indiferença diante do fenômeno religioso parecem crescer. «É um desafio colaborar mais entre nós, porque nenhum movimento sozinho é suficiente para mudar as coisas – afirmou Maria Voce –. Cada um responde pelo dom especial que recebeu, para nós é a unidade, que deve ser atuada inclusive entre os movimentos». Segundo o bispo, dom De Jong, a Mariápolis poderia hospedar uma escola, dirigida pelos Focolares, fundamentada no amor ao próximo e aberta a todos, a fim de formar os adolescentes, que, nestes tempos, na Holanda respiram apenas uma cultura secularizada. Ao responder, a presidente afirmou que mais do que uma única escola são necessários, em todas as escolas, professores que encarnem o Evangelho em suas vidas, mas que a possibilidade de atuação da proposta será avaliada pelos responsáveis do Movimento na Holanda. À tarde houve o encontro com os representantes das várias expressões do Movimento e das comunidades que estão crescendo na Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Islândia e Holanda, o que permitiu a Maria Voce e Giancarlo Faletti, conhecer a situação atual nesses países. Culturas e povos diferentes entre si, e mesmo assim «cada um sente como próprio e alegra-se por aquilo que os outros fazem. Cada vez que chego para visitar um país e o avião começa a descer – continua a presidente – fico com um nó na garganta, pensando nos irmãos que me esperam em festa. Nós somos gente de sorte, por poder experimentar a dádiva de Deus que é a família do Movimento em todos os países do mundo». E concluindo o dia, após o jantar, um diálogo tu a tu com 25 gen, em vista da já iminente “Jornada dos Jovens Católicos”, promovida pela Conferência Episcopal, com a colaboração dos jovens do Movimento dos Focolares e de outros movimentos. O futuro do Movimento está aqui, nesses jovens que são chamados de todos os lados para contar a história de Chiara Luce, a primeira jovem do Movimento reconhecida pela Igreja como bem-aventurada. Do enviado: Giulio Meazzini