Jan 20, 2015 | Sem categoria
Uma ideia de santidade enraizada no Evangelho foi o que nutriu a sua vida. Escreveu Chiara Lubich: «Nós encontramos a santidade em Jesus, que floresce em nós porque amamos… se procurássemos a santidade por si mesma nunca a alcançaríamos. Portanto, amar, e nada mais. Perder tudo, inclusive o apego à santidade, para querer somente amar».
A catedral de Frascati, local escolhido por D. Raffael Martinelli para a abertura do “Processo sobre vida, virtudes, fama de santidade e sinais” de Chiara Lubich, por si só salienta a importância eclesial do ato. A diocese de Frascati é o território onde está localizado o Centro Internacional do Movimento dos Focolares, próximo de onde Chiara Lubich viveu grande parte de sua vida e morreu. O seu jazigo encontra-se na capela do próprio Centro, em Rocca di Papa.
A cerimônia de abertura da causa de beatificação e canonização, chamada Primeira Sessão, acontecerá terça-feira, 27 de janeiro de 2015, com início às 16 horas (hora local) com a recitação das Vésperas. Prevê a leitura do Decreto de introdução da Causa e do Edital de nulla osta da Santa Sé; a instituição do tribunal nomeado pelo bispo; depois os juramentos do bispo, dos membros do tribunal e dos da postulação. A partir deste momento Chiara Lubich poderá ser chamada “serva de Deus”.
A cerimônia poderá ser acompanhada na internet.
Com uma carta dirigida a todo o Movimento a presidente, Maria Voce, comunica com intensa alegria a notícia, desejando a todos os que vivem a espiritualidade da unidade que sejam um «testemunho vivo» daquilo que Chiara viveu, anunciou e compartilhou com tantas pessoas, no compromisso de «tornar-nos santos juntos».
O procedimento para o início da Causa aconteceu dia 7 de dezembro de 2013, nos 70 anos de fundação dos Focolares, com a decisão de apresentar o pedido formal ao bispo de Frascati, D. Martinelli, por parte da presidente, Maria Voce. Nele estava expresso o desejo de que este pedido fosse apresentado com o objetivo de fazer crescer em muitos o compromisso espiritual e moral pelo bem da humanidade. Os meses sucessivos foram necessários para o cumprimento dos atos canônicos
O quanto continue a ser iluminativo o testemunho de Chiara Lubich é testemunhado pelo ininterrupto fluxo de pessoas, nos seis anos desde a sua morte, aos locais onde viveu e onde agora repousa: mais de 120.000 pessoas de vários continentes e tradições religiosas, cardeais e bispos, acadêmicos, políticos, famílias e jovens, membros de associações e movimentos, pessoas de culturas não religiosas, crianças e adolescentes, adultos em busca de esperança.
Nós nos tornaremos santos, explicava ainda Chiara «se na base da nossa santidade (ante omnia, antes até mesmo da santidade) colocarmos a mútua caridade: Jesus entre nós como premissa ou princípio, como meio para santificar-nos e como objetivo».
Live streaming 27 de janeiro de 2015, com início às 16 horas (hora local): http://live.focolare.org
Chiara Lubich, causa de beatificação e canonização
Jan 20, 2015 | Sem categoria
Segundo as Nações Unidas, chega a 700 mil o número de pessoas obrigadas a abandonarem suas casas por causa da violência nos estados do nordeste nigeriano. Precisamente no dia do massacre em Paris, a Nigéria também voltou aos noticiários, com uma escalada criminosa no estado de Borno realizada pelos extremistas de Boko Haram. Fala-se até de meninas kamikaze que explodiram em dois mercados da cidade. A população é indefesa, enquanto promovem-se leituras políticas contrastantes e são poucos os que desmascaram os grandes interesses econômicos ligados à exploração do petróleo. Espera-se pelas eleições presidenciais de fevereiro.
Na Nigéria o Movimento dos Focolares está presente com dois centros em Onitsha (no sul do país) e um em Abuja, a capital: «Depois da primeira viagem que fizemos para encontrar as pessoas desabrigadas pela guerra interna, tivemos mais consciência da situação real: miséria, doenças, fome, pessoas que não têm o que vestir, sem teto, mas, principalmente as crianças sem futuro», escrevem George e Ruth, responsáveis pelo Movimento na nação africana. Depois desta visita, organizaram uma segunda viagem, no período natalício, envolvendo amigos, parentes, colegas de trabalho: «Pudemos constatar de modo concreto a generosidade do nosso povo, chegou de tudo no focolare: dinheiro, roupas, comida, remédios. Até um carro, com um motorista muito experiente, à nossa disposição, que sabia onde passar para evitar o perigo». Formou-se uma comitiva com três pessoas: uma focolarina enfermeira, o motorista e uma outra pessoa. Foram carregados de presentes «para levar a alegria do Natal àquele povo que, mais do que qualquer outra coisa, assemelha-se com o Menino Jesus, que não teve nem um lugar digno para nascer».
A situação é precária: os remédios não são suficientes para todas as necessidades: «Sou enfermeira – conta Imma – visitei centenas e centenas de doentes: desnutrição, anemia, malária e muitas outras doenças. Depois, ajudamos o bispo a distribuir a comida a mais de 5 mil refugiados. É uma situação muito dolorosa, e cada dia chegam mais refugiados».
«Que seja o ano do Sim», desejou Maria Voce para 2015, «um sim repetido muitas vezes: sim a Deus, que nos pede alguma coisa imprevista, sim àquele próximo que precisa do nosso amor concreto, sim a um sofrimento inesperado, sim a Jesus que nos espera na humanidade para ser acolhido, transformando o sofrimento em alegria, vida e ressurreição».
Mas o que significa isso em situações tenebrosas, quando parece não existir mais esperança, como acontece na Nigéria? «Para nós esta é a realidade de cada dia – escrevem ainda Ruth e George – nas circunstâncias em que nos encontramos no nosso país. Existem muitas fontes do Mal. Diante destas situações não podemos ficar indiferentes. Quando nos encontramos com as pessoas que mais sofrem, encontramos aquele Jesus que também hoje nos repete: “foi a mim que o fizeste”».
Em nome de toda a comunidade dos Focolares da Nigéria, transmitem o obrigado pelas orações e o sustento manifestado em muitos modos, «sobretudo neste momento, e antes e depois das eleições presidenciais e legislativas».