Movimento dos Focolares
Um sentido para o sofrimento?

Um sentido para o sofrimento?

invito in PORTOGHESETrês, as temáticas: o absurdo do sofrimento, seja na esfera individual, seja social. A “convivência” com a o sofrimento. No último dia se procurará descobrir o valor do sofrimento.   Haverá contribuições de várias áreas geográficas e de diversas disciplinas: psicologia, medicina, filosofia, arte, com discursos de pessoas de todas as idades. Inscrições via e-mail junto ao escritório do Centro do Diálogo com pessoas de convicções não religiosas. Movimento dos Focolares – Via di Frascati, 306 – 00040 Rocca di Papa (Roma), Itália Escrever: centrodialogo@focolare.org Tel: +39 06 94798-343/344/345/346

Uma economia para contribuir na erradicação da pobreza

Uma economia para contribuir na erradicação da pobreza

Oito pessoas possuem individualmente a riqueza correspondente à metade da parte mais pobre da humanidade, segundo o relatório Oxfam 2017. O abismo da desigualdade chega ao extremo, condena à pobreza centenas de milhões de pessoas e evidencia a iniquidade do atual sistema econômico. Nesta complexa situação a Economia de Comunhão, como outras iniciativas econômicas, pode ser considerada um sinal profético. Iniciou em 1991, como reação à situação escandalosa das favelas que circundam a cidade de São Paulo. Chiara Lubich convidou um grupo de empresários a fundar empresas que, seguindo as leis do mercado, produzam renda “a ser colocada livremente em comunhão”. Com este objetivo: soerguer os pobres, oferecer emprego, promover a cultura do dar, em alternativa à cultura do ter. focus_10Desde então se passaram 25 anos. Sábado, 4 de fevereiro de 2017, o papa Francisco, na Sala Paulo VI, encontrará 1100 protagonistas da Economia de Comunhão (EdC), na  maioria empresárias e empresários, que escolheram a economia como estilo de vida pessoal e empresarial. Com eles muitos jovens, pesquisadores e professores que, por meio dos estudos e da atividade acadêmica querem dar um fundamento teórico ao binômio economia-comunhão. A diversidade dos lugares de proveniência demonstra que a EdC encontra espaço em qualquer área geográfica e cultural, pobre e  rica. Numerosos os participantes da Ásia: China, Coreia, Filipinas, Hong Kong, Índia, Malásia, Singapura, Tailândia, Vietnã. A África está bem representada: Burquina Faso, Burundi, República dos Camarões, Costa do Marfim, Etiópia, Uganda, Nigéria, República Democrática do Congo. Participarão empresários de 11 países das Américas: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, México, Panamá, Paraguai, Uruguai, USA. Grande participação de 20 nações da Europa. A Oceania é representada pela Austrália. A presidente dos Focolares, Maria Voce, participará da audiência com o Conselho Geral do Movimento. Uma assembleia heterogênea que, primeiramente, quer agradecer ao papa Francisco por ter evidenciado, no seu magistério e na sua ação, a dignidade dos pobres e dos excluídos. Ao mesmo tempo poderá apresentar-lhe alguns resultados da história da EdC que, começando pelos pioneiros, enfrentou os desafios e a crise que afligem o mundo. Atualmente a EdC inspira polos industriais na Europa e na América Latina, gera vida de comunhão em mais de 800 empresas, alivia a situação de uma grande quantidade de pobres, assegura o estudos para os filhos deles, desenvolve uma reflexão cultural que contribui a repensar as categorias econômicas como a reciprocidade, dom, gratuidade e a própria ideia de mercado. Além disso, está implantando e atuando novos projetos:

  • uma rede internacional (Economy of Communion International Incubating Network – EOC-IIN), com hub em alguns Polos Industriais EdC (mas não somente), para dar apoio especialmente aos jovens empresários. Estão em atividade na República dos Camarões, Portugal, Croácia, México e Brasil. Neste aspecto está funcionando, com sucesso, um sistema de geminação com organizações da economia social e civil para um training com 100 jovens provenientes de situações de risco. Em Portugal e no México está em andamento laboratórios de formação ao empreendedorismo “de comunhão”, endereçados em particular aos jovens, também em colaboração com entes acadêmicos como, por exemplo, a universidade de Puebla, no México, para a incubação de projetos de uma comunidade indígena;
  • um Observatório da Pobreza que recolhe best practices na luta contra a pobreza, desenvolvendo uma contribuição inspirada nos valores da comunhão e da reciprocidade.

Sobre este e outros temas se articularão três congressos, do dia 1º a 5 de fevereiro, no Centro Mariápolis de Castelgandolfo (Roma), para definir pistas e projetos para o período de 2018-2020. Luigino Bruni, economista e coordenador internacional da Economia de Comunhão, afirma: “Se decidirmos olhar o mundo junto aos pobres e excluídos não podemos permanecer no pedestal, devemos entrar na luta, ao lado das vítimas, combater por elas e com elas. Como resposta a isso, ganharemos olhos novos, veremos coisas que os outros não veem, às vezes horríveis; outras vezes de uma grande beleza. A EdC faz isso há 25 anos. Se ela quer viver deve continuar fazendo isso, todos os dias, fazer mais e melhor.” Imprensa Edc-online

Terremoto e neve na região central da Itália

Terremoto e neve na região central da Itália

133415-mdParece que estamos em guerra: aqui está o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Cruz Vermelha, agentes da defesa civil, entre outros. Ontem, para o jantar, estava conosco também uma família composta por seis pessoas cujos filhos são escoteiros, amigos do nosso filho. A casa deles está danificada, estão dormindo em tendas improvisadas. A nossa família cresceu e o nosso coração também se dilatou. No ato de doar um galão de combustível a quem necessitava para a energia elétrica e o trabalho com pás, para ajudar a tirar a neve da casa dos vizinhos, experimenta-se a fraternidade. Até ontem à noite estávamos entre aqueles que precisariam pedir ajuda. Mas, quando retornou a corrente elétrica, começamos a pensar naqueles que se encontram em necessidades. No final da nossa vida não seremos interrogados se sempre tivemos fé; mas, se fomos testemunhas críveis! São notícias que recebemos de amigos que moram nas cidades atingidas pelas últimas repetições do terremoto que – desde o dia 24 de agosto, continuou de 26 a 30 de outubro e, por último, no dia 18 de janeiro – e que está abalando a região central da Itália, atualmente coberto por uma espessa camada de neve. Tremores que tiveram muitas réplicas (tremores secundários) e, ainda, avalanches, desmoronamentos, perdas de vidas humanas… E, contemporaneamente, histórias de heroísmo, de altruísmo concreto até mesmo arriscando a própria vida, como é o caso dos bombeiros que se precipitaram até o hotel que foi destruído por uma avalanche, ou dos voluntários da proteção civil, que chegaram de todas as regiões da Itália. Justamente neste frente, uma das muitas expressões de um estado de emergência que parece não ter mais fim, concentra-se o Projeto RImPRESA. Ao longo da antiga Via Salaria, que se espera seja logo transitável novamente, há alguns meses foi colocado um cabo que une muitos pequenos centros rurais – cuja economia é predominantemente a agricultura e a pecuária – a uma rede de suporte internacional e logístico. RimpresaO projeto RImPRESA, promovido em primeiro lugar pela Associação por um Mundo Unido Onlus (AMU ), pela Associação Empresários por uma Economia de Comunhão (AIPEC), pela Associação para Famílias Novas (AFN Onlus), pelo Abraço Planetário (Abbraccio Planetario ), por B&F Foundation aps e Movimento dos Focolares, depois da fase de implantação, agora está iniciando a fase operativa. Isto significa que iniciou o fornecimento às empresas de matéria-prima, maquinários e pequenas infraestruturas provisórias, favorecendo a geminação entre empresas afins e a constituição (até o presente) de quatro Grupos de Aquisição Solidária  (GAS) em diversas cidades italianas, com o objetivo de criar uma cadeia de usuários e de consumo fora do território atingido pelo terremoto. As famílias envolvidas, até o presente momento cerca 80, dentro de pouco tempo poderão escolher e adquirir os produtos das empresas selecionadas por meio de uma central informática, que enviará o pedido coletivo. Uma vez por semana os produtos serão entregues diretamente na sede do grupo que encomendou a mercadoria. O objetivo desses grupos, longe de qualquer forma de assistencialismo, è favorecer a contribuição de reciprocidade e de protagonismo entre todos os participantes. Com este objetivo está previsto no projeto a criação de um “Fundo de Reciprocidade” do qual as famílias selecionadas receberão uma contribuição para reiniciar as respectivas atividades produtivas. Essas empresas se comprometem a cooperar com o “Fundo” quando as próprias condições das mesmas consentirem, para sustentar a retomada de outras empresas ainda em condições difíceis. Passará por este projeto a “retomada de muitas empresas” submetidas à dificuldade do presente. Para maiores informações: www.amu-it.eu  Veja também: Terremoto na Itália: três horas sob os escombros  Concerto “Toulouse for Italy” Natal entre as vítimas do terremoto na Itália central