Abr 28, 2018 | Sem categoria
Como começou esta aventura da unidade? O seu início não dependeu da minha vontade, mas da vontade de outra Pessoa. Não sei se vocês sabem que há momentos em que surgem na terra certas dádivas especiais chamadas carismas, mandadas por Aquele que governa a história e a conduz para um objetivo bem determinado: o bem, canalizando para ele inclusive aquilo que nós, homens e mulheres, causamos de doloroso no mundo. É Deus, Deus que é Amor, em quem muitos de nós cremos com todo o ser. Pois bem, um dia, e faz muitos anos, também nós recebemos um desses carismas. Com ele compreendemos que cada um de nós, que éramos jovens na época, tinha um desígnio maravilhoso, um encargo, quase uma missão: dedicar o tempo de vida que nos restava trabalhando para que todos sejam uma coisa só, colocando em ação, no nosso coração e no de todos, o amor. Crendice? Utopia? É claro que não, se um dia Jesus rezou a seu Pai Celeste pedindo exatamente isso: «Que todos sejam um». Era possível que um Pai, que é Deus, de um Filho, que é Deus, com o qual é um só Deus, não ouvisse a sua voz? Partimos seguras na direção dessa meta e atualmente no mundo, entre adolescentes, jovens e pessoas maduras, somos milhões e milhões de quase todas as nações do mundo. Não podemos contar quantos somos; é impossível. Naturalmente, dos nossos grupos participam pessoas que não possuem a nossa mesma fé religiosa mas uma diferente ou não possuem nenhuma. Todavia também elas podem viver aquilo que chamamos de benevolência, a qual não pode faltar em nenhum coração humano. Assim caminhamos – também com essas pessoas – almejando a formação da família universal e a edificação de um mundo unido. E se Deus é por nós, quem será contra nós? […] Cabe agora a vocês desfraldar a bandeira do nosso ideal. De um lado está escrito: unidade, amar-se reciprocamente com a disposição de dar a vida um pelo outro; o outro lado sugere o meio: o esforço incansável, com a disposição também de sofrer, para que floresça no mundo uma única família. Vocês são jovens. Coragem não lhes falta. Se nós conseguimos fazer o que fizemos, por que vocês não? Chiara Lubich (Do arquivo do Centro Chiara Lubich)
Abr 28, 2018 | Focolare Worldwide
Um zoom nos jovens. Também este ano terá início em Loppiano, a cidadela dos Focolares, o tradicional evento intitulado “Semana mundo unido”: uma rede mundial de ações baseadas num espírito de fraternidade entre povos e culturas. Há mais de 20 anos a Semana é o centro das iniciativas dos jovens dos Focolares, que querem testemunhar a todos, não apenas aos jovens mas também as mais altas instituições, que um mundo unido não é um sonho perdido entre ventos de guerra ou enterrado pelo peso das dificuldades sociais, mas uma realidade possível. Principalmente, se as novas gerações, formadas por uma cultura de paz, tomarem as rédeas da sociedade. No dia 1° de maio, a cidadela italiana dos Focolares hospedará uma das muitas etapas “nacionais” rumo ao Genfest de Manila, nas Filipinas (“Beyond all borders”, julho de 2018), reunindo 6 mil jovens de todas as partes da Itália. Será um festival para falar do limite mais difícil de superar para ira o encontro dos outros: o próprio eu. “Beyond me”, em Loppiano, vai contar as histórias de quem quis realizar antes de tudo em si mesmo uma profunda mudança, saindo da própria “área de conforto” para abrir-se aos valores da solidariedade e para as necessidades de quem está ao seu lado. Para muitos dos jovens presentes esta experiência de abertura está enraizada num encontro pessoal com Deus, que transformou as suas vidas e permitiu que vencessem o medo. Para outros, tratou-se da superação de uma doença ou de uma deficiência, para outros ainda a tomada de consciência de uma dificuldade. Também estará presente, em nome de uma amizade já comprovada, e em preparação da visita do Papa as duas cidadelas vizinhas, no dia 10 de maio, um numeroso grupo de jovens de Nomadelfia.
A “Semana mundo unido” (United World Week), que será iniciada imediatamente depois, será um único grande evento, deslocado em vários pontos do mundo. Uma expo internacional – parte integrante do United World Project – que há mais de 20 anos (a primeira edição foi em maio de 1995) volta a esta época do ano para criar, em vários pontos do planeta, mas principalmente onde existe solidão, pobreza, marginalização, relacionamentos de convivência pacífica entre povos e culturas diferentes. Nestes anos, a “Semana Mundo Unido” abriu espaço na opinião pública, através dos meios de comunicação e nas redes sociais, levando as ações de fraternidade à atenção das instituições locais, nacionais e internacionais, mas também de personalidades do mundo da cultura, do desporto, da sociedade civil e religiosa. A edição de 2018 terá como fio condutor o tema “Geração Fome zero”, um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda aprovada pelos Estados membros das Nações Unidas, a serem alcançados até o ano de 2030. Os adolescentes e os jovens do Movimento dos Focolares comprometeram-se, há algum tempo, a contribuir no importante projeto da FAO (Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura) em relação aos temas da subnutrição, do desperdício de alimentos, do respeito da natureza, com iniciativas pessoais e coletivas em prol do uso responsável dos recursos da terra. Portanto, a “Semana” será uma ocasião para mostrar os frutos dessa colaboração e envolver um número crescente de jovens, cidadãos e instituições para a realização deste objetivo. Na conclusão da “Semana”, com o “epicentro” no domingo, 6 de maio, voltará a “Run for Unity”, corrida desportiva realizada por centenas de milhares de jovens de nacionalidades, religiões, culturas, etnias diferentes que cobrirão a terra, transmitindo-se idealmente um testemunho de “fraternidade”, de leste a oeste. Em cada etapa, percorrida a pé, em bicicleta, caminhando, ou fazendo correr um pensamento de paz, a corrida mais contra a correnteza que existe será enriquecida por eventos desportivos, de jogos, de ações de solidariedade e de tudo que pode servir para testemunhar que o sonho de um mundo unido continua vivo, a pesar das tensões e dos sinais contrários. Talvez serão os jovens os protagonistas deste mundo. Chiara Favotti