Movimento dos Focolares

Otubro de 2007

Set 30, 2007

“Proclama a Palavra, insiste oportuna ou inoportunamente, convence, repreende, exorta, com toda a paciência e com a preocupação de ensinar” (2Tm 4,2)

Sim, é preciso falar. Falar a todos, sempre!
A Palavra de Vida freqüentemente nos convida a viver o amor, a ser o amor. Mas é preciso também transmitir a Palavra a outros, anunciá-la, comunicá-la, até envolvê-los numa vida de doação, de fraternidade.
Foram justamente estas as últimas palavras de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova…”1.
Era essa a paixão que impulsionava Paulo a viajar pelo mundo conhecido de então e a dirigir-se a pessoas de culturas e de convicções diferentes: “Anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!”2.
Repetindo o comando de Jesus e a partir da sua própria experiência, Paulo recomenda também ao seu fiel discípulo, Timóteo, e a cada um de nós:

“Proclama a Palavra…”

Para que a nossa palavra produza efeito, é necessário, sempre que possível, construir antes um relacionamento com as pessoas às quais nos dirigimos.
Mesmo quando não se pode falar com a boca, podemos sempre falar com o coração. Às vezes, a palavra pode se expressar simplesmente por meio de um silêncio respeitoso ou de um sorriso ou ainda interessando-se pela vida do outro, pelo que ele gosta, pelos seus problemas ou chamando-o pelo nome, fazendo-o perceber que ele ou ela é importante para nós. E, de fato, é importante. Temos como princípio não tratar o outro com indiferença.
Essas palavras que não fazem estardalhaço, se forem bem acertadas, não podem deixar de abrir uma brecha nos corações; e, muitas vezes, o outro retribui a estima e faz perguntas. Esse, então, é o momento do anúncio. Nessa hora não se pode esperar. É preciso falar claramente, mesmo com poucas palavras, mas falar e comunicar o porquê da nossa vida cristã.

“Proclama a Palavra…”

Como podemos viver essa Palavra de Vida e comunicar, ainda que seja só com a nossa atitude, o Evangelho? Como podemos doá-lo a todos?
Amando a cada pessoa, sem distinção.
Se formos cristãos autênticos, vivendo o que o Evangelho ensina, nossas palavras não serão vazias.
O anúncio da Boa Nova será ainda mais luminoso se pudermos testemunhar o coração do Evangelho, que é a unidade entre nós, sabendo que “nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”3.
É essa a veste dos cristãos comuns que todos – homens e mulheres, casados ou não, adultos e crianças, doentes ou sadios – podem usar para testemunhar em todo lugar e sempre, com a própria vida, Aquele no qual crêem, Aquele a quem eles querem amar.

Chiara Lubich

1) Cf. Mc 16,15; Mt 28,19-20;
2) 1Cor 9,16;
3) Jo 13,35.

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