«O Islã é um desafio para a Igreja. Quais são os contatos do Movimento com os muçulmanos?», pergunta o cardeal Jean-Claude Turcotte, arcebispo de Montreal. «Quais autores alimentaram o pensamento da fundadora de vocês em relação à espiritualidade de comunhão?», pergunta D. Paul-André Durocher, bispo de Alexandria-Cornwall, na fronteira entre o Ontário e o Quebec. É o início do encontro e já toca-se o centro da reflexão .
O acolhedor Centro Internacional da Rua Grenet, com a cidade coberta de neve, recebeu no dia 22 de março um grupo de sete bispos da Igreja canadense, que desejaram encontrar Maria Voce e Giancarlo Faletti, durante a permanência deles no país. O tema escolhido foi a espiritualidade de comunhão, elemento fundamental do carisma de Chiara Lubich.

Experiência de uma jovem
Introduzida pelo bispo de Valleyfield, D. Luc Cyr, a presidente delineou com pinceladas eficazes a espiritualidade do Movimento dos Focolares, sublinhando que «é fruto maduro do carisma da unidade» e apoiando-a em pilares como: a descoberta de Deus Amor, qual primeira centelha inspiradora; o amor ao irmão até dar a vida, o terreno; o amor recíproco, coração do Evangelho, mandamento típico da espiritualidade de comunhão; a unidade, que procura-se realizar em cada ambiente; Jesus crucificado e abandonado, modelo a ser revivido para construir a única família humana.
Imediatamente após iniciaram as perguntas dos prelados, que tocaram desde a secularização até as novas gerações, e abriram ainda mais à escuta dos frutos de uma espiritualidade de comunhão. Giancarlo Faletti, copresidente do Movimento, ilustrou alguns exemplos, partindo do ano sacerdotal e chegando à recente viagem de Maria Voce à Terra Santa. Os testemunhos que seguiram, de um pároco, um casal, uma jovem e a diretora de uma empresa da Economia de Comunhão, tornaram vital, linear a próxima a contribuição da espiritualidade da unidade.

Testemunho de um casal
«A atitude de acolhida recíproca e a escuta humilde permitiram um efetivo encontro de comunhão entre instituição e carisma. O sucesso foi confirmado pelo sorriso no rosto de todos», comentou Maria Voce. No dia precedente, antes de deixar Toronto, a presidente dos Focolares visitara o arcebispo, D. Thomas Collins. O encontro, que durou trinta minutos, aconteceu no sexto andar do edifício onde funcionam os escritórios da diocese. Em um diálogo cordial, várias vezes D. Thomas salientou a ajuda preciosa dada pelo Movimento para a vida de uma diocese tão cosmopolita.
Em seguida a partida da capital do Ontário (anglófona) para Montreal (francófona), no Quebec. Quinhentos e quarenta quilômetros na direção nordeste, por uma rodovia que passa no meio de bosques, com uma visibilidade reduzida. Às portas de Montreal a cena muda, desaparece a neblina e começa a nevar exatamente no momento que Maria Voce e Giancarlo Faletti ingressam na cidade. Quem podia imaginar um comitê de acolhida tão bem organizado?
Do enviado Paolo Lóriga
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