Movimento dos Focolares

Chiara Lubich na JMJ na Polônia 1991

Ago 16, 2011

No âmbito da VI JMJ, cujo lema era "Recebestes um espírito de filhos", Chiara Lubich encontrou pela primeira vez em Czestochowa, no dia 13 de agosto de 1991, jovens do Movimento provenientes da Europa do Leste e do Ocidente. Esse é um trecho do vídeo.

Caríssimos jovens, Neste primeiro momento devemos cumprir um dever que a Igreja nos deu, isto é: aprofundar o tema específico desta Jornada e apresentar o nosso Movimento, pelo menos o seu sector juvenil, a quem ainda não o conhece. Devemos aprofundar o tema e nas canções já ouviram que o seu título é: “Recebestes um espírito de filhos” (Rom 8, 15). E, depois, devemos apresentar o Movimento. De facto o carisma do Movimento dos Focolares faz essencialmente isto: sensibiliza as pessoas dando-lhes uma nova consciência de que são filhos de Deus e que o são hoje, segundo os Seus planos para o nosso tempo. Este carisma repete-nos: “Recebestes um espírito de filhos”. Recordemos o início do Movimento. No contexto da Segunda Guerra Mundial que semeava por toda a parte uma total destruição, eis a grande – por assim dizer – revelação que o Espírito Santo nos fez: Brilha sobre vós um sol radiosíssimo: é Deus! Deus que é Amor, Deus que vos ama imensamente, que conta até os cabelos da vossa cabeça… Ele é vosso Pai e vós sois seus filhos. E uma fé fortíssima no amor de Deus por eles, invadiu desde então a alma dos primeiros membros do Movimento. Uma fé que depois, todos os que foram aderindo ao Movimento ao longo dos anos, também sentiram irromper potente do próprio coração. Fé que deu a todos a força de arriscar tudo na vida para serem fiéis a tão extraordinária vocação: comportar-se como filhos de Deus; levar uma vida em união com o Pai do Céu. Ver em Deus-Pai, em Deus-Amor, o Ideal das suas vidas. Puseram-nO então acima de todos os pensamentos e deram-Lhe o primeiro lugar no coração. E, fazendo assim, todas as suas aspirações foram plenamente satisfeitas. Com Ele encontraram a plenitude da alegria, a felicidade; aquela felicidade a que hoje os jovens de todas as latitudes aspiram como ao seu próprio ideal, mas que raramente alcançam porque a buscam muitas vezes na posse dos bens, no “ter” mais do que no “ser”; procuram-na no divertimento ou em metas puramente terrenas. Os nossos jovens procuram mirar bem alto e, tudo o que outros julgam não poder alcançar, eles têm a esperança de obter e trabalham nesse sentido. Podem testemunhar ao mundo inteiro (e desejam fazê-lo antes de tudo aos seus coetâneos, que são vocês) que, por viverem como filhos de Deus, possuem o talento por excelência, uma força interior superior, uma confiança nova, que os ajuda a ver possíveis as metas a que hoje os jovens aspiram. Além disso os nossos jovens, sabendo que Deus não criou apenas o universo e as suas pessoas mas está presente e conduz a história, estão convencidos de que Ele tem projectos maravilhosos também sobre cada um deles. Então, enquanto os jovens de hoje, na sua maioria, só pensam no futuro imediato, só tomam decisões pouco duradouras e adiam as opções mais sérias, os nossos jovens programam as suas vidas mas não unicamente segundo os seus esquemas. Pelo contrário, procuram harmonizar o seu agir pessoal com a acção da providência de Deus no mundo. Sintonizam-se portanto na onda da Sua divina vontade e vivem-na plenamente, cientes de se terem encaminhado com todos os outros por uma divina e maravilhosa aventura.

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