
Antonella Lombardo
Nasce assim a Associação cultural Dancelab Harmonia, para desenvolver a busca da harmonia e o diálogo entre culturas diferentes, na ótica da paz. A Associação promove um Festival internacional, “Harmonia entre os povos”, já na sua 13ª edição, que envolveu toda a comunidade provincial, e um Campus de dança, destinado a bailarinos provenientes de várias partes do mundo, inclusive das zonas de conflito como Israel e Palestina. A eles, em particular, é dirigida uma ação de formação profissional e humana, centrada na cultura da paz. No decorrer dos anos, a Associação realizou vários Campi na Itália, em Budapeste e, a partir de 2014, no Oriente Médio, junto à Fundação João Paulo II, em colaboração com a Associação “Children Without Borders” e o apoio da Custódia da Terra Santa.  Explica a Lombardo: «A paz não é um ponto de chegada, mas um processo penoso, no dia a dia. Uma aposta educativa. Durante o Campus, os jovens aprendem as técnicas da dança e experimentam o poder da linguagem superior da Arte. Na apresentação da noite conclusiva, testemunham as experiências positivas baseadas no respeito recíproco, nos relacionamentos de autêntica fraternidade, no conhecimento recíproco». Faz parte do projeto também uma Marcha pacifista, intercultural e inter-religiosa que acontece todos os anos no dia 4 de outubro, em que são envolvidas a Região Toscana, as Entidades locais e as escolas, mas também as comunidades religiosas (católica, muçulmana, judia) e as associações de voluntariado.  
Quantos jovens você encontrou na sua carreira? «Milhares. A dança é uma disciplina severa e seletiva, mas os jovens são atraídos por ela. Um certo impulso vem também dos talentos televisivos que, porém, dão uma informação distorcida da essência da arte. É necessário responder com uma dimensão experiencial para ser mais incisivos como mestres. Hoje, os jovens não acolhem facilmente ensinamentos teóricos sem experimentar pessoalmente a sua eficácia».  A arte pode ter um valor social? Antonella Lombardo tem certeza disto: «A arte é a profecia de um novo humanismo, um dos caminhos para alcançar a harmonia social. Porque é um reflexo da Beleza que é Amor». E conclui: «Procurando viver a mia profissão nesta dimensão, vi a minha vida se transformar. Encontrei um sentido para tudo aquilo que antes me parecia não ser essencial. E depois, procuro dar a possibilidade a muitos jovens de fazerem igualmente. Porque todos, como me ensinou Chiara Lubich, podem fazer da própria vida uma obra de arte».  Chiara Favotti  Ver também: www.festivalarmonia.org, www.dancelab.it
			



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