Movimento dos Focolares

Ouvir a voz do Espírito

Jun 7, 2021

A caridade, que é uma participação na vida divina, não pode ser improvisada. Devemos buscá-la em Deus e no seu Espírito. Escutando e obedecendo à sua voz, o projeto de Deus abre-se diante de nós, magnífico e majestoso.

A caridade, que é uma participação na vida divina, não pode ser improvisada. Devemos buscá-la em Deus e no seu Espírito. Escutando e obedecendo à sua voz, o projeto de Deus abre-se diante de nós, magnífico e majestoso. […] Ser perfeitos no amor! Sabemos que para atingir este objetivo devemos ser cada dia mais perfeitos, pois “quem não progredi, regride”. E por isso devemos ter uma caridade sempre mais refinada, sempre mais delicada pelo próximo que passa ao nosso lado. Mas qual será o melhor meio para atingir este objetivo? Eu não vejo outro meio senão aquele de termos coração, mente e forças fixados em Jesus Abandonado, num desejo continuamente renovado de amá-lo, amá-lo nos sofrimentos inevitáveis do dia a dia […]. E é com este amor, é – como costumamos dizer – “estando para além da chaga”, sempre, em cada momento, que o Ressuscitado pode viver luminosamente em nós, que o seu Espírito pode romper todas as amarras do nosso eu. E se o Espírito Santo agir livremente em nós, ele poderá expandir melhor a caridade, que é difundida por ele mesmo no nosso coração. Nestes dias constato que, procurando viver com o Ressuscitado no meu coração, a voz de Deus cresce dentro de mim. E é esta voz que me orienta nos contatos que devo manter com as pessoas, sejam ou não membros do Movimento. […] Não podemos, pois, improvisar a caridade, que é uma participação na vida divina. Devemos buscá-la em Deus e no seu Espírito. Só então, escutando e obedecendo à sua voz, o projeto de Deus abre-se diante de nós, magnífico e majestoso. E à medida que isto se realiza, a unidade entre nós se aprofunda, cresce […]. Caros amigos, temos um ideal extraordinário, divino! […] Realmente, nós não sabemos o que temos, ou melhor, nós o sabemos sim. Temos Jesus, o Filho de Deus, em nós e em meio a nós, que vive e reina lá onde a caridade é rainha. E para que sejamos sempre e cada vez mais assim, […] voltemos a amar Jesus Abandonado, a fim de que o Ressuscitado resplandeça em nós. A Palavra do seu Espírito se tornará poderosa em todos nós e podemos ser cada vez mais perfeitos no amor, agradando sempre mais a Deus, a Maria e sendo cada vez mais aptos para servir a Igreja. Lembremo-nos deste trinômio: Jesus Abandonado, o Ressuscitado, ouvir a voz do Espírito Santo. Desta forma seremos para todos a expressão da caridade de Deus.

Chiara Lubich

(em uma conexão telefônica, Rocca di Papa 21 de novembro de 1985) Tirado de: Chiara Lubich, Conversazioni in collegamento telefonico, Città Nuova Ed., 2019, pag. 219.  

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Maria Voce voltou para a casa do Pai

Maria Voce voltou para a casa do Pai

Maria Voce, a primeira presidente do Movimento dos Focolares depois da fundadora Chiara Lubich, faleceu ontem, 20 de junho de 2025, em sua casa. As palavras de Margaret Karram e Jesús Morán. O funeral será realizado no dia 23 de junho, às 15 horas, no Centro Internacional do Movimento dos Focolares em Rocca di Papa (Roma).

Obrigado, Emmaus!

Obrigado, Emmaus!

Carta de Margaret Karram, presidente do Movimento dos Focolares, por ocasião da partida de Maria Voce – Emmaus.

A que serve a guerra?

A que serve a guerra?

Neste momento, em que o mundo está dividido por conflitos hediondos, compartilhamos um trecho do célebre livro escrito por Igino Giordani em 1953, com nova publicação em 2003: A inutilidade da guerra. «Se queres a paz, prepara a paz»: o ensinamento político oferecido por Giordani neste livro poderia ser resumido neste aforisma. A paz é o resultado de um projeto: um projeto de fraternidade entre os povos, de solidariedade com os mais frágeis, de respeito recíproco. Constrói-se, assim, um mundo mais justo; assim deixa-se de lado a guerra como prática bárbara, que pertence à fase mais obscura da história do gênero humano.