“Meditações” (Μελέτες) foi a primeira recolha de pensamentos e meditações de Chiara Lubich publicada, em 1959. Às numerosas traduções existentes acrescenta-se agora mais uma versão. Junto com um outro título, “Saber perder” (Μάθε να χάνεις), centralizado na figura de Maria aos pés da cruz, finalmente realizou-se a esperada publicação dos dois primeiros livros traduzidos em grego. “Saudamos a edição grega deste livro, que coincide com o 50° aniversário do encontro do Patriarca Atenágoras com o Papa Paulo VI em Jerusalém e desejamos que estas Meditações sejam uma leitura apreciada e que tragam benefício a todos que buscam a estrada do amor e da paz no mundo contemporâneo…”, escreve o Patriarca Bartolomeu I, no prefácio que enriquece a obra “Meditações”. “Há cinco décadas, conheci pessoalmente a memorável Fundadora e Presidente do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, quando foi convidada pelo nosso predecessor, o inesquecível Patriarca Atenágoras, e segui de perto o seu sincero esforço pela unidade e a restauração da comunhão entre as Igrejas da antiga e nova Roma, no âmbito do diálogo do amor…”. É conhecido o amor de Chiara Lubich pela Igreja Ortodoxa: de 1967 a 1972, teve 25 audiências com o Patriarca Atenágoras, relacionamento continuado com o Patriarca Demétrio e com o atual Bartolomeu I.
Em Tessalônica e em Atenas, na Grécia, nos dias 6 e 8 de outubro passado, dois eventos tornaram a figura de Chiara Lubich mais conhecida, na Igreja Ortodoxa como na Católica, das duas cidades. Na mesa dos oradores estiveram juntos o Metropolita ortodoxo Chrisostomos de Messênia, encarregado pelos relacionamentos com a Igreja Católica na Grécia e membro da comissão teológica bilateral; o padre Kontidis, jesuíta, que seguiu a publicação dos livros; Dimitra Koukoura professora ortodoxa de Omiletica; Florence Gillet, teóloga, representante do Centro Chiara Lubich. Nikos Papaxristou, jornalista ortodoxo, foi o moderador das apresentações, com um toque autobiográfico: “A primeira vez que ouvi falar do Movimento foi através do próprio Patriarca Bartolomeu”. Universalidade, “feminilidade que é própria de Maria”, profundidade espiritual, incidência eclesial e social do carisma da unidade foram alguns dos temas tocados. “Em Chiara está uma profecia que abriu um novo capítulo no percurso do ecumenismo”, afirmou o Metropolita Chrisostomos. “O Ideal de Chiara está ao serviço da humanidade”, continua, e “Chiara apresenta-nos Maria como verdadeiro modelo de leiga”. O Padre Kontidis apresentou a sua figura como “um exemplo de espiritualidade vivo que se volta sobretudo para os leigos, abrindo uma estrada de fé para tantas pessoas…”. Lina Mikelliddou, cipriota, e Anna Kuvala, grega, ortodoxas pertencentes ao Movimento, deram o seu testemunho: “Conhecendo este Ideal – disse Lina – a minha vida mudou: cada pessoa é candidata à unidade”. Entre os presentes em Tessalônica estavam o Arquimandrita Ignathios, representante do Metropolita da cidade e o Metropolita Nikiforos, abade do mosteiro ortodoxo Vlatadon. Também estiveram presentes professores de várias faculdades da Universidade Aristóteles da cidade, entre os quais o Prof. Vassiliadis, Decano da Faculdade de Teologia. O bispo de Corfù-Zante, D. Spiteris, impossibilitado de participar, enviou uma mensagem. Também em Atenas estiveram presentes muitas personalidades da Igreja Ortodoxa: Padre Thomas, vigário e representante do Arcebispo Ieronimo; o Metropolita de Syros, Polykantriotis; o Arquimandrita Sotiriadis, responsável pela Diaconia (para as obras caritativas) do Santo Sínodo ortodoxo da Grécia (conferência episcopal). Da Igreja Católica estavam presentes: o Núncio apostólico D. Adams; o bispo cessante D. Foskolos; D. Rossolatos, novo bispo nomeado de Atenas. Mais uma apresentação dos dois livros será realizada no dia 31 de outubro, em Nicósia (Chipre).
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