Movimento dos Focolares

Chiara foi recordada em muitos países do mundo

Abr 12, 2015

Eventos de caráter político e cerimônias em prestigiosas sedes institucionais, celebrações eucarísticas e jornadas de aprofundamento sobre o tema da fraternidade, mostras de arte e eventos culturais. Assim foi celebrado o 7º aniversário do falecimento de Chiara Lubich (14 de março de 2018)

Istanbul1494-e1427894905562Um evento internacional, feito de congressos e seminários em várias capitais do mundo, para refletir sobre as prospectivas que emergem da mensagem de unidade de Chiara para a realidade política, foi o fio condutor de muitos dos encontros realizados. Mas a relação entre o carisma da unidade e a política não foi o único aspecto salientado nestas comemorações.

Em Istambul, o Patriarca Bartolomeu fez as honras da casa no evento que reuniu cerca de cem representantes do mundo católico e ortodoxo, para a apresentação dos livros de Chiara traduzidos em grego. No seu discurso citou-a como uma das «santas mulheres, que com o seu exemplo, com o seu amor apoiado na filantropia divina e com a palavra inspirada pelo Espírito Santo, solicitam constantemente uma “metanoia”, uma conversão do coração para toda a humanidade sofredora».

congo-kinshasaDentro da crise – Dois encontros realizados no Congo pareceram uma resposta para a crise política que atinge o país. Em Lubumbashi participaram 370 pessoas, cristãs e muçulmanas. Os jovens dos Focolares apresentaram, de modo artístico, o amor de Chiara pelos pobres, o seu encontro com Igino Giordani e o seu “sonho”: a unidade da família humana. A Missa foi animada por um grupo de cinquenta seminaristas. Em Goma o evento teve a participação de 400 pessoas, com um nutrido grupo de políticos da província Kivu do Norte e representantes da sociedade civil. Após o encontro a RTNC difundiu o evento em quatro línguas locais.

Não faltaram iniciativas corajosas em outros pontos quentes do planeta. Na Nigéria, por exemplo, houve vários eventos: em Yola, onde os refugiados são numerosos, o bispo celebrou a Missa por Chiara, rezando pela paz; em Abuja e Lagos foram feitas jornadas para os jovens preparadas pelos jovens; em Onitsha um encontro com mais de 300 pessoas, adultos, jovens e crianças; em Jos, onde não foi possível realizar um grande evento por causa de uma explosão que acontecera poucos dias antes, um grupo do Movimento dos Focolares foi visitar o Instituto Penal de Menores.

O tema da paz esteve no centro do evento organizado em Bujumbura (Burundi), com mais de mil participantes. Muitos testemunhos evidenciaram a possibilidade de viver em harmonia e construir a paz, inclusive lá onde isso não é fácil. O bispo, D. Evariste Ngoyagoye, esteve presente durante a manhã.

Na América Central é candente o tema da política. Escreveram de Honduras: «Cansados de uma política corrupta e bombardeados por notícias violentas que geram desânimo na população, organizamos este evento para transmitir o valor típico do carisma da unidade, por meio de ideias e testemunhos». Em El Salvador, que aguarda pela beatificação de D. Romero, questionava-se como é possível viver pela unidade mesmo em meio à violência. Entre os testemunhos houve o de Francisco. Abordado por dois jovens armados, ele conseguiu abrir um diálogo com eles, falando de Deus. Os dois delinquentes, “desarmados”, baixaram as armas e foram embora.

No Paquistão, em Karachi, Lahore, Rawalpindi e Dalwal – no total, mais de mil pessoas – houve quatro celebrações que falaram de esperança, após os trágicos acontecimentos do dia 15 de março, em Yohannabad.

20150412-01Nas sedes institucionais – Em Seul (Coreia), numerosos deputados e pessoas que atuam na administração pública reuniram-se no Parlamento para um balanço do caminho rumo a uma política de fraternidade, iniciado dez anos atrás. Em Madri (Espanha), a sede do Parlamento Europeu recebeu um seminário sobre «Um mundo, muitos povos abraçando a diversidade». Em Estrasburgo (França), sede de instituições europeias, foram realizados três dias de eventos sobre o tema da fraternidade como categoria política. Em Roma, o congresso «Chiara Lubich: a unidade e a política», realizou-se na Sala do Palácio dos Grupos parlamentares, da Câmara dos Deputados.

Numerosos os políticos presentes na mesa-redonda organizada em Toronto (Canadá) que abordou a visão de Chiara sobre a política. Em Solingen (Alemanha), o tema central do encontro foi a cultura da fraternidade em três campos muito atuais: os refugiados, a paz, o diálogo com outras culturas. Mais de cem foram os participantes, de várias confissões e religiões e de diversas nacionalidades.

«O pensar e o agir político de Chiara Lubich» foi o tema dos trabalhos no evento dedicado a Chiara em Curitiba (Brasil), onde foi também lançado um selo comemorativo. O Parlamento da Província de Córdoba (Argentina), recordou Chiara aprovando o decreto de reconhecimento póstumo à sua obra.

Aprofundamentos sobre política aconteceram ainda em outras cidades da Itália, Hungria, República Tcheca, Portugal, Suécia, Estados Unidos, Honduras, México, Colômbia, Tanzânia, Quênia.

Em vários âmbitos – Mas para recordar Chiara Lubich, no dia 14 de março, não se falou somente de política. Arte e cultura foram o centro de eventos variados e originais. Em Durban (República Centro Africana) aconteceu a terceira edição do «Chiara Lubich Memorial Lecture», com a participação de Ela Gandhi, neta do Mahatma Gandhi. Em Maracaibo (Venezuela), a Universidade Católica Cecilio Acosta (UNICA), realizou um concurso para a IV Bienal de Arte Chiara Lubich. Dirigido a artistas profissionais, estudantes e amadores, deu a possibilidade para que as obras fossem expostas da Praça da República.

Em vários países, a preparação e realização dos eventos ligados ao dia 14 de março, foram uma ocasião para reunir-se. Um exemplo disso foram os dois encontros em Cuba: em Havana, com mais de 200 pessoas, e em Santiago de Cuba, com 150. As comunidades locais prepararam as jornadas para apresentar o Movimento dos Focolares e deram o seu depoimento sobre a incidência da espiritualidade da unidade em muitos âmbitos da vida pessoal e social. Em Cochabamba, na Bolívia, reuniram-se 120 pessoas. Na Cidade do México e no território de Nezahualcoyotl, Chiara foi recordada durante uma Mariápolis.

No Vietnam, seja em Ho Chi Min, no sul, como na pequena vila de Ngo Khe (Hanói), no norte, reuniram-se ao redor do altar para renovar «diante de Deus e de Chiara, o nosso compromisso de levar adiante, com fidelidade, o seu mandato», escreveram. Reuniram-se em Yangon, Mianmar, onde a maioria dos membros dos Focolares não conheceu Chiara pessoalmente, mas sente-se atraída pelo seu carisma. Também na Tailândia, seja em Bancoc que em Chiang Mai, a família dos Focolares reuniu-se. Na Eslováquia, em Kosice e Bratislava, reuniram-se 600 pessoas: «Os testemunhos de membros de Igrejas não católicas – eles contam – e de pessoas sem uma referência religiosa, nos mostraram como Chiara pertence a todos. O reitor da Universidade de Trnava, Prof. Peter Blaho, que em 2003 conferiu a Chiara o Doutorado Honoris Causa em teologia, compartilhou suas recordações do encontro com ela».

Em Fontem, nos Camarões, eram 500 pessoas, de todas as vilas que circundam a Mariápolis permanente, para recordar “Mafua Ndem”, Chiara Lubich. O tema escolhido para este momento foi «O impacto do Ideal da Unidade nos vários aspectos da vida social». Os estudantes do colégio de Fontem apresentaram suas experiências sobre o «dado da paz»: «Desde quando introduzimos o dado nas nossas classes – escreveram – diminuíram os furtos, a ausência, o rendimento escolar melhorou, todos cuidam do material dos outros, há mais tolerância e nos perdoamos mais facilmente. Cresceu a partilha entre todos os estudantes…».

Momentos de oração – Muitas personalidades civis e religiosas participaram das celebrações eucarísticas realizadas no mundo inteiro. Entre as tantas intervenções de bispos e cardeais, nas várias celebrações, trazemos a do cardeal Angelo Scola, de Milão, que disse, entre outras coisas: «O nosso desejo hoje é abraçar, com renovada consciência, o sonho que animou a vida e o pensamento de Chiara, construindo espaços de fraternidade em toda parte, onde nos encontramos, e privilegiando as necessidades do próximo que está ao nosso lado, e do que está longe, que vive em países onde há guerra e violência. Queremos, desse modo, ser testemunhas autênticas do carisma que Deus deu a Chiara, estando ao serviço da Igreja e da humanidade».

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