A décima edição do “Fórum Mundial da Paz”, e a segunda do “Fórum Mundial dos Jovens pela Paz” aconteceram simultaneamente, em Florianópolis, Santa Catarina, de 22 a 25 de setembro passado, com algumas programações comuns e momentos distintos. O Fórum teve a participação de 1500 jovens e adultos, provenientes de 60 países, de diferentes culturas e confissões religiosas. O tema, “Nós acreditamos”, foi assim articulado: “Nós acreditamos na mudança”, dia dedicado à ecologia; “Nós acreditamos nos direitos humanos”, dia dedicado à humanidade; “Nós acreditamos na paz”, dia dedicado à educação. No dia 21 de setembro, a cerimônia de abertura foi realizada na Praça da Catedral, e contou com um espetáculo apresentado por mais de 400 bailarinos. Entre as cinco bandeiras usadas na coreografia estava também a do Movimento dos Focolares. A cerimônia foi marcada por um profundo clima de oração pela paz. A mensagem do Papa Francisco conclamou todos a viverem a fraternidade universal como um compromisso concreto pela unidade. Dia 22 de setembro aconteceu uma marcha pela paz pelas principais ruas da cidade, envolvendo crianças, jovens e adultos. «Foi uma grande emoção – contou Carlos Palma, Presidente do Fórum Mundial dos Jovens pela Paz” – ver escrito na porta de um dos grandes auditórios, o nome de Chiara Lubich, acompanhado pelo título “Construtora de Paz” (concedido pela UNESCO, em 1996, pela sua contribuição na Educação à Paz).
O Fórum com os jovens foi uma tocante explosão de vida e testemunhos, de seus projetos e experiências pessoais vividas no empenho em favor da paz. No dia 23 de setembro, outros 500 jovens, do mundo inteiro, conectaram-se, via web, para a Conferência Mundial dos Jovens pela Paz, que faz parte do projeto Living Peace International, em colaboração com Peace Pals International (Nova Iorque), que acontece a cada dois meses. O Fórum Mundial da Paz terminou no dia 25 de setembro com um momento de oração inter-religiosa, com cerca de 30 representantes de várias religiões e tradições espirituais. Uma parte importante do programa foi dedicada à educação à paz, em cujo contexto foi apresentado Living Peace. A apresentação e a história desse projeto, como difundiu-se no mundo inteiro e a sua pedagogia, foi acompanhada por uma série de testemunhos de jovens do Brasil, Espanha, Paraguai, Estados Unidos e de outras partes do mundo.
Particularmente significativo foi o momento da entrega do Prêmio Luxemburgo pela Paz, a Omar Abou Baker, do Cairo, um jovem do Living Peace International . E assim o anúncio das próximas edições do Fórum Mundial da Paz: em Amã, (Jordânia), em setembro de 2017, junto com os adultos, e outro em Manila (Filipinas), organizado pelos jovens por ocasião do Genfest 2018. Numa cerimônia solene, como digna conclusão, foi assinado o Protocolo de Florianópolis. É intitulado “1% pela Paz”. Este documento propõe às organizações privadas e públicas, destinar 1% daquilo que se gasta com a segurança interna e externa, para financiar as ações e projetos que atuem na formação de uma cultura da paz. Eliana Quadro, uma jovem voluntária dos Focolares, de Florianópolis, recebeu uma medalha de prata: “Comandante do Fórum Mundial da Paz”, em reconhecimento pelo seu empenho na realização do evento. «O Fórum foi caracterizado pelos relacionamentos profundos que se estabeleceram – concluiu Carlos Palma -, pela grande alegria nos corações dos participantes e, principalmente, pela enorme gratidão a Deus e para com o carisma de Chiara Lubich, que nos impulsiona na direção da humanidade, fazendo-nos construtores de paz e de unidade».
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