Quem “forma os formadores”? Quem e como, em especial, acompanha a delicada missão de seminaristas e sacerdotes no percurso da sua formação pastoral? Como ajudar seminaristas, diáconos e sacerdotes a serem “ministros capazes de aquecer os corações das pessoas, caminhar com elas na escuridão, dialogar com suas ilusões e desilusões, recompor sua desintegração” (Discurso do Papa aos bispos do Brasil, 27 de julho de 2013)? Questões sensíveis para todas as comunidades cristãs que interrogaram já o Concílio Vaticano II, abrindo e exortando à criação de escolas que formassem à espiritualidade de comunhão. História. Em 1966 nasceu em Grotaferrata (Roma), a Escola sacerdotal do Movimento dos Focolares, transferida em seguida para Frascati, em 1974, e finalmente estabelecida na Mariápolis internacional de Loppiano (Florença), atualmente com o nome Centro de Espiritualidade Vinea Mea. A intenção é oferecer uma formação unificada para sacerdotes, diáconos e seminaristas, que coloque como ponto central a fraternidade vivida. Uma escola de vida, para homens do mundo inteiro, chamados a anunciar o Evangelho, para formar-se a uma vida de comunhão com os próprios bispos, com outros sacerdotes, com os leigos de suas paróquias, com homens e mulheres de todos os credos e culturas, segundo os votos de Chiara Lubich, fundadora dos Focolares, feitos aos participantes da escola em Grottaferrata, em 1966: «… Saber pospor tudo, desnudar-se de qualquer anseio de poder, para garantir a presença de Jesus entre vocês, vivendo com crianças o Reino de Deus. Desse modo [surgirá] uma pastoral “nova” e sacerdotes “novos”: sacerdotes-Cristo para a humanidade, dispostos a dar a vida por todos». Em sintonia com o que o Papa Francisco por diversas vezes reafirmou, nestes tempos, aos sacerdotes: sair em direção às “periferias existenciais”. De 1966 até hoje, sob a direção de muitos sacerdotes, a começar por Padre Silvano Cola, foram formados mais de 4 mil sacerdotes e seminaristas, entre 20 e 75 anos, de igrejas diferentes e de cerca de 60 países de todo o mundo. Uma experiência que, pelo acordo em viver cada dia o amor evangélico, deseja ser uma experiência que forma “sacerdotes de comunhão”, ao serviço dos outros.
Reaberto em outubro de 2013, após quase dois anos de reformas, o Centro de Espiritualidade tem o desafio de conjugar antigo e moderno, dimensão comunitária e tradição secular da Igreja, tanto nas modalidades de formação da comunidade, quanto na própria arquitetura. «“Vinea Mea” – explica Pe. Imre Kiss, atual responsável pelo Centro – oferece uma formação permanente à luz da espiritualidade de comunhão do Movimento dos Focolares. A escola, que dura um ano, prevê cursos de espiritualidade, teologia, antropologia, eclesiologia, além de laboratórios sobre temáticas de atualidade (jovens, família, comunicação, diálogo com culturas e religiões). Por meio da partilha de vida em pequenas comunidades, quer responder à exigência expressa por muitos sacerdotes, de experimentar na realidade concreta uma espiritualidade fundamentada na comunhão, para depois transmiti-la aos homens e mulheres do nosso tempo». O Centro atua em sinergia com estruturas semelhantes, em outras Mariápolis do Movimento dos Focolares, na Polônia, Alemanha, Quênia, Brasil, Filipinas, Argentina. Além disso, frequentemente promove cursos e workshops anuais, dirigidos a educadores dos seminários, para apoiar e difundir um estilo de vida sacerdotal enraizado na comunhão. Em novembro de 2016, o Centro Vinea Mea contribuiu na inauguração do Centro Evangelii Gaudium (CEG). Projetada e realizada em colaboração com o Instituto Universitário Sophia, trata-se de uma proposta que quer responder ao convite do Papa, para dar um novo impulso à obra de renovação necessária à nova etapa de evangelização da Igreja, chamada a sair rumo às periferias existenciais do nosso tempo. Uma das primeiras iniciativas do CEG é o curso de aprofundamento sobre a Exortação apostólica Evangelii Gaudium, organizado pelo Centro de Espiritualidade Vinea Mea. Fonte: Loppiano online
A força está na unidade
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