Belgrado (a “cidade branca”), na Sérvia central, é uma das cidades mais antigas da Europa, na confluência dos rios Sava e Danúbio. “Porta dos Balcãs” ou “Porta da Europa”, assim definida pela sua posição, no limite entre Oriente e Ocidente da Europa, renascida após um passado recente de guerras, é hoje uma capital de vanguarda, aonde circulam novas ideias, fermento e vitalidade nos campos da arte, da economia, da arquitetura. E do esporte. Por ocasião do vigésimo aniversário da sua fundação, o College of Sport and Health, instituto de formação, com 600 alunos, organizou, dias 12 e 13 de maio passado, uma conferência internacional com o título “Esporte, lazer e saúde”. Entre os hóspedes, a convite do prof. Alexander Ivanovski, estava também Sportmeet, expressão no mundo do esporte daquela renovação social e espiritual que teve origem na experiência dos Focolares: uma rede mundial de atletas, amadores e não, professores, instrutores, jornalistas, administradores e operadores do comércio no setor esportivo, que vivem o esporte como realidade positiva de confronto e intercâmbio, como ocasião para mover músculos e tendões, mas também ideias de fraternidade universal e inclusão. “O esporte move pessoas e move ideias”, era o título da palestra de Paolo Cipolli, presidente de Sportmeet, presente na conferência juntamente com uma delegação da Sérvia e da Croácia. O “fenômeno esporte” é uma das realidades mais complexas, interessantes e convincentes do nosso tempo. Oitocentos milhões de praticantes, cinco milhões de sociedades esportivas, 20 federações nacionais associadas ao Comitê Olímpico Internacional, 208 à FIFA.
Se se considera que “apenas” 192 nações aderem às Nações Unidas, entende-se a sua dimensão e a sua onipresença, como uma espécie de novo poder planetário ou, segundo alguns, de “nova religião”. Terra de inesgotáveis interesses econômicos, infelizmente inclusive criminosos, o esporte pode se tornar, em direção contrária, uma verdadeira “academia” de fraternidade, unidade e integração. Uma “linguagem de gestos” universal que abate barreiras, obstáculos, diversidades. Em Belgrado foi mostrada esta face limpa do esporte. Das numerosas palestras, sobre os vários aspectos ligados à função e ao potencial do esporte na promoção da saúde, com especialistas e docentes provenientes da Eslovênia, Croácia, Macedônia e Bulgária, emergiu uma consideração comum: a necessidade de definir novas políticas para uma plena valorização do esporte voltado a um correto estilo de vida e de todas as possíveis formas de integração, especialmente entre os jovens. A conferência foi ocasião para estabelecer novas relações e um memorando de acordo em vista de futuras colaborações, valorizando experiências significativas já atuantes, como o uso dos jogos em algumas casas de acolhida para adolescentes. Após Belgrado, Sportmeet mira à próxima etapa. Na Espanha, de 13 a 16 de julho, se falará de inclusão social, educação esportiva, integração de pessoas diversamente hábeis, e sobre o relacionamento entre as gerações. Quatro dias de confronto entre testemunhas e operadores do esporte, a partir do Simpósio internacional de Barcelona (no Palau Robert, dia 13 de julho), promovido em colaboração com outros parceiros locais, entre estes a Universidade Autônoma de Barcelona, para prosseguir, em seguida, com a Escola de Verão de Castel D’Aro, a cerca de 100 km da capital catalã, com uma rica programação de sensibilização ao esporte inclusivo e às boas práticas. Com o sonho de que “esporte” se torne de verdade, em todos os níveis, sinônimo de “encontro”.
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