Movimento dos Focolares

A caridade, o carisma dos carismas

Out 23, 2010

Dez anos depois do primeiro encontro histórico entre a família franciscana e os focolarinos, com a presença de Chiara Lubich, cresce de novo a comunhão entre carismas novos e antigos.

Tocou-me o clima de alegre acolhimento recíproco. Em comparação com o ano 2000, quando Chiara Lubich encontrou uma só família, a dos franciscanos, esta jornada representou um verdadeiro desenvolvimento do diálogo entre carismas antigos e novos. Isto, pelo envolvimento de muitas outras famílias religiosas, movimentos e novas comunidades, assim como pela presença notável de muitos superiores e responsáveis”. Estas foram as impressões “a quente” de um dos padres franciscanos presentes no convênio “Carismas e comunhão”, que teve lugar no passado dia 23 em Assis. Dez anos depois daquele encontro histórico, pode-se afirmar que as coisas foram para a frente, se se considera que estavam presentes não só os franciscanos de várias ordens e membros do movimento dos focolares, mas também numerosos representantes de padres claretino, padres brancos, salesianos, beneditinos, carismáticos, membros da comunidade de S. Egídio, neocatecumenais e dezenas de outras ordens e comunidades. O encontro abriu-se com a missa presidida pelo cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os leigos e concelebrada pelos bispos, Ministros gerais, Provinciais e numerosos sacerdotes. O bispo de Assis, monsenhor Domenico Sorrentino, no discurso de abertura, convidou todos a redescobrir “a caridade, o carisma dos carismas” com a consciência de que “os bens de uns, são os bens de todos”. “Uma exposição de frutos do Espírito”, foi como definiu este encontro a presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce. Na sua intervenção ilustrou as etapas deste caminho de comunhão, a partir da Pentecostes de 98, um momento fundamental para os novos movimentos. “Naquela ocasião – recorda Maria Voce – Chiara Lubich fez a seguinte promessa ao Papa:Queremos assegurar a sua Santidade, que, sendo o nosso carisma específico o da unidade, nos empenharemos com todas as nossas forças a contribuir para o realizar plenamente‘”. Dois anos depois daquela promessa, “Chiara realiza um passo ulterior – continua a presidente dos Focolares –: a comunhão com famílias religiosas nascidas de carismas menos recentes. E coloca a primeira pedra deste diálogo-comunhão entre famílias religiosas como expressão da Igreja carismática, precisamente aqui, sobre o túmulo de S. Francisco, no dia 26 de Outubro de 2000.” Por fim, afirmou que “o Espírito Santo orientou todos em direção a um caminho comunitário, que redescobre a Igreja como uma família de irmãos unidos por um único Pai”. Os testemunhos evidenciaram esta relação de comunhão e de respostas fortes e concretas a problemas, faltas de unidade e feridas de diverso tipo. Como o testemunho da irmã Viviana Ballarin, presidente nacional do USMI (União da Superioras Maiores) sobre a comunidade de religiosas de várias ordens em Cabul: “Pobres, sem nada, ao lado dos fracos. No entanto, ali eu vi a Igreja das origens, onde Jesus era verdadeiramente o centro de tudo”. O encontro alegre concluiu-se com a assinatura solene de um pacto de comunhão e de amor recíproco, da parte de dezenas e dezenas de representantes de carismas antigos e novos, e com a explosão de festa dos jovens, ao fim da tarde. Na praça de fronte à basílica, um recital de música narrou a história de Chiara Luce Badano, a jovem de dezoito anos de Sassello (Itália) recentemente proclamada beata e apontada pelo Papa como um modelo para os jovens. Também ela um fruto de um carisma, o de Chiara Lubich, vivido com a sua família e com a comunidade paroquial da sua terra.

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