«Queremos testemunhar uma experiência transformadora que vivemos, de 11 a 13 de dezembro de 2015, com alguns membros da comunidade hebraica Bet-El e os habitantes da Mariápolis permanente dos Focolares, rezando uns pelos outros», escrevem a rabina argentina Silvina Chemen e Carlos Becaría e Nanni Espinosa da Mariápolis Lia. Um Shabbath especial. «Começamos amassando juntos o pão para o ritual – conta Silvina. Depois participamos do momento em que se acendem as velas de Hanuka, e relembramos o histórico pacto celebrado por Chiara Lubich e os hebreus em Buenos Aires, em 1998. Cantando juntos, esperamos o pôr-do-sol para receber as estrelas que anunciavam a chegada do Shabbath e assim, abraçados, entramos no salão que se transformou numa sinagoga para a ocasião. Rezamos juntos as vésperas do Shabbath e no sábado partilhamos a oração da manhã e a leitura da Torah. Foi um momento sagrado.
Partilha e diálogo. «À tarde, foi igualmente importante para os hebreus – conta Carlos – o momento da participação à celebração da missa, que foi antecipada no horário para responder ao desejo deles de estarem presentes. Na oração dos fiéis, houve uma em especial, pedindo a paz e o diálogo entre nós (Comunidade Bet-El e Focolares) que comoveu a todos. Este sentimento de unidade prolongou-se durante toda a tarde num workshop sobre o diálogo, com a participação de todos os jovens cristãos que frequentam as escolas da Mariápolis. Partilhamos perguntas, dúvidas, espectativas sobre o diálogo e as nossas várias tradições, com liberdade e profundidade. Concluímos elaborando juntos enfeites para a árvore de Natal que continham escritos os nossos desejos». Despedida do Shabbath. «Encontramo-nos outra vez ao ar livre – diz Nanni – para acender as velas uns dos outros até formar um círculo de luz. O som do corno de Shofar, como explica a Bíblia, acompanhava o rito porque era um momento sagrado». Não rezamos somente, mas também partilhamos os talentos artísticos durante «uma tarde cheia de alegria e de harmonia, onde Chiara Lubich esteve novamente presente através de um quadro que Sofia, da comunidade Bet-El, ofereceu como um presente à Mariápolis Lia. Sofia também participou no encontro do ano passado e sentiu-se interpelada pela mensagem e pela figura de Chiara», acrescenta Carlos. Domingo visita à Mariápolis permanente. «Após aprofundar alguns momentos da história e da espiritualidade do Movimento – continua Nanni – visitamos os vários setores da cidadela e concluímos no Auditório Vittorio Sabbione. Uma profundidade nova na leitura do Primeiro Testamento e a presença de Deus entre nós. Agora, nós que ficamos na cidadela não somos mais os mesmos de três dias atrás, e aqueles que voltaram para Buenos Aires partiram com a alegria de ter encontrado outros irmãos. Confirmaram aquilo que vivemos as palavras de uma participante hebreia: “É a terceira vez que venho à Mariápolis Lia. Todas as vezes ia embora com vontade de voltar. Hoje, pelo contrário, sinto que faço parte desta experiência, a Mariápolis Lia faz parte de mim e eu faço parte dela”. Já está marcado um encontro no próximo ano!». Gustavo Clariá
Promover a paz por meio do esporte
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