Movimento dos Focolares

As crianças e o Evangelho

Dez 14, 2012

Um giro pelo mundo, com fatos do dia a dia contados pelos próprios protagonistas ou seus pais. No centro da África, na Itália, na Síria ou no Egito, a simplicidade dos gestos simples das crianças, onde o amor é sempre o vencedor.

Quando alguém zomba de nós – «Uma vez eu tirei zero em matemática e as minhas amigas zombaram de mim. O professor chamou a minha atenção e eu chorei. Outro dia as minhas amigas tiraram zero em geografia e eu tirei 10. Eu me aproximei delas e procurei consolá-las, começamos a brincar e assim elas ficaram mais felizes» (Rita – 9 anos – RCA).

Pedi e recebereis – «Um domingo, durante a Missa, o pároco pediu dinheiro para alguma coisa. Eu não tinha entendido muito bem e assim, quando voltamos para casa, perguntei à minha mãe. Ela explicou que ele estava pedindo a ajuda de todos para aumentar a igreja que era pequena demais para todos os fieis. Eu não tinha dinheiro mas queria ajudar. Então pedi para Jesus. Algum tempo depois recebi o meu boletim: tinha sido a primeira da turma! Meu pai ficou muito contente por eu ser uma ótima aluna e me deu 200 francos. Coloquei tudo num envelope para dar a minha contribuição para a igreja». (Raissa – 9 anos – RCA).

Se Deus é amor nós também devemos nos amar – «Na minha classe tem uma menina que nunca divide o que tem com os outros, mesmo quando poderia fazer isso. Um dia ela trouxe para a escola um livro rasgado e pediu aos colegas: “Alguém tem fita durex para consertar o meu livro?”. Os meus colegas responderam: “Nós temos, mas não vamos lhe dar porque você nunca nos dá nada!”. Mas eu disse: “Eu vou dar a minha fita assim mesmo, porque Deus é Amor, ele nos ama e nós também devemos amar uns aos outros”. E disse à minha colega: “Aqui está a fita… posso lhe ajudar a consertar o livro. E senti a alegria em meu coração». (Rainatou – 8 anos – RCA).

Você não deve ter medo – «Passamos dias difíceis, com as lutas nas ruas e a paz ameaçada. Algumas famílias se organizaram para difundir sinais de concórdia entre as pessoas, e as crianças também participam. Magda, de oito anos, começou a separar algumas coisas suas para doar aos refugiados. Uma amiga dela quis fazer a mesma coisa. Elas prepararam um grande pacote para ir distribuir, junto com os adultos. Quando chegou a hora da distribuição a situação na cidade se agravou. A família de Magda não fugiu só porque a menina queria ir até o fim com a sua iniciativa. Havia confrontos bem perto da casa deles e Magda disse à sua mãe: “Você não deve ter medo. Talvez Deus nos faça viver esses momentos para nos mostrar um milagre”».

Como os primeiros cristãos – «Estamos vivendo momentos perigosos, mas apesar disso algumas meninas que estavam preocupadas com as crianças da Síria quiseram fazer alguma coisa para ajudá-las. Tiveram a ideia de fazer biscoitos e bolos para vender. Quando o pároco soube disso, disse: “Vocês, que são as menores, são quase como os primeiros cristãos que ajudavam uns aos outros quando estavam em necessidade”. No dia da venda elas conquistaram os corações de todos: desde a senhora que preparou uma torta muito fina, com a bandeira da Síria, até um casal que mandou um envelope com mil euros, mesmo se não puderam comprar a torta, já que após a primeira missa tudo já tinha sido vendido. No Egito foram as crianças do Movimento dos Focolares as primeiras a se movimentarem para ajudar a Síria».

Vocês são minhas irmãs – «Na praia encontramos um senhor carregando muitas sacolas. Ele estava cansado. Nós o chamamos para sentar-se na nossa cadeira de praia. Ele estava com sede e pediu para tomar água natural. A mamãe só tinha água com gás, então eu pedi para a pessoa que estava no guarda-sol ao nosso lado. Aquele senhor nos agradeceu: “Obrigado por tudo… vocês são minhas irmãs!”. Eu olhei para a mamãe e disse: “Você lembra aquela canção? ‘quem passa ao nosso lado é Jesus…’, que um dia irá dizer: ‘obrigado porque você sorriu e cuidou de mim!’”. Então lembrei que Jesus estava no coração daquele senhor». (Benedita – Itália).

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