Movimento dos Focolares
Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Cento e vinte e cinco responsáveis de 46 Movimentos e Comunidades de diversas Igrejas de 13 países europeus – da Rússia a Portugal, da Dinamarca à Eslovênia: o encontro foi a ocasião para uma troca de experiências feitas em conjunto e para traçar perspectivas para o futuro.

Durante este ano dedicou-se especial atenção a um dos pontos programáticos da Mensagem final de Stuttgart 2007, pontos conhecidos como “Os sete sim” que, desde então, constituem as diretrizes para a ação do projeto Juntos pela Europa: “Sim à solidariedade com os pobres e os marginalizados próximos e distantes; eles são nossos irmãos e irmãs. Pedimos aos nossos governos e à União Européia de empenharem-se decididamente pelos pobres e pelo desenvolvimento dos países em via de desenvolvimento, especialmente por aqueles da África”.

Um tema de grande atualidade, também por causa dos recentes dramas acontecidos no Mediterrâneo, que demonstraram a solidariedade concreta de muitos cidadãos e impulsionaram as instituições nacionais e europeias a realizar iniciativas concretas em direção a um mundo mais fraterno.

As várias contribuições demonstraram o quanto as Comunidades e os Movimentos estão unidos no compromisso a favor e com os mais necessitados. Não se trata de atos de solidariedade, mas de amizade e de fraternidade. Jean Vanier, fundador da Comunidade A Arca, apresentando a sua experiência, iniciou com estas palavras: “O reino de Deus é como uma festa de casamento, mas todos os convidados estão muito ocupados – e o Rei que os convidou manda os seus servos em busca de todos aqueles que encontrarem pelas encruzilhadas dos caminhos e é isto que eu procurei fazer na minha vida!”. Jean Vanier dedica-se especialmente aos portadores de deficiência psíquica “o povo mais oprimido”. “Eles me transformaram, eu compreendi que o Reino de Deus é deles!”. Atualmente existem cento e quarenta comunidades, ecumênicas e religiosas, nas quais vivem juntos  “frágeis e fortes”.

Durante o encontro em Paris as orações dos católicos, dos evangélicos e dos russos ortodoxos com o seu característico coro, evidenciaram a variedade das expressões da fé.

Os Amigos de “Juntos pela Europa” revisaram o caminho percorrido por meio dos grandes eventos de Stuttgart 2004, 2007 e Bruxelas 2012. Eli Folonari, do Movimento dos Focolares, afirmou: “Relembrando as palavras de Chiara Lubich, ‘a partitura está escrita no céu’, compreendemos na escuta recíproca, que a experiência mais preciosa deste caminho feito juntos é a profunda comunhão que se criou entre Movimentos de Igrejas diferentes. E é exatamente esse testemunho comum de cristãos, que deu origem a iniciativas no campo político e social, do qual a Europa precisa hoje para que o mundo creia”.

Projetos para o futuro? “É previsto oferecer a própria contribuição para 2016 – acrescenta Eli Folonari – por meio de um congresso que se realizará, provavelmente, em uma cidade na Alemanha, para tornar visível o caminho de comunhão já percorrido até o momento”.

Em maio de 2014 o Comitê Internacional de Orientação se reunirá em Dillingen, na Alemanha, para receber o Prêmio Europeu S. Ulrich 2014, atribuído neste ano ao projeto “Juntos pela Europa”.

O fato de variar os lugares dos encontros dos “Amigos” de “Juntos pela Europa” constitui também uma ocasião para aprofundar o conhecimento recíproco: desta vez foi na capela da estação Montparnasse do metrô, confiada à Comunidade de Santo Egídio, para rezar juntos e conhecer o trabalho deles no centro de Paris; a Comunidade Emanuel, fundada pelo Abbè Pierre e a sede da Acer-Mjo (Ação Cristã dos estudantes Russos – Movimento Juventude Ortodoxa), acolhidos pelo jovem Presidente Cyrille Sollogoub.

Gabri Fallacara

Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Áustria: religiões pela paz

IX Assembleia geral de Religiões pela Paz (RFP, em inglês), Viena, de 20 a 22 de novembro. Cerca de 600 delegados, de todas as partes do mundo, representando culturas religiosas que de maneiras diferentes exprimem seu anseio pelo Absoluto: baha’i, budistas, cristãos, judeus, jainistas, hindus, religiões aborígenes e tradicionais, muçulmanos, sikhs, xintoístas e zoroastrianos. A Assembleia foi precedida por uma conferência promovida pelo King Abdullah Bin Abdulaziz International Centre for Interreligious and Intercultural Dialogue (KAICIID). Trata-se do Centro Internacional pelo Diálogo Inter-religioso e Intercultural, fundado por iniciativa da Arábia Saudita, Espanha e Áustria e que reconhece também a importante função da Santa Sé como órgão fundador, ainda que como observador. «Acolher o outro», o lema da IX Assembleia, coloca-se hoje como um desafio, num mundo onde, devido aos processos imigratórios e à globalização, nos devemos confrontar com diferentes povos, culturas, modos de crer, costumes sociais. A Assembleia propõe-se contestar a crescente tendência de considerar com hostilidade quem é diferente, por meio da tolerância e da acolhida ao outro, fazendo assim progredir a dignidade humana. Maria Voce, atual presidente do Movimento dos Focolares, a partir deste ano é copresidente do Conselho Mundial da RFP, juntamente com outros 49 representantes de diversas religiões e culturas, entre os quais o rev. Nichiko Niwano (budista, presidente da Rissho Kosei-kai, Japão), o rabi David Rosen (judeu, presidente do Comitê Judaico Internacional de Consultoria Inter-religiosa), a Sra. Cissé Hadja Mariama Sow (muçulmana, presidente das Mulheres Muçulmanas da Guiné), a Dra. Agnes R. Abuom (anglicana, Comitê Executivo do Conselho Mundial de Igrejas, Quênia). «Acolher o outrouma visão multirreligiosa de paz… é um assunto de extrema atualidade no mundo de hoje», disse Maria Voce em seu discurso, e salientou que «é preciso a conversão do coração… E aqui situa-se o papel crucial das religiões. Estas devem oferecer, do profundo de si mesmas, a força espiritual capaz de renovar as relações não apenas em nível individual, mas também entre pessoas diferentes por raça, nacionalidade, cultura». «Chiara Lubich, que hoje represento – continuou a presidente – e que muito apoiou Religiões pela Paz, despendeu toda a vida par construir a unidade da família humana. Ela apreendia essa inspiração da oração de Jesus: “Que todos sejam uma coisa só” (Jo 17,21). Com o ensinamento e o exemplo de Chiara, desde os primórdios do Movimento vemos em cada pessoa, no outro diferente de mim, um companheiro de viagem, um irmão, sem o qual não podemos apresentar-nos a Deus. Chiara convida-nos a “mirar sempre o olhar no único Pai de muitos filhos. Depois, olhar a todas as criaturas, como filhas do único Pai. (…) Tender constantemente (…) à fraternidade universal em um único Pai: Deus”». E antes de apresentar dois eficazes depoimentos, que confirmam a convicção de Chiara Lubich, Maria Voce conclui: «O amor ao próximo finca as suas raízes não em uma filantropia qualquer, mas no fato que somos todos filhos de um único Pai. E, se somos filhos do mesmo Pai, somos irmãos entre nós». «Chiara Lubich e as religiões», será o tema do congresso previsto para março de 2014, na Universidade Urbaniana de Roma, por ocasião do 6º aniversário de sua partida para o Céu. Religiões pela Paz, nascida como Conferência Mundial das Religiões pela Paz, atua desde 1970, para favorecer processos de paz e encontrar respostas às questões candentes da humanidade.


Imprensa:  “Acolher o outro” para construir a paz


Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Sistema prisional na Itália, desenvolver a relação

«Posso contar um pequeno episódio, entre muitos. Os rapazes estão no corredor sem fazer nada. Um dos nossos vê um novo que chegou. Tem o olhar assustado e está petrificado. O nosso aproxima-se e pergunta: “O que aconteceu?” O outro fica mudo e ele entende muito bem: foi o mesmo que lhe aconteceu. Diz-lhe: “Vem à minha cela que eu te dou um bom café!”. Enquanto prepara-o, continua: “Olha! Nós, aqui, estamos muito bem. Hoje tem sol e já encontraste um amigo. O que é que queres mais da vida?” No dia das visitas, casualmente, os dois estão na mesma sala. O filho e a mulher daquele novo levantam-se e vão agradecer pelo bem que fez ao familiar deles».

É o relato de P.B. que trabalha como voluntário na prisão de Pádua e testemunha a dignidade evidenciada em várias histórias, que nascem de pequenos gestos quotidianos. Foi apresentado no âmbito do primeiro workshop para os operadores do sistema carcerário na Itália organizado pelo Movimento Humanidade Nova (Focolares) juntamente com a rede internacional Comunhão e Direito (CeD). O encontro realizou-se nos dias 9 e 10 de novembro, em Castelgandolfo (Roma).

Participaram cinquenta pessoas, entre voluntários, professores, um assistente social, uma excarceraria, um magistrado das execuções criminais e um ex-presidente de Tribunal, aposentado. Também esteve presente um sacerdote anglicano com a esposa, que, juntamente com os outros, quis aprofundar o tema. Foram protagonistas deste primeiro seminário: um workshop tão atual como nunca diante da situação existente na Itália, que o Presidente da República Giorgio Napolitano recentemente denunciou.

Alguns dados apresentados: 45.647 vagas nos cárceres para uma população de 65.831 detentos, mais de 20.000 pessoas em excesso, que se encontram a pagar a própria pena em situações humanamente insuportáveis devido à falta de espaços e das mais elementares condições de higiene, para não falar nas violências e dos abusos existentes neste ambiente. De que modo responder a esta questão?

«Diante destas situações procuramos penetrar no sofrimento e, muitas vezes, na impotência humana» conta Francesco Giubilato, assistente social – «Assim, apontamos para o essencial: a pessoa e a relação. A pessoa com os seus sofrimentos, as suas necessidades e expectativas dos detentos, da guarda prisional, dos operadores do sistema, até às suas famílias e a comunidade. A relação, aquela verdadeira, aquela que diminui a solidão e as mágoas e, às vezes, até cura. Uma relação atenta às necessidades e criativa nas soluções, respeitando as normas».

O programa do workshop colocou em relevo várias iniciativas existentes na Itália para responder à problemática. Como G. D. que viveu um ano de serviço civil com a Associação “La fraternità”  dentro do Cárcere de Montorso, em Verona, e que agora continua a dar a própria disponibilidade dentro da Associação no Centro de Apoio para as famílias dos presos e para as necessidades dos ex-presidiários. Ou como Alfonso Di Nicola, que trabalha nas penitenciárias romanas. Estas experiências evidenciaram a criticidade da situação, ligadas também à dificuldade de relação entre os sujeitos envolvidos, e ao mesmo tempo demonstrou que a interação, se é vivida na dimensão da fraternidade, pode mudar radicalmente as pessoas e o ambiente.

Gianni Caso, Presidente Adjunto Honorário emérito da Corte de Cassação, abriu um outro horizonte, focalizando a questão da informação. A informação verdadeira, honesta, que desenvolve a consciência dos cidadãos, até ao ponto de promover ou modificar a lei e a sua aplicação numa dimensão de justiça, igualdade e respeito da dignidade humana.

Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Rod Gorton: amar-nos uns aos outros, o ápice da caridade

Rod Gorton, focolarino casado, deixou-nos dia 14 de novembro passado, vítima de um acidente, quando estava fazendo um ato de amor. Nasceu em Boston (USA), em 1933, conheceu o Ideal da unidade na década de 1960. A sua infância foi marcada pela separação dos pais: “Aos seis anos eu estava sem um pai e, por causa do ambiente familiar, sem Deus”. Neste período o que o ajudava era a paixão pela música. Aos 20 anos entrou na Academia Naval para tornar-se oficial da Marinha dos Estados Unidos. O regulamento previa a obrigação de frequentar as celebrações dominicais de uma igreja, à escolha, e foi assim que, pela primeira vez, Rod escutou falar de Deus. Brotaram nele os primeiros questionamentos, e se perguntava: “São todos loucos? Ou o louco sou eu?”. Depois de uma busca cheia de dúvidas apercebeu-se que algo nele havia mudado: “Eu acreditava!”. Mas logo descobriu as contradições daquela nova vida, porque não encontrava pessoas que levassem o Evangelho a sério. Tornou-se oficial da marinha e começou a viajar pelo mundo. Atraído pelos missionários que encontrava nos diversos países, depois de quatro anos entrou no seminário para tornar-se sacerdote e missionário. Mas a sua busca continuava.

Rod com Chiara Lubich durante a sua visita a Loppiano em 1971

Lendo, por acaso, a revista Living City (edição americana de Cidade Nova, ndt.) encontrou um artigo de Chiara Lubich: “Se queres conquistar uma cidade ao amor de Cristo… toma alguns amigos que tenham os teus mesmos sentimentos, une-te a eles em nome de Cristo… prometei um ao outro amor perpétuo e constante…”. Era o que ele havia procurado toda a sua vida. Na revista havia também um convite para uma Mariápolis e lá foi fortemente tocado pela realidade de família que encontrou entre todos: “Brancos, negros e amarelos, jovens e anciãos, ricos, pobres… o Evangelho era a base de tudo, para todos”. Em novembro de 1966 foi para a Mariápolis de Loppiano onde, por seis anos, fez parte do grupo musical Gen Rosso. Tocava muito bem violão, trumpete e gaita. Aludindo às promessas evangélicas escreveu: “Eu encontrei o cêntuplo em pais, irmãos, casas, e a mais eu conheci o meu Deus: Jesus em seu abandono. Ele [que transformou o sofrimento em amor] iluminou cada porquê da minha vida e nele encontrei a ‘chave’ para formar uma família”. Com simplicidade e argúcia Rod estava sempre em doação, muito atento às necessidades dos outros, características que manteve a vida inteira.

A família Gorton

Um dia conheceu Mazia, da Áustria. “Nós nos entendemos com poucas palavras; tínhamos, todos dois, a mesma chama no coração: formar um família para Deus”. E escreveu a Chiara Lubich: “Porque eu disse primeiro um sim a Deus, posso dizer sim a Mazia”. Rod e Mazia casaram-se em janeiro de 1972 no Centro do Movimento, em Rocca di Papa, durante um encontro para focolarinos casados. Entre as testemunhas do casamento estavam Igino Giordani, Spartaco Lucarini e Chiara Lubich, que sugeriu para a nova família uma Palavra de Vida: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13,34). Tiveram seis filhos: Cielo, Clarence, Sara, Peter, Giovanna e Pina. Sempre disponíveis e generosos doavam-se inteiramente nas muitas atividades da Mariápolis de Loppiano, onde residiam, especialmente no acompanhamento das centenas de famílias que passam por lá. O amor e o testemunho deles foi marcante para muitas pessoas. “Agora pensamos que Rod está na alegria que não termina – escreveu Maria Voce –, certos de que do Céu continuará a acompanhar Mazia e os seus filhos que tanto amou”. Como pensamos que acompanhará todos nós que estamos a caminho, trabalhando, como ele fez, pela fraternidade universal.

Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Peru: uma escola nos Andes

“Partida de Lima levando comigo um bilhete no qual um amigo traçara as etapas principais do percurso: Trujillo, Cajamarca, Celendin e, finalmente, Bolívar. Um total de 31 horas de viagem, com as últimas 12 em estradas de terra. O pequeno ônibus, superlotado com pessoas amontoadas entre sacos de arroz e outras mercadorias, chega ao destino às 22h30. Enquanto desembarcávamos um grupo de pessoas cantava, pareciam formar uma comissão de acolhida e, com grande surpresa, entendi que estavam ali me esperando! As últimas horas da viagem eu as transcorrera na escuridão, sem me dar conta de onde estava. Na manhã seguinte, quando me acordei, eu contemplei um panorama maravilhoso e disse a mim mesmo: eu cheguei ao paraíso!”

Esta narrativa é de Walter Cerchiaro, italiano que mora em Lima há seis anos. Depois daquela primeira viagem ele voltou outras vezes a Bolívar para encontrar a comunidade do Movimento dos Focolares. Atualmente alguns trechos das estradas foram reformados e a viagem dura somente 25h.

Naquela pequena cidade, a 3.200m de altitude, está iniciando um novo projeto da AMU (Ação por um Mundo Unido). Os habitantes de Bolívar são cerca dois mil e quinhentos e outros dois mil e quinhentos encontram-se espalhados, formando trinta comunidades que ocupam um território muito vasto. Pe. Emetério, o pároco do local e idealizador do projeto, vai visitá-las uma ou duas vezes por ano. Às vezes emprega até dois dias cavalgando uma mula que, naquela região, equivale ao automóvel: em Bolívar contam-se os automóveis nos dedos de uma mão.

“Algumas pessoas vivem da agricultura – continua Walter – e cultivam batatas, feno para os animais e possuem algumas vacas leiteiras. Outros trabalham em órgãos públicos (na escola e na prefeitura), mas a maioria dos adultos parte em busca de trabalho no litoral do país, os homens como lavradores e as mulheres como domésticas ou outros serviços nas casas das famílias. A consequência desta situação é que em Bolívar moram somente crianças e idosos”.

“Pe. Emetério conhece todas as pessoas e deu-se conta que muitas crianças não frequentavam a escola pública por um motivo evidente, os pais moram em chácaras e para produzir algo necessitam do esforço do menor trabalhador . Há dois anos o pároco iniciou uma escola nas dependências da paróquia. Ele fez um trabalho capilar, visitando família por família, e garantiu que cada criança receberia também uma refeição. Em seguida alugou uma casa porque o espaço tornou-se insuficiente; em pouco tempo eram oitenta crianças que frequentavam a escola! Algumas delas caminham todos os dias mais de duas horas para chegar là.

No Peru o governo garante o pagamento dos salários aos professores até nas escolas particulares, se estas oferecem as devidas garantias; a escola já recebe estes subsídios. Mas é necessário estabilizar e garantir o desenvolvimento das atividades escolares e o fato de ocupar um imóvel alugado não facilita. Depois de três meses de atividade, por exemplo, tiveram que desocupar a casa porque o proprietário precisou dela. O projeto tem o objetivo de garantir a continuidade e por isso será construída uma nova escola, com onze salas e um escritório para a secretaria. Cerca de duzentos e cinquenta alunos terão acesso, crianças e adolescentes, e os cursos compreenderão o ensino fundamental e médio. O terreno para a construção já está preparado e pertence à paróquia, é grande e muito apropriado para a construção de uma escola”.

“Não existe competição com a escola pública porque é evidente que não se consegue atender à grande necessidade existente. Eles não têm um pessoal qualificado que possa visitar as famílias, uma por uma, como fez o Pe. Emetério”.

E depois – conclui Walter – já se entrevê outro objetivo. Existe uma grande faixa territorial, bem mais distante, e as crianças que lá residem não podem vir à escola, devido à grande distância. É necessário um alojamento para estas crianças, uma ‘casa-família’ que os receba, e para isso é necessário também funcionários especializados. Um sonho? Talvez! Ou, simplesmente, será a segunda fase do projeto! O tempo dirá!”.

Fonte: AMU Notícias n. 4/2013

Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Emergência Filipinas/2

Não se sabe ainda o número das vítimas, dos desalojados e dos feridos que a tempestade Hayan deixou para trás em muitas localidades das Filipinas. «Em Manila tivemos um vento tão forte que levantou o telhado das habitações. Muitas pessoas ficaram com as casas destruídas, mas nada se compara ao que aconteceu em Tacloban e Cebu. Estamos procurando ajudar concretamente», escreve Tita, a responsável pelo Projeto Bukas Palad da Ação Famílias Novas, que começou nos bairros Tramo e Tambo, na capital. O Projeto nasceu em 1987 graças a um grupo de médicos, dentistas e enfermeiros dos Focolares, ajudados por pessoas do local. Atualmente existem 12 programas diferentes de desenvolvimento para a infância (instrução materna e elementar, alimentação, promoção da saúde, atividades recreativas). Além disso, o Projeto oferece ajuda às famílias, acompanhamento psicológico, microcrédito para a melhoria habitacional, e ainda administra um centro social com ambulatórios e laboratórios de vários tipos.

«Vamos distribuir alimentos, roupas, produtos de primeiros socorros nas cidades de Sigma e Aklan», escreve Ding, focolarina de Cebu. «Achamos importante começar imediatamente a reconstrução das casas, que foram completamente destruídas nestas duas cidades». Esta ação será realizada graças à colaboração de Azione per Famiglie Nuove e Azione per un Mondo Unito.

«Queremos informar os colaboradores do Projeto Adoções à distância das crianças de Tambo, Tramo, Sulyap e La Union», continua Tita, «que felizmente as localidades de Metro Manila e Luzon foram poupados pelo tufão. As nossas comunidades locais estão ajudando as vítimas por meio de várias iniciativas: um sinal concreto de amor e solidariedade entre todos».

«Ainda nos estávamos recuperando do terremoto e chegou este terrível tufão!», escreve Gina, do projeto de solidariedade de Mabolo, em Cebu. «O tufão atingiu de modo particular a ilha de Leyte e Samar, produzindo uma verdadeira devastação. Os mortos são incontáveis… e falta tudo, tudo!! Estamos rezando para que as ajudas cheguem e possam ser distribuídas, porque as estradas estão intransitáveis. Em Tacloban, a capital da ilha de Leyte, existem muitos membros dos Focolares. Agradeçamos a Deus. Pouco a pouco, estamos descobrindo que estão vivos!».

«De algumas pessoas ainda não tivemos notícias, mas as buscas continuam», conta Alessandra, também ela focolarina de Cebu. «Não é fácil, porque as comunicações estão interrompidas, não há meios de transporte, nem segurança. As pessoas estão desesperadas e muitos assaltam as lojas em busca de alimentos e bens necessários. A minha experiência mais forte é a de partilhar de perto o sofrimento de muitas pessoas, a incerteza dolorosa de não ter notícias dos próprios familiares, a perda de tudo. Neste panorama, emerge de maneira muito forte o amor que nos une, a ajuda concreta que podemos dar uns aos outros».

Em Tagaytay, Salib é a responsável pelo projeto que oferece alimentação, prevenção e cuidados médicos, uma escola materna e um centro social. Ela conta: «Graças a todas as orações, começando pela do Santo Padre, estamos sãos e salvos. Muitas pessoas perderam tudo, e falta água e alimentação».

«Em Davao, no sul das Filipinas, estamos todos bem», assegura Mercy, que coordena o projeto do bairro de San Isidor. «Soubemos esta manhã que alguns amigos nossos estão salvos, mas ainda não temos notícias de todos…».

Para quem deseja enviar ajuda:

Associação Ação por um Mundo Unido – Onlus

Banca Popolare Etica, filial de Roma.

Código IBAN: IT16G0501803200000000120434

Código SWIFT/BIC CCRTIT2184D

Causale: emergência tufão Haiyan Filipinas

Ação por FAMIGLIE NUOVE Onlus

c/c bancario n° 1000/1060

BANCA PROSSIMA

Cod. IBAN: IT 55 K 03359 01600 100000001060

Cod. Bic – Swift: BCITITMX

Movimento dos Focolares – CEBU

Causale: emergência tufão Haiyan Filipinas

METROPOLITAN BANK & TRUST COMPANY

Cebu – Guadalupe Branch

6000 Cebu City – Cebu, Philippines

Tel: 0063-32-2533728

Banco Account name:  WORK OF MARY/FOCOLARE MOVEMENT FOR WOMEN

Euro Bank Account no.:  398-2-39860031-7

SWIFT Code:  MBTCPHMM

Causale: emergência tufão Haiyan Filipinas

Email: focolaremovementcebf@gmail.com

Tel. 0063 (032) 345 1563 – 2537883 – 2536407

Per info: czfcebu@gmail.com

Tel. 0063 (032) 345 1563 – 2537883 – 2536407