5 Jul 2018 | Focolare Worldwide
O Papa Francisco irá a Bari (Itália) no sábado, dia 7 de julho, para o encontro ecumênico de reflexão e oração com os Patriarcas e líderes das Igrejas do Oriente Médio. O encontro foi apresentado, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, e o cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. “A ideia de um encontro como o que acontecerá em Bari vem de longe e reflete muitas vozes – comentou o cardeal Sandri -, várias Igrejas ou Patriarcas a apresentaram diretamente ao Santo Padre. Em Bari irão rezar, com o Papa Francisco, Bartolomeu I, Patriarca ecumênico de Constantinopla e Tawadros II, Patriarca de Alexandria”. O evento, que possui um grande valor ecumênico e não possui precedentes na história do ecumenismo, será composto por dois momentos: a oração na orla marítima, juntamente com os fieis, e o momento de reflexão e escuta recíproca entre o Santo Padre e os líderes das Igrejas e Comunidades eclesiais do Oriente Médio, quando cada um levará o próprio ponto de vista, observações e propostas. A cidade de Bari é definida “janela do Oriente” por guardar o antigo túmulo de São Nicolau, cuja veneração reúne católicos e ortodoxos.
3 Jul 2018 | Focolare Worldwide
Contar algo sobre a Espiga Dourada significa narrar a história de um grande desejo de se comprometer com os mais pobres, convertido numa maravilhosa loucura empresarial. Um projeto que, no tempo, gerou tanto e alcançou números consideráveis, desafiando obstáculos e ameaças de um lugar hostil, como normalmente são as periferias metropolitanas do Brasil, conseguindo até mesmo frear a violência com a abertura acolhedora ao outro e um profundo sentido de serviço. A ideia torna-se quase como uma precursora do projeto EdC que Chiara Lubich lança justamente em São Paulo em 1991, pois as primeiras tentativas de vendas da padaria na estrada, remontam a 1988, e desde o início encarnam visão, valores e coragem desta nova abordagem revolucionária na prática da economia. “Era um período de forte crise – conta Adriana Valle, italiana no Brasil há 38 anos e responsável pela atividade -, recursos econômicos limitados, taxas enormes de inflação e desemprego. Neste cenário um grupo de moças, unindo suas competências, começa uma pequena produção de produtos feitos no forno, com uma cesta na mão nas calçadas fora da Mariápolis Ginetta , na cidade de Vargem Grande Paulista”. Após umas duas vendas improvisadas, a produção se interrompe, mas surpreendentemente vários carros que passam continuam a parar e perguntar pelas “moças do pão e do sorriso!” Decide-, assim, dar continuidade à atividade, acolhendo e oferecendo trabalho a mães de família e jovens, dando-lhes a possibilidade de abrir-se, formar-se e sustentar-se. Não existem ainda claras ideias empresariais, no entanto, os clientes aumentam, a cordialidade por trás do balcão encanta!
Em 1994 a atividade passa da estrada para uma pequena loja, enquanto se constrói o Polo Industrial EdC nas proximidades da Mariápolis. Cria-se ainda um segundo ponto de venda em frente ao primeiro, mas do outro lado da estrada, perto de uma favela: o objetivo é dar a possibilidade às pessoas que moram lá de comprar o pão sem o perigo de serem atropeladas pelos carros que passam em alta velocidade na rodovia. As duas atividades vão para frente com o nome, dado por Chiara Lubich, de Espiga Dourada I e II, do grão maduro que irradia a luz do sol, com a ideia que, quem passar por ali encontre luz, olhar fraterno, sentido de unidade, palavras de vida… um ambiente laico no qual todos se sintam amados, acolhidos, aliviados. A atividade prossegue com quem, a priori, destrói a ideia de empresa, baseando-se somente nos números limitados do início, (“com meio saco de farinha, não se vai a lugar nenhum”, diziam…), e com quem, ao invés, acredita e começa a fazer parte do desenvolvimento do projeto: dois empresários que, surpresos pelo grande trabalho levado adiante, ainda que no espaço limitado das estruturas, contribuem financeiramente. Dessa forma dão a possibilidade de evitar demissões e ainda fazer reformas, oferecendo um lugar mais digno para o cliente e ampliando a oferta proposta com outros produtos de qualidade.
Numerosas ainda são as histórias vividas entre aqueles balcões: desde aqueles que voltam de longe, toda semana, só por aquela energia positiva que encontram atrás do café, até aqueles que num sorriso reencontram a vontade de recomeçar. Mas também não faltam dificuldades. Naqueles ambientes de periferia são frequentes os assaltos. No último, diante do revólver apontado e com a intenção de pegar o dinheiro do caixa, a própria Adriana teve a força e a coragem de conversar com os ladrões, mostrando sua sincera preocupação pelo destino deles quando saíssem daquele local: um gesto de tanto respeito e empatia que os fez tirarem a máscaras e se desarmarem. Não houve mais assaltos à Espiga Dourada depois daquele episódio. Hoje as lojas tem um quadro de 20 trabalhadores fixos e 15 jovens que se alternam, amassam 10 sacos de farinha por dia, servindo entre 1200-1500 clientes. Nos fins de semana oferecem, a quem tem maior poder aquisitivo, uma variedade de pães especiais, linhas de pratos semiprontos, confeitaria para festas, sorvete artesanal, garantindo preços acessíveis do pão comum para os clientes quotidianos mais pobres. Além de gerar emprego e desencadear amor autêntico, a missão generativa da Espiga Dourada também está em criar contatos de proximidade entre diferentes categorias sociais, onde o pobre se sente parte da família e o rico volta, contribui e agradece pela possibilidade não de doar, mas de receber! Fonte: EdC online
2 Jul 2018 | Focolare Worldwide
Insistir sobre o diálogo não é ceder ao relativismo de fato, pelo qual são suficientes as boas maneiras sem considerar os valores fundamentais do agir político? «O MPPU não é um partido político, mas um espaço de diálogo, no Parlamento e nas cidades, entre todos as tendências. Propõe uma reflexão sobre a alma da representação, para sair da crise por meio de formas de democracia participativa e deliberativa. O instrumento é o “pacto eleitos-eleitores”. Não se trata de boas maneiras. Um método experimentado, o da fraternidade, que torna-nos livres e iguais nas nossas diversidades. É possível redescobrir a alma da política, para além do pragmatismo sem ideais, para servir o bem comum com “o amor dos amores”, como nos ensinou a fundadora dos Focolares, Chiara Lubich. Queremos dar início a um ciclo de diálogos sobre temáticas elevadas e concretas, mediante argumentações e não certamente com as tendências atuais, já insuportáveis, ao insulto e ao embate frontal». Atualmente, e não somente na Itália, aonde a democracia se arrisca a perder a alma? «A democracia representativa está em crise por causa do predomínio da finança globalizada sobre a economia real e sobre a própria política. Partidos frágeis são facilmente condicionáveis pelo lobby. O fim das ideologias coincide muitas vezes com a pobreza dos ideais. É necessária uma robusta injeção de participação popular, em grau de comprometer os cidadãos e os partidos sobre os temas do trabalho, da justiça social, da paz e do desarmamento, da luta ao jogo de azar, do contraste às máfias e à corrupção, da valorização dos bens comuns e dos grandes recursos culturais e ambientais do país. O pacto eleitos-eleitores, que nós experimentamos com vários parlamentares e prefeitos, pode aproximar os cidadãos às instituições e dar uma alma à democracia representativa, enriquecida com a participativa e deliberativa. O MPPU está atento à realidade, não desertando de temas até conflituosos. Quais são as urgências que vocês desejam enfrentar hoje? «O Movimento político pela Unidade é um espaço fraterno de encontro entre pessoas, antes de tudo, comprometidas em quase todos os partidos. E isso não é um problema, mas uma riqueza única. Na legislatura passada demos prioridade aos direitos sociais e civis. Agora consideramos urgente enfrentar o tema do trabalho para os jovens, da luta à pobreza, à economia desarmada com a reconversão à civil (de fábricas que produzem armas) num país, a Itália, que na sua Constituição “repudia a guerra”; a integração, a acolhida aos imigrantes regulares e seus filhos, sem esquecer a importância da segurança e da legalidade». Há propostas concretas que vocês pensam em lançar? «O MPPU deve facilitar, ao lado do trabalho na plenária e nas comissões, as propostas concretas dos laboratórios parlamentares de encontro de culturas políticas diferentes, com estudiosos e representantes da sociedade civil competentes. Podemos animar um ciclo de diálogos na legislatura num plano ideal e concreto ao mesmo tempo». Fonte: MPPU online
2 Jul 2018 | Focolare Worldwide
Começamos a contagem regressiva para o Genfest – (evento dos jovens do Movimento dos Focolares – julho 2018). Junto com os jovens que participarão do Genfest em Manila e aqueles que seguirão o evento em todo o mundo, queremos ser uma “Wave of Love – onda de amor” que ultrapassa as barreiras dos nossos relacionamentos, das incompreensões, dos grandes desafios da humanidade. Para vocês uma pequena prova do que o Gen Verde cantará no Genfest e….. até logo! https://www.youtube.com/watch?v=Mh75HR_YI1g&list=UUuSTi05GBlACXtCu4zEY7FQ
1 Jul 2018 | Focolare Worldwide
«Olhares de luz. Fazem sempre bem, especialmente num mundo onde existem poucos». São as primeiras expressões que recolho de Anna, que se declara não crente, na saída da sala que este ano sediou a primeira Mariápolis do Piemonte. Olhares de luz era o título do evento de três dias vividos por mais de 200 pessoas de todas as idades e categorias sociais, provenientes de diferentes cidades desta região. Luz que brotou de momentos de espiritualidade e de partilha, que iluminou temas quentes de atualidade, como Europa, imigração, Oriente Médio, final da vida e terapias paliativas, alternados com programas de relax, excursões. Para regenerar alma e corpo. Não só. Sobre um fundo, um tanto quanto escuro, dos desafios da vida pública e das incertezas econômicas e políticas, num clima que mostra a fraternidade como um luxo para poucos, um olhar de luz iluminou também a vida de Bra, cidade com uma história antiquíssima, mas projetada no futuro. Aqui a fraternidade, elevada a categoria política, está inscrita há anos no Estatuto da cidade. E não permaneceu letra morta. Dois adolescentes, com o apoio de um power point, a mostram em ação, com um slogan, “vAMOs colorir” a cidade. Muitas as iniciativas, como pintar as paredes da escola ou as muretas danificadas da cidade, a coleta das “bitucas” do chão, a limpeza das ervas daninhas, a visita aos idosos nos asilos. Para deixar por toda a parte uma marca de amor e contagiar os outros com a felicidade que se experimenta quando se põe em ação a revolução do Evangelho. A mesma compreendida por uma cidadã honorária de Bra, Chiara Lubich.
«As iniciativas destes adolescentes – salientou Bruna Sibille, prefeita de Bra – contaminaram os que têm alguns anos a mais, outras comunidades, como a albanesa, trabalhadores do setor da construção civil, grupos de ortodoxos, juntos ao pope deles, um grupo de romenos e outras realidades dos bairros. No próximo mês de setembro – anunciou – antes do início das aulas, nos reencontraremos para continuar a trabalhar juntos». Um dos pontos programáticos na base do seu mandato, que está para se concluir, foi “o aumento da coesão social passando da ideia de cidade para a ideia de comunidade inclusiva”. «Os adolescentes foram um aglutinante muito importante nesta direção. Assim – acrescentou – se colocam as bases para dar um sinal importante sobre como administrar uma cidade e formar as futuras gerações de administradores, num momento em que existem muitos exemplos negativos. Se se cuida da própria cidade e do bem comum – concluiu – se tem uma cidade mais segura e se superam muitos males, que nem sempre são reais, mas virtuais, e ainda mais difíceis de vencer».
Carla Cotignoli
28 Jun 2018 | Focolare Worldwide
Nas periferias de grandes megalópoles ou em pequenas aldeias rurais, em bairros marginalizados e periféricos, dentro de orfanatos ou prisões, ou então ao longo de uma praia turística a ser limpada, sempre em contato direto com a população local. Quatrocentos jovens estão se preparando assim, em vinte diferentes localidades do sudeste asiático, para o Genfest 2018, que abrirá os batentes no próximo dia 6 de julho no “World Trade Center” de Manila, com workshops distribuídos em diversas universidades da grande cidade filipina. Uma semana de empenho social e de intercâmbios no rastro da interculturalidade, que antecipa o espírito de uma manifestação da qual participarão seis mil jovens de várias partes do mundo. Uma grande oportunidade para experimentar concretamente o abatimento das fronteiras, antes de tudo as culturais, e para interagir com pessoas de culturas e religiões diferentes. Tudo isto é o “pré-Genfest”. «O seu objetivo – explica Romè Vital, um dos coordenadores deste empreendimento – é o de oferecer a estes jovens, que estão para participar do Genfest de Manila, a oportunidade de fazer uma experiência concreta “em miniatura” de fraternidade universal. E é também o de abri-los para as realidades sociais distantes muitos quilômetros do seu país de origem. Quisemos oferecer a eles a possibilidade de saber mais sobre as diversidades culturais presentes na Ásia». Um grupo de jovens está fazendo experiência da vida frenética dos bairros periféricos de megalópoles como Hong Kong e Seul; outros estão visitando áreas rurais em Masbate ou em Pangasinan, nas Filipinas; outros ainda estão fazendo uma experiência de diálogo inter-religioso, como em Chiang Mai (na Tailândia), em Medan (Indonésia) e em Yangon (no Myanmar). Em Coimbatore, na Índia, esta experiência intercultural e inter-religiosa é guiada pelo lema de Gandhi “seja a mudança que você quer ver”, enquanto que em Taipei (Taiwan) os jovens estão interagindo com os habitantes indígenas da ilha. Em Aklan, nas Filipinas, está se realizando uma autêntica “imersão” na cultura da comunidade de Atis (Aetas), tribo que se pensa que esteja entre as originárias da ilha de Boracay. Mas também existem iniciativas baseadas na ecologia e na proteção do território, como em Hanoi, no Vietnã, onde os jovens estão participando da colheita do arroz, ou em Palawan, famosa localidade turística das Filipinas, onde um grupo está limpando algumas praias». «Em muitas localidades – continua Vital – um percurso sociocultural ajuda a entrar profundamente na história daquele país. É o caso de Seul, na Coreia, onde os jovens presentes estão aprofundando os eventos que levaram à divisão entre Coreia do Norte e do Sul, guiados por especialistas que conduzem workshops sobre a paz, exportáveis para qualquer latitude. Também outras localidades acolheram os jovens, como Mumbai (na Índia), Ho Chi Min (no Vietnã), Bangkok (na Tailândia), além de diversas cidades das Filipinas como Baguio, Cebu, Dumaguete, La Union e Tacloban. Fundamental na preparação da semana foi a colaboração com organizações como “Bukas Palad” e “Fazenda da Esperança”, nas Filipinas, e “Shanti Ashram”, na Índia». «Esta semana “pré-Genfest” terá um impacto indelével na vida dos jovens que estão participando dela, porque a construção de um mundo unido começa sempre com ações concretas, como disse recentemente, durante a sua visita a Loppiano, no dia 10 de maio passado, também o Papa Francisco: “é preciso treinar para usar juntas as três linguagens: a da cabeça, a do coração e a das mãos”. Este é um elemento fundamental na formação das novas gerações. Na mesma ocasião, o Papa convidou o Movimento dos Focolares para se colocar “a serviço de todos, com o olhar que abraça toda a humanidade, começando por aqueles que de algum modo estão relegados às periferias da existência”. Quando chegarem a Manila para o Genfest, estes jovens já terão experimentado em pequena escala o que significa “fraternidade universal”, porque o mundo unido precisa das mãos de todos. Aí sim que será uma verdadeira “experiência de Deus”. E este é o objetivo para o qual nasceu o Genfest». María Clara Ramírez Veja o video