Set 14, 2017 | Focolare Worldwide
Da convicção de querermos reescrever uma nova geografia em que caiam as barreiras e os muros pessoais e planetários, surgiu a ideia de uma marcha mundial dos Gen e Jovens por um Mundo Unido que culminasse na décima primeira edição do Genfest que terá lugar de 6 a 8 de julho de 2018, em Manila (Filipinas). O programa central acontecerá no World Trade Center Metro Manila, enquanto todos os workshops se realizarão na Universidade De La Salle e outras universidades. O título será “BEYOND ALL BORDERS” (Além de todas as fronteiras). Será, portanto, a Ásia, o continente do futuro e dos jovens, que receberá esta convenção. Segundo os dados do U. S. Census Bureau, o número de jovens com menos de 25 anos, no mundo inteiro, é de 3 mil milhões, dos quais 60% vive na Ásia. Isso significa que quase metade da população asiática (que é superior a 4 milhões) tem idade inferior a 25 anos. «Portanto, só podia realizar-se no nosso continente» – explica Kiara Cariaso, uma filipina da equipe organizadora. «Queremos mostrar ao mundo a rede de projetos, campus, ações de solidariedade, de apoio à legalidade, o não à guerra e aos armamentos, mas também o não à solidão, ao abandono e aos relacionamentos superficiais, que milhares de jovens espalhados pelo mundo estão já levando adiante». Alepo, Belém, Turinga, Mumbai: o Genfest inicia-se nas periferias do mundo. «Também desta vez, o Genfest será uma pedra miliar, imprescindível no caminho para um mundo unido – explicam Maria Guaita e Marco De Salvo, da secretaria central GMU – quer para partilhar os esforços de paz e unidade em execução, quer para nos darmos força e coragem uns aos outros. Muitos jovens vivem em territórios de guerra, de conflito e de problemas sociais. É essa a primeira linha que muitos escolheram para dar início à mudança do mundo». «Estamos em muitas e diferentes frentes: estamos nas periferias, mas ocupamo-nos também de formação, de esporte, se solidariedade – explica Rafael Tronquini, brasileiro, da equipe de marketing do Genfest, que já está em Manila há cinco meses. Queremos estar onde percebemos que existem necessidades ou se ouvem os gritos de socorro da nossa gente, em todas as latitudes. Poderemos resumir o logotipo do Genfest com o lema “less is more” (menos é melhor): os desafios e as barreiras são infinitas, e o que conta é superá-las juntos, avançando em direção à unidade». https://youtu.be/C8NvjNYgNEc
Set 13, 2017 | Focolare Worldwide

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Os olhos do mundo, crentes e não crentes, nos dias passados estiveram apontados para a Colômbia. Também a comunidade dos Focolares participou ativamente, através das paróquias, na preparação e no desenrolar da visita do Papa. Susan Nuin, focolarina e membro do Celam (Conselho Episcopal Latino-americano), organismo da Igreja católica que reúne os bispos da América Latina e do Caribe, explica: «Alguns elementos emergiram de maneira muito forte. O primeiro, a presença do Estado, na pessoa do presidente e de todos os representantes do governo. No passado, o Governo, muito fraco e absorvido pelo narcotráfico e pela guerrilha, agora está empenhado em primeira fila no processo de reconciliação. O segundo, o tema da reconciliação popular, ligado ao da justiça social: de fato, a Colômbia é o país com o maior percentual de desigualdade social». Sole Rubiano, responsável pela editora Ciudad Nueva, explica numa entrevista à AGI: «Na teoria todos são a favor da paz, mas nem todos entendem que são necessárias a inclusão e a equidade». Na Colômbia se tornou possível um fato que em outras partes não tem precedentes: «Vítimas e carnífices – explica Susanna Nuin – rezaram juntos e se abraçaram. Nem mesmo na África do Sul e nas ditaduras latino-americanas vítimas e carnífices se colocaram no mesmo plano, em pé de igualdade. Não bastam as leis e os acordos institucionais para que se resolvam os conflitos, é preciso o encontro pessoal entre as partes. O Papa Francisco criou uma consciência popular que antes não existia». Em Villavicencio (500.000 habitantes, a sudeste de Bogotá), o Papa encontrou 3 mil representantes das vítimas de violência (150 mil, só na cidade), militares, agentes de polícia e ex-guerrilheiros. É o momento central da visita, o encontro de oração pela reconciliação nacional no Parque Las Malocas. No centro da cena, sobre o altar, o Crucifixo despedaçado e amputado de Bojayá (que no dia 2 de maio de 2002 assistiu e sofreu o massacre de dezenas de pessoas refugiadas na igreja) exprime o drama das vítimas. Sucedem-se testemunhos dos membros das já ex-Farc (Fuerzas armadas revolucionarias de Colombia), de paramilitares, de uma mulher que sofreu abusos de todos os tipos. No mesmo dia (8 de setembro), numa carta, o líder das Farc escreveu ao Papa, pedindo perdão por “toda dor provocada no povo da Colômbia”. Uma jovem, Nayibe, escreve: «Fiquei muito impressionada com as palavras do Papa Francisco diante do Cristo de Bojayá: “para nós, o Cristo amputado é ainda mais Cristo, porque nos demonstra que veio para sofrer pelo seu povo”». Um dia, definido por muitos, histórico, no qual emergiram a coragem e a capacidade de sofrer e de recomeçar do povo colombiano.
Cartagena de Índias, no Norte da Colômbia, debruçada sobre o Mar do Caribe, hospeda o Santuário de São Pedro Claver (1581–1654, proclamado santo em 1888), o jesuíta espanhol que se dedicou às vítimas do tráfico de escravos. Por proposta dos jesuítas, após o acordo de paz entre o governo e as Farc, que pôs fim a um conflito que durou mais de 50 anos, com 200 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos, é a capital natural dos direitos humanos. Aqui o Papa visitou os bairros mais pobres, indo também à casa de uma mulher, Lorenza Perez, que a 77 anos cozinha e distribui as refeições para quem precisa. «Sou a mais pobre dos pobres – é ela mesma que fala –, mas o Papa escolheu justamente a minha casa para dizer ao mundo que ame mais quem é descartado». Susanna Nuin explica: «Os discursos do Papa tiveram duas dimensões: uma conceitual, com esclarecimentos precisos e fortes; e uma gestual, para exprimir proximidade a um povo que sofreu muito. A sua partida deixou em nós uma forte saudade, mas também uma sensação de plenitude. A sua visita incutiu no coração do povo colombiano um novo modo de viver, não em posição passiva, esperando uma paz que nunca chegará, sucumbindo a uma polarização que torna impossível uma convivência pacífica». Fundamental o papel dos jovens, que se sentem investidos da tarefa que lhes foi confiada. Yolima Martínez lembra o apelo do Papa: “Vocês jovens têm uma sensibilidade particular para reconhecer o sofrimento dos outros”.E Laura Isaza: «A paz é um percurso que envolve todas as gerações, mas a nossa de modo especial». Manuel lhe faz eco: «A visita do Papa esclareceu para os colombianos que a paz não é um conteúdo político, mas uma cultura a ser construída. Como membros dos Focolares nos sentimos ainda mais comprometidos em ouvir o Papa Francisco quando fala de cultura do encontro, que devemos continuar a promover e construir».
Set 11, 2017 | Focolare Worldwide
Depois da passagem do Irma pelas Ilhas do Caribe, aonde causou morte e destruição, o violento furacão atingiu o estado da Flórida, que teve declarado estado de emergência. Mais de 5,8 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade, água corrente e internet. Confirmados pelo menos cinco mortos. Agora rebaixado à categoria 1 (com ventos de até 136 km/hora), o Irma dirige-se para Atlanta (Geórgia). A comunidade dos Focolares daquela cidade escreve: “Estamos em constante contato com as nossas comunidades do sul da Flórida. Muitos tiveram que deixa suas casas e encontram-se em locais mais seguros. Eles nos contam que estão procurado ajudar quem está sozinho, os próprios vizinhos, e entrando em contato com parentes que estão fora do país. O mesmo para as comunidades atingidas nas ilhas. Em Atlanta a chegada do furacão está prevista para segunda ou terça-feira, talvez somente com chuvas torrenciais e ventos fortes. Por trás do sofrimento sentimos o amor de Deus, e constatamos que esta emergência nos faz lembrar que somos todos irmãos e que podemos nos ajudar, indo além dos contrastes sociais que, neste momento, tornam-se secundários”.
Set 8, 2017 | Focolare Worldwide
Com frequência o México é atingido por movimentações sísmicas devido a sua localização, no ponto de encontro de cinco placas tectônicas. Mas o que ocorreu neste dia 8 de setembro foi o terremoto mais violento registrado até agora (8.2 na escala Richter). Com o epicentro longe da costa ocidental, na fronteira com a Guatemala, o abalo foi sentido até a Cidade do México. Grande parte da capital ficou sem luz e muitos deixaram suas casas e foram para a rua, no escuro. Pelo menos 15 mortos, ainda se “o balanço é destinado a subir”, afirmou o presidente Enrique Peña Nieto. Oaxaca foi o estado mais atingido. Escrevem os bispos mexicanos: “Deus nos reforce como irmãos na fé, para mostrar-nos disponíveis diante de quem sofreu com este forte terremoto”. Na Guatemala já foi registrada ao menos uma vítima.
Set 8, 2017 | Focolare Worldwide, Senza categoria
O laboratório nacional de economia, cultura, comunicação, formação e inovação é promovido anualmente pela editora Città Nuova, o Polo Lionello Bonfanti, o Instituto Universitário Sophia e a Mariápolis de Loppiano, que sedia o evento. Respondendo ao convite do Papa Francisco, a convenção se propõe como uma ocasião de confronto e propostas ao redor de temas de primeiro plano na realidade italiana: da imigração ao trabalho, da pobreza à inclusão social, da luta à corrupção ao empenho pelo bem comum, e ainda, família, jovens, educação, e muito mais. Contra toda a qualquer forma de exclusão e pela acolhida, contra a busca do interesse privado e pela promoção de novas virtudes civis, trabalhando para encontrar vias de escape às contradições dos nossos tempos e para agir sobre as estruturas iníquas que produzem – precisamente – “as vítimas e os criminosos”. LoppianoLab é, portanto, um laboratório cultural aonde se podem lançar as sementes de um novo pensamento e de uma ação consequente, na convicção de que a busca do lucro não pode ser a bússola de toda atividade humana. O evento é aberto a todos aqueles que se interrogam sobre estes temas e pretendem tornar-se “artesãos da mudança”. Para informações escrever a: loppianolab.accoglienza@loppiano.it
Set 7, 2017 | Focolare Worldwide
No dia 26 de agosto passado, o Parque das Nações de Córdoba (Argentina) estava lotado de adolescentes e crianças, como acontece sempre nas manifestações do “Dia da Criança”, no terceiro domingo de agosto. O Parque é o lugar ideal para as brincadeiras, torneios e passeios. Este ano um grupo animado suscitava a curiosidade de quem passava: era a inauguração de um pequeno monumento com um grande significado. Um dado colorido e giratório, apoiado sobre um pedestal: o Dado da Paz. Brincadeiras, gincana e um lanche precederam o ato oficial de inauguração, na presença, dentre outros, dos representantes do Comitê Inter-religioso para Paz (Comipaz), da Igreja Armênia, Igreja Evangélica, das comunidades hebraica e muçulmana. Representando o Movimento dos Focolares, tiveram a palavra Fernanda Otero, Francisco Drab e Amelia Milagros López Loforte. A cerimônia se concluiu com a saudação do bispo auxiliar, D. Ricardo Seirutti, que abençoou o monumento. É quase impossível conter a vontade de chegar perto e fazê-lo girar. Cada face tem uma proposta que, ainda se colorida e num clima alegre de brincadeira, exige ser colocada em prática com seriedade e empenho. E às vezes com esforço. O dado propõe seis ações a serem vividas diariamente, expressões da “regra de ouro” presente em todas as religiões: “Faça aos outros o que gostaria fosse feito a você”: “Amar a todos, ser o primeiro a amar, amar o inimigo, perdoar… são gestos concretos inspirados num estilo de vida corajoso e contracorrente, para construir uma sociedade empática e solidária. A inauguração não foi um fato isolado, mas coroou muitos meses de contatos e de trabalho local, durante os quais os jovens dos Focolares, apoiados por muitos adultos, levaram com entusiasmo o “dado” a vários bairros da cidade, como instrumento de educação à paz por meio de brincadeiras e teatro. Nos bairros de Ciudad Evita, San Roque, Cabildo, Müller, Argüello – periferias onde o povo convive com a violência e os direitos humanos frequentemente são violados – e com as crianças da Fundação Serra Dourada, em São Marcos Sierras (a 60 km da capital), trabalharam lado a lado com as comunidades e associações de bairros, desejosas de uma maior consciência acerca das problemáticas locais e de ações direcionadas a uma educação social mais incisiva e eficaz. O projeto, apoiado pelo Movimento dos Focolares, pelo órgão de defesa dos direitos da criança e do adolescente da Província de Córdoba, pelo Programa Living Peace e o Comitê Inter-religioso pela Paz, e ainda outras organizações e entidades públicas e privadas, deseja difundir a paz em todos os âmbitos da sociedade a partir dessa boa “boa prática”, idealizada para crianças mas válida também para os adultos, em todos os ambientes. Iniciativas semelhantes multiplicam-se em muitos outros países (por exemplo, Itália, Espanha, Egito, Hungria e Brasil), nos quais o já famoso “dado”, tornou-se protagonista de variadas iniciativas pedagógicas e seminários de estudo. Na Argentina, além de Córdoba, outro “Dado da Paz” está num local público em Concepción, na província de Tucumán. Em Córdoba, além disso, iniciativa do Dado foi declarada de interesse cultural pela Câmara dos Vereadores. Um “pequeno” monumento que, por todo lado, transforma-se em vida.