Jul 28, 2017 | Focolare Worldwide
A partir da passagem da banda internacional Gen Verde pela cidade e também pela escola onde Tiziana trabalha com professora, houve efeitos positivos nos relacionamentos entre ela e os alunos. Em especial quando, ao terminar o ano letivo, soube que um deles se declarava não crente, quis lhe escrever. A resposta do estudante não se fez por esperar. «Querido Luca, já estamos no final do seu percurso escolar. Queria lhe escrever duas linhas porque não tive a possibilidade de trocar duas palavrinhas com você. Assim, sem um motivo preciso, só porque gosto muito do confronto. Gostaria também de lhe perguntar o porquê da sua “ateidade”, para dizer como Checco Zalone… [um cômico italiano, ndr], mas não houve tempo. Estou convencida de que não existem ateus, mas só “diversamente crentes”. É demasiado forte o desejo de infinito que nos consome o ânimo. Fiz uma descoberta fundamental na minha vida, que me transformou radicalmente: Deus é louco de amor por mim e por cada um de nós. Talvez eu também seria diversamente ateia se não tivesse conhecido este Deus. O amor interpela todos nós, somos loucamente sedentos dele. Se você crê, como eu, no amor, então ambos somos diversamente crentes. Se o ateísmo leva você a não crer num Deus cruel, justiceiro, frio, indiferente, Motor imóvel, grande arquiteto, Ser supremo, etc., etc., então eu sou ateia com você! Posso somente crer em um Deus de carne e osso, que por amor nasceu, se fez homem, morreu e ressuscitou. Tchau Luca, queria lhe dizer obrigada por estes anos que vivemos juntos!».
«Querida Prof, me dá um grandíssimo prazer saber que também fora do contexto escolar a senhora tenha vontade de me escutar (não que eu não soubesse, mas foi uma confirmação a mais). Eu também gostaria de discutir com a senhora sobre os assuntos mais diversos, da política à religião. Sempre admirei a sua disponibilidade e a sua abertura mental, a sua capacidade de diálogo, escuta, compreensão, acolhida das opiniões dos outros, mesmo se totalmente diferentes das suas. Sempre considerei o seu parecer muito importante. Entre as muitas coisas, me ensinou que mudar o ponto de vista é fundamental para entender os outros, mas sobretudo a si mesmos. Este ano participei, junto com alguns colegas de escola, de “PULSE”, a jornada de 1° de Maio na cidadezinha de Loppiano. Durante a nossa permanência, ficamos hospedados no Instituto Universitário Sophia, no qual diversos jovens provenientes do mundo inteiro continuam os seus estudos após a graduação. Foi lá que, no que me diz respeito, experimentei em primeira pessoa o que significa igualdade, fraternidade. E isto graças à magnifica acolhida dos jovens e dos professores do Instituto, que nos trataram como se nos conhecessem a vida inteira. O que ainda mais me impressionou foi o que aconteceu na noite do segundo dia, quando jantamos junto com os jovens que nos hospedavam. Tinham cozinhado com paixão, só para nós, tudo aquilo que tinham na cozinha. Naquele momento, embora eu estivesse a mais de 1000 km de distância da minha cidade, me senti em casa. Eu me encontrei à mesa, falando disto e daquilo com dois libaneses, um alemão, um cubano, um argentino, um colombiano e um bolonhês na frente de um prato de carne, espinafre, batatas e cebolas. Depois disso, ficamos acordados até tarde falando das nossas experiências, dos nossos projetos, tocando violão, cantando canções e bebericando um pouco de vinho da floresta negra alemã. Naquele momento, os objetivos de “PULSE”, pelo menos para mim, foram atingidos. Obrigado Prof e… até a próxima!».
Jul 25, 2017 | Focolare Worldwide, Senza categoria
https://vimeo.com/222389508
Jul 22, 2017 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Agostinho nos doa uma das intuições mais preciosas do mistério da oração: «Os ouvidos de Deus estão atentos a teu coração» (comentário ao Salmo 148). Deixar que os ouvidos de Deus se pousem no nosso coração, abrir o nosso coração aos ouvidos de Deus: disto se trata, esta é a arte da oração; uma arte, de resto, para todos; na verdade, não é nossa, mas do Espírito que Deus nos dá e que reza em nós, pois nós não sabemos como e pelo que devemos rezar (cf. Rm 8, 26s). […] Rezar é elevar o coração a Deus. Mas somos capazes disso? Não é limitado demais o raio da nossa percepção, para que o nosso coração possa por si só se elevar a Deus? Não é fraco demais o ímpeto do nosso coração? Não estão apegados ao nosso coração, pesos que, sobrecarregando sobre ele, o paralisam e o puxam para baixo? O que nos dá a coragem de afirmar: Temos o coração voltado ao Senhor? Os seus ouvidos. Ele os inclinou até nós. O Pai ouve o Filho. E este desceu entre nós, na nossa carne, no nosso coração. No coração do Filho, o Pai ouve cada palpitar do nosso coração, no coração do Filho encontra o nosso coração. N’Ele, no qual somos criados, amados, amparados, acolhidos, Ele nos ouve. Elevar o nosso coração significa deixá-lo lá onde está, e descobrir que lá onde está, junto a nós, está o coração de Deus no coração do seu Filho. Abandona-te n’Ele e te sustentará. N’Ele, os ouvidos de Deus estão atentos ao teu coração; n’Ele, o teu coração está nos ouvidos de Deus. […] A inversão é igualmente válida: Deus tem o seu coração nos teus ouvidos. Ele te revelou, transmitiu, doou não algo de Si, mas Si mesmo. Se crês n’Ele, se aderes a Ele, se o ouves, então não ouves uma notícia, uma diretriz, uma ordem: tu ouves o seu coração. Permanece junto a Ele até quando descobrires este seu coração. Ele precisa da tua paciente escuta para te abrir o seu coração; de fato, só a paciência compreende o amor e aprende o amor. A quem o ama, a este Ele se revelará e fará nele a sua morada (cf. Jo 14, 21-23). […] Deus tem o seu coração nos teus ouvidos, para que através dos teus ouvidos o seu coração penetre no teu coração, se faça teu coração. Os ouvidos de Deus atentos ao teu coração – o coração de Deus nos teus ouvidos: alternância da oração. Só o orante conhece Deus. Só o orante conhece o homem. De Klaus Hemmerle, “Con l’anima in ascolto, Guida alla preghiera”, Città Nuova Ed., Roma 1989, pagg. 9-11.
Jul 21, 2017 | Focolare Worldwide
“T
oda vida tem esperança”: nestas palavras está contido o leitmotiv levado em frente pelas Fazendas da Esperança no mundo inteiro. “Vimos e vivemos o inferno; nestes dias fomos transformados em artistas”, esta é uma das expressões colhidas durante a troca de experiências na conclusão de cinco dias de trabalho com duas apresentações finais de Campus – the musical. 110 jovens da Fazenda da Esperança e da Apúlia (região do sul da Itália) se prepararam em workshops de dança, canto, teatro e percussões, para depois subir como atores junto com o Gen Rosso no palco do teatro Kennedy da cidade de Fasano, em algumas cenas de Campus, nos dias7 e 8 de julho. “Era preciso aprender bem e rapidamente apesar do calor e dos próprios limites”. Fundamental foi o compartilhamento do slogan “Acolher o diferente”. De fato, havia pessoas provenientes de 15 nações e diferentes por cultura, idade, experiência de vida… A
adrenalina subia a mil justamente quando se encontravam lançados no palco dando o melhor de si, enquanto medos e preocupações desmoronavam ao se encorajarem reciprocamente. Alguns disseram: “Sentíamos uma força superior que nos sustentava e nos dava confiança em nós mesmos”. “A coisa que aprendi foi a de nunca parar durante a exibição por causa de um erro: isto fez com que eu refletisse muito. Levo este exemplo para a minha vida indo sempre em frente, apesar dos fracassos”.
Domingo, 9 de julho, em Monópolis aconteceu a inauguração de uma nova Fazenda da Esperança. Estavam presentes autoridades civis e religiosas, o Gen Rosso e um grupo de 60 jovens “missionários” das Fazendas provenientes do mondo inteiro, junto com os fundadores. Significativa foi a experiência de alguns jovens que também conheceram a prisão e que agora estão empenhados na linha de frente ajudando outros jovens como eles. “Para nós do Gen Rosso – explica Franco –, colaborar com a Fazenda, como fazemos a anos, é sempre um forte enriquecimento e dá um impulso decisivo a colher, por toda a parte no mundo, fortes sinais de esperança”. A festa se concluiu cantando “Eu estava lá”, a canção composta pelo Gen Rosso como um tributo à Fazenda da Esperança. Gustavo Clariá
Jul 20, 2017 | Focolare Worldwide, Senza categoria
1944. Chiara Lubich deixa os seus amadíssimos livros no sótão para se colocar na escola do único Mestre, Jesus, abandonando o sonho de estudar Filosofia na Universidade Católica, onde achava que poderia conhecer Deus. 53 anos depois, a Universidade Católica da Cidade do México lhe confere o Doutorado h.c. em Filosofia.
A 20 anos de distância, a comunidade dos Focolares no México organizou um tríplice evento, como memória e atualização da sua mensagem: Filosofia do ser, Igreja comunhão e enculturação. 29 de junho de 2017: “O rosto de Deus Comunhão” é o título do simpósio realizado na Universidade Pontifícia do México. O Dr. Piero Coda, reitor do Instituto Universitário Sophia (IUS) apresenta duas conferências: “Papa Francisco: 4 pontos para uma Igreja em saída” e “Chiara Lubich: uma mística do nós para viver o intercâmbio”. Duas reflexões que suscitam nos presentes, na maioria sacerdotes, religiosos e religiosas, a urgência de uma pastoral que torne visível o rosto de uma Igreja misericordiosa, sinodal, pobre e aberta.
«Surgiu – afirma Mons. Coda – a necessidade de manter um diálogo aberto com as forças vivas da Igreja mexicana para assumir com ardor o desafio da conversão pastoral lançada pelo Papa Francisco. Promovendo o empenho dos leigos em nível cultural e social, o acompanhamento dos jovens e o caminho sinodal da Igreja onde os Carismas possam dar a sua contribuição”. 30 de junho. Numa acolhedora sala da Universidade La Salle, na Cidade do México, o Dr. Enrique Alejandro González Alvarez, reitor da instituição, explica a importância da láurea h. c. conferida em 1997 a Chiara Lubich: “Com a sua aceitação, foi ela quem honrou a Universidade”. E salienta a profunda sintonia entre o Carisma da unidade e o lasalliano: “A Universidade se sente identificada com o Movimento dos Focolares, porque de maneira conjunta estamos trabalhando para trazer o Reino de Deus à terra, sem dúvida a principal missão de Chiara (…) faço votos de que continuemos a estreitar o vínculo que nos une. Esta não é só a casa de Chiara Lubich, mas de todos os que levam o suo espírito, porque hoje ela deve continuar a viver nos seus seguidores”. Para a ocasião, o Dr. Piero Coda apresenta uma conferência sobre a “Contribuição de Chiara Lubich para uma nova filosofia do ser”. “O discurso de Chiara de 20 anos atrás – diz Piero Coda – se demonstrou profético para o México, porque se colhe em nível social e cultural um novo questionamento de sentido e de luz e a necessidade de um novo paradigma cultural. Portanto o seu discurso resulta orientativo e se conecta com o compromisso do Instituto Universitário Sophia”. Entre o Instituto Universitário Sophia, a Universidade Pontifícia Mexicana e a Universidade La Salle do México se estabelecem novos contatos e novas perspectivas de colaboração.
O dia 7 de junho de 1997 foi celebrado pela comunidade dos Focolares com uma grande festa, presentes o Núncio Apostólico, D. Franco Coppola e o Reitor da Universidade Pontifícia do México, Dr. Mario Ángel Flores Ramos. Músicas, danças, filmes e os testemunhos de quem estava presente naquele dia memorável formaram a moldura adequada para redescobrir a dimensão da mensagem de Chiara Lubich. “Na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe – diz Maria Voce, na mensagem à Comunidade mexicana – diante da ‘Morenita’, Chiara pôs em evidência os maravilhosos símbolos com que Maria se revestiu, se apresentando como exemplo extraordinário de enculturação”. A missão confiada por Chiara, eco transparente da mensagem “Guadalupana”, ressoou com força, como salientou a presidente dos Focolares: “Confiemo-nos a Ela, ícone da ‘cultura do encontro’, para viver plenamente o ‘fazer-se um’ e levar a todos os ambientes, a espiritualidade de comunhão”.
Jul 17, 2017 | Focolare Worldwide
Soube por meio da TV… Estou vendo o telejornal, constantemente interrompido por avisos de “utilidade pública”. O último, por exemplo, diz: “Procura-se urgentemente o remédio…”. Meu Deus! Escrevo rapidamente o número do telefone e ligo. Respondem que quem está precisando é uma senhora idosa, que é mesmo urgente e que ela mora na minha cidade. Rapidamente me coloco em contato com a filha da senhora, mas, neste momento, a situação pelas ruas do centro da cidade não me permite sair. Combinamos encontrar-nos no dia seguinte, de manhã cedo, diante de um centro social de saúde. Quando nos encontramos a senhora me pergunta: “Quanto custa o remédio? Eu solicitei nos Estados Unidos, mas não puderam mandar”. “Nada, senhora”, eu lhe respondo. “Rezemos juntos para que a paz chegue logo à Venezuela”. Não nos conhecemos, mas nos deixamos com um abraço. Há mais alegria em dar do que em receber Uma amiga me telefona: “Por acaso você tem este remédio? Não consigo encontrá-lo em nenhum lugar…”. Era justamente um remédio que uma pessoa havia doado à minha paróquia. Naquele momento eu havia pensado: “Será que vai servir para alguém? É muito específico…”. Era precisamente o que a minha amiga precisava, com indicações muito precisas e, além do mais, numa caixa com 50 comprimidos. Deus sabe o que cada um precisa. A nossa era uma alegria compartilhada, mas, talvez, a minha era maior. Criar pontes com pessoas de outras Igrejas Chega um SMS: “Eu precisaria desse remédio, por acaso você tem?”. Sim, eu tinha, e assim pedi a Armando que o levasse, já que quem me havia pedido é de uma Igreja evangélica, como ele. Pensei também em propor: “Se por acaso, você tiver algum remédio que não lhe serve, pode também doá-lo?”. Ela me manda um, difícil de encontrar nas farmácias, acompanhado por um nebulizador. Para mim foi viver a frase do Evangelho: “dai e vos será dado”. E não só, aquele que chegou é de melhor qualidade e com menores efeitos secundários do que aquele que eu tinha. É surpreendente: quando se doa, o amor se transforma em fraternidade.
Domingo, dia de repouso… É domingo!! Finalmente repouso! Tinha colocado no programa um filme muito interessante, quando, sem que esperasse, tocam a campainha. Comecei a temer que o meu relax estivesse em perigo. Meu filho, vista a minha reação, pergunta se quero que ele diga a quem tocou que passe em outro momento. Quase respondo que sim… mas, não… vou eu mesma abrir. Encontro uma pessoa conhecida que me pergunta se estou ocupada. A expressão de seu rosto indica que é algo urgente. Faço-a entrar. “Preciso mesmo falar com a senhora…”. “Certo, entre. Meu marido também está, é bom se conversamos com ele também?”. Passamos três horas escutando-a. Ela nos diz que quer se divorciar, mas antes de comunicá-lo a seu marido e começar o processo pensou em falar conosco. Não é fácil escutar o seu desabafo, cheio de sofrimento, incompreensões, raiva… no final, muitas dúvidas são esclarecidas. Concluímos com uma oração e com a sua decisão por começar a ter a iniciativa no amor. Assim ela volta para casa com uma nova força, disposta a lutar para salvar o seu matrimônio. Foi um domingo vivido como “o dia do Senhor”, no qual fizemos o que pensamos Jesus teria feito: amar sem julgar.