Movimento dos Focolares

Chiara Lubich: a pedagogia da fraternidade

Fev 18, 2014

No sul da Itália, uma escola infantil recebeu o nome da fundadora dos Focolares, escolhida como testemunha de uma pedagogia da fraternidade e do amor aos pequeninos e aos últimos.

Ezio Aceti iniciou o seu discurso com uma metáfora sobre o pelicano, ao falar de Chiara Lubich educadora. Psicólogo e especialista na idade evolutiva, Ezio fez uma intervenção na solenidade em que a Escola Infantil Spine Rossine foi intitulada à fundadora do Movimento dos Focolares, no dia 29 de janeiro passado, em Putignano, na Província de Bari (Itália).

A iniciativa de dar a esta escola o nome de Chiara Lubich nasceu do desejo de que a pedagogia a ser aplicada inspire-se no valor da fraternidade que, na didática, se manifesta na capacidade de transmitir o saber disciplinar às crianças. Neste campo Chiara Lubich foi um grande exemplo, explicando minuciosamente os particulares e tornando claros e compreensíveis os valores do Evangelho, especialmente aos “pequenos”.

As testemunhas – afirma Ezio Aceti – foram grandes mestres porque atraíram com a própria coerência e, por isso, tornaram-se inspiradores de jovens e adultos que os seguiram. Chiara Lubich e Madre Teresa de Calcutá representam um claro exemplo deste modo de educar; elas atraíam pelo carisma que emanavam, atração que existia não só pelos seus ensiamentos, pelas suas palavras, a presença delas representava um motivo de grande comoção para muitas pessoas.

É importante saber que os carismas são para a atualidade, para o presente, e que permanecem mesmo quando os fundadores dos Movimentos não estão mais vivos. Chiara – ele prossegue – colocou em evidência a experiência de Deus, vivendo-a de maneira nova, fundamentada na unidade. Para compreender os fundamentos da educação, segundo o psicólogo, devemos eliminar alguns preconceitos.”

Ezio citou grandes personagens que, como Chiara Lubich, souberam atuar um novo estilo educativo. Simon Weil, filósofa francesa, por exemplo, indicava a atenção como forma de amor ao próximo que fala. Martin Buber, filósofo hebreu, exortava a colocar-se no lugar do outro, em seguida ouvir as inspirações que derivam deste ato e, depois, comunicá-las ao próximo. Maria Montessori, pedagoga italiana, elaborou um sistema didático no qual demonstrou que se é possível ensinar algo a uma criança portadora de deficiência, é possível ensiná-la a todas as crianças. O pedagogo polonês, Janusz Korczak, acompanhou as crianças do seu orfanato até o momento da sua morte, no campo de concentração di Trzeblinka. O último elemento pedagógico indicado por Ezio foi o testamento de Chiara Lubich: “Sejam uma família… Amai-vos reciprocamente para ‘que todos sejam um.’”

Na solenidade da inauguração foi lida a mensagem de Maria Voce, Presidente dos Focolares, fazendo votos que a intitulação do estabelecimento de ensino a Chiara, possa oferecer um estímulo a seguir o seu exemplo, a todos que o frequentam.

Fonte: Città Nuova online.

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