Movimento dos Focolares

Com os jovens, em Toronto

Mar 20, 2011

Maria Voce aos jovens: «Vocês podem mudar o mundo»

Era visível que os jovens do Movimento estavam surpresos. Uma grande parte dos cerca de 50 jovens, que pela primeira vez tinham um contato com a espiritualidade da unidade, tinha se colocado ordenadamente em fila, para falar com Maria Voce. Dirigiram-se a ela espontaneamente, depois que tinha respondido às suas perguntas, e não por uma norma de boa educação, mas sim pelo desejo de dizer imediatamente algo de pessoal, que esta senhora de cabelos brancos – que tem a idade das suas avós – havia suscitado dentro deles.

«Obrigado por ter me doado o sentido do sofrimento», confidenciou um estudante de origem filipina. «Você explicou de um modo tão simples que posso superar o sofrimento com o amor, que disse a mim mesma : ‘posso fazer isso’», acrescentou Cheryl, cabelos louros e olhos azuis, e uma outra jovem, afro-canadense: «A vida que nos propôs é radical, mas você nos deu muita coragem». Este foi o motivo da surpresa. Alma e Len disseram: «Jamais vimos algo assim, não é realmente próprio da cultura canadense falar do próprio estado de alma».

O auditório do Colégio São José recebeu também uma centena de jovens de Vancouver, na costa do Pacífico, e de Calgary, distante quatro horas, de avião. Mas valeu a pena. O programa foi centralizado na apresentação de Chiara Luce Badano, há pouco proclamada bem-aventurada. O título não deixava saídas: «Heróis de hoje, santos de amanhã. Você aceita?». É uma proposta exigente em qualquer lugar do mundo, mas aqui no Canadá é para sacudir, porque significa ir contra tudo.

No arco de poucas dezenas de anos, a secularização reduziu a prática religiosa de 80 a 10%. Aqui uma mulher pode abortar por qualquer motivo e em qualquer momento da gravidez; em 2005 foi legalizado o matrimônio de casais do mesmo sexo; a religião e os seus símbolos cada vez mais são afastados dos locais públicos; os meios de comunicação mostram-se intolerantes para com a fé e as pessoas que creem; os direitos fundamentais da liberdade religiosa, e até da consciência, são colocados em questão pelos tribunais.

E ainda assim, diante da pergunta se é possível transformar a sociedade, Maria Voce não deu espaço a meias medidas: «Se vocês não mudam o mundo, ninguém o muda» – afirmou. «A sociedade nos leva a pensar: “se eu tivesse mais seria mais feliz”. Mas eu tenho a impressão que os jovens tem muitas coisas, mas não a felicidade, porque não descobrem que o que dá felicidade é o amor».

Suas palavras acenderam o fogo: «Hoje vocês experimentaram o amor evangélico. Agora não se contentem com menos, não voltem atrás. Não corram o risco de fechar a porta para Deus». E continuou: «Ele confia em vocês, hoje vocês experimentaram isso e devem levar aos outros. O futuro do Canadá depende de vocês. E não se sintam sozinhos, porque os jovens dos outros países são o seu suporte. Juntos é possível mudar o mundo».

O desafio tinha sido lançado. E naquela fila foram dizer, a esta mulher que antes não conheciam, que estavam de acordo. Depois um abraço ou dois beijos, e uma foto para não esquecer. E a alegria explodia nestes jovens, na hora da grande foto de grupo com Maria Voce e Giancarlo Faletti.

Do enviado Paolo Lóriga

[nggallery id=19]

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Novo curso no CEG: encarnar a sinodalidade nas realidades em que vivemos

Novo curso no CEG: encarnar a sinodalidade nas realidades em que vivemos

No dia 03 de novembro de 2025, se iniciará a quarta edição do curso de formação para a sinodalidade organizado pelo Centro Evangelii Gaudium (CEG) do Instituto Universitário Sophia, intitulado “Práticas para uma Igreja sinodal”. Maria do Sameiro Freitas, secretária geral do CEG, moderadora do Curso de Formação para a Sinodalidade, responde nossas perguntas.