Movimento dos Focolares

Costa do Marfim: na cidade das 18 montanhas

Jan 16, 2014

Em Man, a comunidade dos Focolares da Mariápolis permanente Vitória empenhada em dar ajuda material e espiritual às periferias.

Man, Costa do Marfim: a “cidade das 18 montanhas” conta com cerca de 100 mil habitantes de diferentes etnias que, na maioria, se dedicam à agricultura. Vive numa grande pobreza tanto material como humana, que se agravou devido à guerra que atingiu o país em 2002 e a envolveu completamente. É neste contexto social que se encontra a “Mariápolis permanente Vitória”, do Movimento dos Focolares na África Ocidental. Acolheu mais de 3000 refugiados nos momentos mais intensos da guerra; mais de 100 mil pacientes foram tratados no “Centro médico-social”. Além disso, pode-se destacar a importância do programa de redução da subnutrição infantil que se realiza com sucesso também nas cidades e aldeias vizinhas.

O Natal – contam alguns habitantes da Mariápolis Vitória – foi vivido em função dos mais sós e marginalizados, especialmente aqueles que mais precisam de amor. “Na paróquia vizinha, fizemos um dia de festa com crianças cristãs e muçulmanas dos arredores. Foi um momento de alegria com cantos, danças, teatros e depois o almoço para todos!”. As crianças – cerca de 1000  – com o próprio prato e copo na mão colocaram-se em fila para receber a comida. “Era bonito poder olhar para cada uma delas – continua o relato –, desejar-lhes um bom apetite e agradecer-lhes pela espera paciente!”.

Um grupo de jovens, por outro lado, decidiu passar as festas em Blolequin, aldeia que fica a 175 km de Man, com as crianças órfãs e com as Irmãs da Consolada, que as acolhem.

Em Glolé, uma localidade a 30 km de Man, um outro grupo da comunidade dos Focolares participou da preparação da festa de Natal. Para esta ocasião vieram pessoas das 12 aldeias que são seguidas há anos pelo Centro nutricional da Mariápolis permanente. Estavam presentes os chefes e pessoas ilustres, além dos responsáveis de várias Igrejas. Na atmosfera de comunhão que se estabeleceu, um chefe de aldeia afirmou: “Se, quando apresentar o meu programa de trabalho aos meus colaboradores, eles não estiverem de acordo, sinto que não o posso levar adiante sozinho, mas procurarei entender aquilo que podemos fazer juntos”.

Um contributo importante do programa foi o conhecido escrito de Chiara Lubich, “Uma cidade não basta”, onde ela encorajava a procurar os mais pobres, os abandonados, os órfãos, os encarcerados, aqueles que são marginalizados. E doar, doar sempre: uma palavra, um sorriso, o próprio tempo, os próprios bens, com um amor concreto capaz de transformar uma cidade e muito mais. Depois, houve um momento de partilha e de testemunhos, das atividades que se desenvolvem em favor das crianças que sofrem por causa da fome ou pela carência de afeto familiar. São passos concretos para transformar as próprias cidades.

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