Movimento dos Focolares

Diplomacia

Jun 13, 2011

O testamento de Jesus atuado entre os povos - de um texto de Chiara acerca do relacionamento entre as nações.

«Quando alguém chora, devemos chorar com ele. E se sorri, alegrar-nos com ele. Assim, a cruz é dividida e carregada por muitos ombros, a alegria é multiplicada e compartilhada por muitos corações. “Fazer-se um” com o próximo é um caminho, a estrada mestra para fazer-se um com Deus. (…) Até se estabelecerem entre os dois os elementos essenciais para que o Senhor possa dizer de nós: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mateus 18,20). Ou seja, até nos garantir, no que depende de nós, a presença de Jesus, e caminhar na vida, sempre, como pequena Igreja em marcha, Igreja mesmo estando em casa, na escola, na fábrica, no parlamento. Caminhar na vida como os discípulos de Emaús, com aquele Terceiro entre nós, que dá valor divino a todo o nosso agir. Sendo assim, não somos nós, míseros e limitados, sozinhos e sofredores, que agimos na vida. Conosco caminha o Onipotente. E quem a Ele fica unido, produz muito fruto. De uma célula, outras células; de um tecido, outros tecidos. “Fazer-se um” com o próximo naquele completo esquecimento de si, existente em quem se lembra do outro, do próximo, sem se dar conta disso, nem se preocupar com isso. Esta é a diplomacia da caridade que tem da diplomacia comum muitas expressões e manifestações, e que por isso não diz tudo o que poderia dizer, porque o irmão não gostaria, nem seria do agrado de Deus ; sabe esperar, sabe falar, atingir a meta. Divina diplomacia do Verbo que se faz carne para nos divinizar. Ela, porém, tem um timbre essencial e característico, que a distingue daquela de que fala o mundo, para o qual, muitas vezes, diplomático é sinônimo de reticente ou até mesmo de falso. A diplomacia divina tem isto de grande e de seu, talvez de somente seu: ela é movida pelo bem do outro, portanto, é isenta de qualquer sombra de egoísmo. Tal regra de vida deveria inspirar toda diplomacia. Isto, com Deus, é possível, pois Ele não é só senhor dos indivíduos, mas rei das nações e de todas as sociedades. Se cada diplomata, no exercício de suas funções, for movido em seus atos pela caridade para com o outro país tanto quanto para com a própria pátria, será de tal modo iluminado pela ajuda de Deus, que concorrerá para estabelecer relações entre os países como as que devem existir entre os homens. (…) Deus nos ajude e nós nos disponhamos para que o Senhor possa ver do Céu este espetáculo novo: o seu testamento realizado entre os povos. A nós pode parecer um sonho; para Deus é a norma, a única que garante a paz no mundo e a valorização dos indivíduos na unidade daquela família humana que já conhece Jesus». Chiara Lubich,  Doutrina Espiritual

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Esta maldição da guerra

Esta maldição da guerra

“Eu via o absurdo, a estupidez e, principalmente, o pecado da guerra…”. Igino Giordani, ao escrever as suas memórias, reflete sobre o período terrível da Primeira Guerra Mundial, quando ele mesmo foi convocado. O “massacre inútil”, como a definiu Bento XV. As suas palavras nos fazem pensar em como a história poderia nos ensinar a trabalhar pela paz, nos nossos dias, combatendo contra os novos, absurdos, inúteis massacres do nosso século.

Jubileu dos jovens: itinerários de caminho, esperança, reconciliação

Jubileu dos jovens: itinerários de caminho, esperança, reconciliação

Uma peregrinação a Roma, durante o evento, com a participação de jovens do mundo inteiro, para percorrer o histórico “itinerário das sete igrejas”, com catequeses, oração, testemunhos, aprofundamentos espirituais ligados ao carisma da unidade, música e partilha.

Indonésia: espalhar esperança

Indonésia: espalhar esperança

Em Medan, capital da província de Sumatra, na Indonésia, após o tsunami de 2004, a comunidade local dos Focolares criou o Centro Social «Sumber Harapan», Fonte da Esperança, para atender às necessidades dos mais pobres da cidade. Maximus e Fretty, animadores do centro, contam-nos as ações que realizam.