Movimento dos Focolares

#DoYouCare? O diálogo interessa-te?

Fev 19, 2015

É o tema do “Regenerate” deste ano, um encontro anual de jovens da Irlanda e Grã-Bretanha promovido pelo Movimento dos Focolares. Após os graves acontecimentos de Paris a questão do diálogo interpela de modo urgente.

20150219-01Um grupo de 80 jovens cristãos e muçulmanos. Um argumento: multiculturalismo, várias religiões, diálogo. Uma pergunta: interessa-te? Um format: aquele do “Regenerate”, dois dias em Hertfordshire, num clima distensivo onde pode-se enfrentar também os temas mais quentes. Os protagonistas são os jovens dos Focolares da Grã-Bretanha e da Irlanda, este ano com um grupo da Islamic Unity Society com os quais há alguns meses cresce a amizade e a estima recíproca, e com quem realizaram várias iniciativas, desde sessões de estudos à plantação de árvores pela paz.

Os participantes ouviram a experiência do Dr. Mohammad Ali Shomali, Imã e diretor do centro Islâmico da Inglaterra, que falou em videoconferência de Paris. Incentivou o grupo a “criar oportunidades de diálogo com cada um: o diálogo é aquilo que nos caracteriza como seres humanos. Aceitar dialogar com alguém que é diferente de nós não nos diminui, mas faz-nos mais verdadeiros para conosco mesmo”.

20150219-02Convidada de honra Angela Graham, jornalista que trabalhou na BBC. Cresceu na Irlanda do Norte, a partir da própria experiência encorajou os jovens a serem “pessoas de diálogo” nos próprios ambientes e a procurarem construir pontes com pessoas de culturas e crenças diferentes.

Nos dias 14 e 15 de fevereiro, no Focolare Centre for Unity que os hospedava em Welwyn Garden City, realizaram-se também workshops sobre vários temas: diálogo inter-religioso, meios de comunicação, política e empenho civil. «Impressionante experimentar que aqui há gente apaixonada em viver e trabalhar com Deus», afirma Mohammed Mozaffari, um dos jovens muçulmanos da Islamic Unity Society. E Lucia, do grupo dos Jovens por um Mundo Unido: «As diferenças não são um obstáculo, mas uma ajuda para construir algo juntos». «Também os que tinham mais dificuldade para identificarem-se com uma fé formal – contam Nino e Mil, da comissão organizadora – estavam à vontade, sendo construtores como todos».

O evento não passou desapercebido para as autoridades civis: «É encorajador ver jovens de diferentes background culturais e religiosos empenharem-se reciprocamente no diálogo – afirmou o vereador Michal Siewniak – e procurarem juntos respostas sobre como viver em harmonia numa sociedade pluricultural e plurirreligiosa».

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