Responderam ao convite 42 pessoas, de oito países diferentes da Europa e da América Latina. O ponto de encontro foi a Mariápolis Lia, nas proximidades de Buenos Aires (Argentina) que não somente foi a sede do seminário (9 – 21 de março) financiado pela União Européia, mas, a própria Mariápolis foi objeto de estudo para idealizar um modelo de gestão e desenvolvimento sustentável de um lugar para habitar. Nesta época na qual o fato de interrogar-se sobre o ambiente e promover a pesquisa de novas tecnologias é mais que urgente – pela subsistência do planeta – a iniciativa à qual já aderiu a rede Diálogos em Arquitetura, formada por estudiosos e especialistas do setor, inspirada na espiritualidade dos Focolares, resultou de grande atualidade.
Depois de conhecer o território e as suas estruturas, os jovens dedicaram-se ao estudo do projeto “Participação, Resiliência e Empregabilidade através da Sustentabilidade, Empreendedorismo e Formação”, PRESET (na sigla em inglês), um projeto de estudo – promovido pela Associação Starkmacher – sobre a sustentabilidade das Mariápolis dos Focolares e de outras associações parceiras como a Fazenda da Esperança (Brasil), a Fundación Unisol (Bolívia), New Humanity (ONG do Movimento dos Focolares acreditados junto da ONU) e Economy for tomorrow (Eslovênia). Em seguida dedicaram-se especificamente a uma proposta integral eco-sustentável para a Mariápolis Lia.
Os jovens se dividiram em cinco laboratórios temáticos orientados pelo valor da fraternidade como estilo de vida, chegaram a uma proposta integral eco-sustentável (Ecocity Mariapoli), na qual envolveram os habitantes da localidade. Eles envolveram também os jovens do município, indo ao encontro deles para explicar a proposta e para falar sobre o ambiente.
Ecocity Mariapoli, que deverá ser desenvolvido no respeito da história do lugar e em diálogo efetivo com os seus habitantes, nos dias do seminário, entre outras coisas, realizou uma implantação de sistema biogás para uma das habitações da Mariápolis, a divulgação sobre como se obtém adubo, um estudo para a instalação de um sistema de células fotovoltaicas, para o isolamento das construções com o objetivo da economia energética e para a substituição das lâmpadas com a iluminação Led.
A arte também colaborou para a eficácia da proposta com a criação de uma linha de produtos decorativos, chapéus, entre outros, com elementos étnicos e realizados com material ecológico e com uma apresentação teatral inerente ao tema.
Por uma feliz coincidência, naqueles dias estava na Mariápolis também o diretor do Instituto Universitário Sophia, de Loppiano, Prof. Piero Coda, que afirmou: “creio que não seja simplesmente uma coincidência. Quem sabe se não é o desígnio de Deus que conduz a algo novo, pode ser que nasça uma rede entre nós, de comunhão, de trabalho pela solidariedade e pela justiça”.
Significativo o testemunho de Francesco, de Udine: “Sou arquiteto, trabalho neste ramo e estou fazendo um mestrado em ‘Edifícios energia quase zero’. O que mais me interessou neste workshop foi o fato de estar junto a pessoas que têm potencialidades e especializações diferentes. Não são somente arquitetos, como nós, e isto, eu penso que seja a parte mais enriquecedora para o grupo todo: iniciar trabalhos com diversas potencialidades para alcançar um objetivo comum que é o da sustentabilidade que, para nós, significa sustentabilidade do ponto de vista ambiental, mas, também, econômico e social”.
Outro arquiteto italiano, Riccardo, assim como Francesco, é convicto da importância do trabalho realizado junto: “Creio firmemente que aquilo que eu posso fazer é somente uma pequena parte enquanto que, se estamos juntos, podemos alcançar objetivos que são o resultado positivo para todos, para a sociedade inteira, para usufruir bem as fontes e reservas, antes, criando um bem-estar e uma satisfação para todos, tanto para os profissionais, quanto para a sociedade.”
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