Movimento dos Focolares

Ecumenismo: O diálogo da vida

Jan 16, 2012

Chiara Lubich visitou 8 vezes o Reino Unido, de 1965 a 2004, suscitando um grande desenvolvimento no diálogo ecumênico. Estamos em 1996, em Londres, e Chiara explica com força o significado do “diálogo da vida”.

«Vindo aqui, explodiu algo. Explodiu esta ideia: realmente Deus nos deu um novo ecumenismo. Antes havia o ecumenismo da caridade, isto é, o diálogo da caridade, como quando Atenágoras levava presentes ao Papa, e o Papa levava presentes a Atenágoras; como quando Ramsey levava presentes ao Papa, o Papa dava presentes… como um sinal de amizade. Depois havia o diálogo da oração, onde todos rezamos juntos, sobretudo na Semana pela unidade. E ainda havia o diálogo teológico, que está travado em muitas partes, também aqui na Inglaterra… está travado.    Nós percebemos, sobretudo vindo aqui, que temos um quarto diálogo, uma quarta linha. O nosso diálogo é o diálogo da vida, o diálogo de um povo que já é católico, anglicano, luterano, reformado… de um povo que já está unido e que é um povo… É “o” povo cristão do ano 2000, de agora. Este é o nosso modo de fazer ecumenismo: despertar nos cristãos o seu instinto cristão, unirmo-nos, porque a garrafa está quase cheia, e fazer crescer este povo. O Papa já nos tinha dito há anos: “Vocês são um povo”, mas ele o dizia referindo-se ao número. Agora quadruplicamos. Mas nós pensamos assim: que povo é? É o povo cristão. O povo… somos nós; somos nós. Eu dizia outro dia, falando aos focolarinos, estavam presentes Lesley e Callan(*): “Mas quem me separará de Lesley e de Callan? Ninguém, porque Cristo nos uniu! Jesus no meio nos uniu. Ninguém nos separará!”. Pois bem, quem fala assim no mundo cristão em geral entre ortodoxos e católicos e luteranos? Todos seguem a sua linha. Todos seguem a própria Igreja, naturalmente; é preciso fazer assim. E cuidam das pessoas da própria Igreja, da própria corrente, da própria denominação; mas quem diz: “Ninguém me separará, porque Cristo nos uniu”? O fato é que Cristo nos uniu e fez de nós um único povo. Esta é a pequena “bomba” que explodiu aqui na Inglaterra.  Caríssimos, muito obrigada pelos aplausos. Nunca agradeço os aplausos, mas é sinal de que vocês aceitam o que eu disse, que aceitamos». Chiara Lubich, Londres, 16 de Novembro de 1996 – à comunidade dos Focolares da Grã-Bretanha e Irlanda (*) Focolarinos anglicanos

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