Cidade do Vaticano, 4 de fevereiro de 2017. Para suavizar a emoção dos 1200 atores da Economia de Comunhão (EdC), enquanto esperam o encontro com o Papa Francisco na Sala Paulo VI, alguns testemunhos de empresários, entre os quais o de Clem Fritschi, que inicia assim: «A minha não é a história de um empresário de sucesso, mas uma história de amor. Após ter terminado os estudos, na Suíça, para praticar o inglês fui trabalhar como almoxarife, em Londres. Lá conheci Margherita, nos apaixonamos, e como ela era de Turim decidi procurar trabalho na Itália. Depois de dois anos nos casamos e tivemos dois filhos. De repente a firma aonde eu trabalhava decidiu parar as atividades. Então, com alguns colegas, reunimos o que havíamos recebido com a demissão para mantê-la ativa». E assim nasceu a RIDIX, uma sociedade que, desde 1969, importa e representa no mercado italiano, tecnologia e produtos de vanguarda no setor da mecânica de precisão.
«Em 1974 nós participamos, com toda a família, de um encontro dos Focolares em Bergamo. Não era um momento feliz: ha pouco tínhamos perdido nosso primeiro filho, aos 10 anos, em um acidente. O impacto com a espiritualidade da unidade foi para nós como um “cura-tudo”, tanto que eu e Margherita nos dissemos, mesmo entre lágrimas, que havíamos encontrado Deus Amor. Voltamos para casa com uma única palavra: amar. Amar a todos, amar inclusive no trabalho. Um dos jovens conhecidos em Bergamo perguntou-me se haveria um lugar para ele na firma que eu tinha fundado. Assim entrou Ugo, depois Paulo e depois Miguel: todos três se tornariam sócios. O lema da nossa empresa é: “Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e o resto vos será dado em acréscimo”. Queremos que o nosso relacionamento seja profundamente sincero, nos permitimos errar e até brigar, mas para experimentar a presença de Deus devemos rapidamente recompor a unidade entre nós. O sucesso é surpreendente: hoje somos nove sócios e 70 colaboradores, muitos altamente qualificados sobre venda, estipulação de contratos, funcionamento dos produtos, manutenção, gerenciamento. Com um faturamento anual superior a 30 milhões de euros. Amar-nos entre nós e procurar amar a todos, inclusive os inimigos: é este o sucesso da RIDIX, que tento descrever ao menos em títulos.
Inclusão de pessoas afetadas por dependência ou em dificuldades de relacionamento, e outras provenientes da imigração dos países pobres.
- Locais de trabalho estável para os jovens.
- Superação dos momentos de crise com a redução de 20% do salário de todos, inclusive dos sócios, para que ninguém perca o emprego. O senso de pertença que esta práxis provoca sempre se revela um fator de sucesso.
- Após a perda de um cliente, absorvido por uma multinacional, houve um prejuízo de 20% do faturamento anual. Por um fato imprevisto, em uma semana o faturamento foi recuperado sem cortar funcionários.
- Em situações que parecem sem solução chega a inspiração certa para simplificar e superar o momento crítico.
- Possibilidade de apoiar e realizar novas iniciativas empresariais.
- Uma parte dos lucros é direcionada aos pobres. Graças a esta partilha, na periferia de Tanger (Marrocos), duas professoras muçulmanas abriram uma escola infantil numa garagem, para consentir que cerca de 40 crianças chegassem preparadas ao ensino fundamental.
O segredo desse sucesso? A comunhão. Que significa transparência, sinceridade, verdade também quando é difícil comunicá-la, tempo dedicado a construir relações positivas. A nossa “terra prometida”, para a qual caminhamos, é uma empresa onde todos sejam felizes. Felizes os dependentes, porque a empresa é sadia e o clima é de colaboração. Felizes os clientes, pela justa relação qualidade/preço dos produtos e serviços adquiridos. Felizes os fornecedores, pela longa e frutuosa colaboração. No final do dia podemos estar cansados (isso acontece muito!), mas satisfeitos e contentes por ter feito bem o nosso trabalho.
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