Movimento dos Focolares

Em Paris, um passo em frente do projeto “Juntos pela Europa”

Nov 22, 2013

De 7 a 9 de novembro a capital francesa sediou o encontrou dos Movimentos e Comunidades que animam o trabalho realizado por “Juntos pela Europa”. “Sim” à solidariedade aos pobres e aos excluídos é o ponto de aprofundamento deste ano

Cento e vinte e cinco responsáveis de 46 Movimentos e Comunidades de diversas Igrejas de 13 países europeus – da Rússia a Portugal, da Dinamarca à Eslovênia: o encontro foi a ocasião para uma troca de experiências feitas em conjunto e para traçar perspectivas para o futuro.

Durante este ano dedicou-se especial atenção a um dos pontos programáticos da Mensagem final de Stuttgart 2007, pontos conhecidos como “Os sete sim” que, desde então, constituem as diretrizes para a ação do projeto Juntos pela Europa: “Sim à solidariedade com os pobres e os marginalizados próximos e distantes; eles são nossos irmãos e irmãs. Pedimos aos nossos governos e à União Européia de empenharem-se decididamente pelos pobres e pelo desenvolvimento dos países em via de desenvolvimento, especialmente por aqueles da África”.

Um tema de grande atualidade, também por causa dos recentes dramas acontecidos no Mediterrâneo, que demonstraram a solidariedade concreta de muitos cidadãos e impulsionaram as instituições nacionais e europeias a realizar iniciativas concretas em direção a um mundo mais fraterno.

As várias contribuições demonstraram o quanto as Comunidades e os Movimentos estão unidos no compromisso a favor e com os mais necessitados. Não se trata de atos de solidariedade, mas de amizade e de fraternidade. Jean Vanier, fundador da Comunidade A Arca, apresentando a sua experiência, iniciou com estas palavras: “O reino de Deus é como uma festa de casamento, mas todos os convidados estão muito ocupados – e o Rei que os convidou manda os seus servos em busca de todos aqueles que encontrarem pelas encruzilhadas dos caminhos e é isto que eu procurei fazer na minha vida!”. Jean Vanier dedica-se especialmente aos portadores de deficiência psíquica “o povo mais oprimido”. “Eles me transformaram, eu compreendi que o Reino de Deus é deles!”. Atualmente existem cento e quarenta comunidades, ecumênicas e religiosas, nas quais vivem juntos  “frágeis e fortes”.

Durante o encontro em Paris as orações dos católicos, dos evangélicos e dos russos ortodoxos com o seu característico coro, evidenciaram a variedade das expressões da fé.

Os Amigos de “Juntos pela Europa” revisaram o caminho percorrido por meio dos grandes eventos de Stuttgart 2004, 2007 e Bruxelas 2012. Eli Folonari, do Movimento dos Focolares, afirmou: “Relembrando as palavras de Chiara Lubich, ‘a partitura está escrita no céu’, compreendemos na escuta recíproca, que a experiência mais preciosa deste caminho feito juntos é a profunda comunhão que se criou entre Movimentos de Igrejas diferentes. E é exatamente esse testemunho comum de cristãos, que deu origem a iniciativas no campo político e social, do qual a Europa precisa hoje para que o mundo creia”.

Projetos para o futuro? “É previsto oferecer a própria contribuição para 2016 – acrescenta Eli Folonari – por meio de um congresso que se realizará, provavelmente, em uma cidade na Alemanha, para tornar visível o caminho de comunhão já percorrido até o momento”.

Em maio de 2014 o Comitê Internacional de Orientação se reunirá em Dillingen, na Alemanha, para receber o Prêmio Europeu S. Ulrich 2014, atribuído neste ano ao projeto “Juntos pela Europa”.

O fato de variar os lugares dos encontros dos “Amigos” de “Juntos pela Europa” constitui também uma ocasião para aprofundar o conhecimento recíproco: desta vez foi na capela da estação Montparnasse do metrô, confiada à Comunidade de Santo Egídio, para rezar juntos e conhecer o trabalho deles no centro de Paris; a Comunidade Emanuel, fundada pelo Abbè Pierre e a sede da Acer-Mjo (Ação Cristã dos estudantes Russos – Movimento Juventude Ortodoxa), acolhidos pelo jovem Presidente Cyrille Sollogoub.

Gabri Fallacara

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